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07/02/2017

Pastor combate a mutilação genital feminina com a pregação do Evangelho no Quênia

Stephen Lenku Tipatet viaja por vilas no Quênia, pregando o Evangelho e conscientizando famílias sobre os perigos da mutilação genital feminina

Fonte: Guia-me / com informações do Religion News

Com a Bíblia em uma das mãos mão e sua bengala na outra, o Pastor Stephen Lenku Tipatet, da Igreja Presbiteriana Missionária, atravessa as planícies do Condado de Kajiado, lutando contra a 'circuncisão' (mutilação genital) feminina e pregando a mensagem do evangelho.

A região é a pátria dos Maasai, uma comunidade que abrange o sul do Quênia e norte da Tanzânia. A comunidade resistiu à modernidade e influências ocidentais e adere a um modo de vida tradicional, incluindo a prática da mutilação genital feminina.

Na última segunda-feira (6), durante o Dia Internacional de Tolerância Zero para a Mutilação Genital Feminina - data escolhida para a conscientização sobre o assunto, com o patrocínio da ONU - o pastor Tipatet visitou um centro de resgate feminino, junto com outros quatro pastores. Os líderes cristãos ministraram a cinco meninas que estavam alojadas no local.

Tipatet muitas vezes leva os pastores a locais secretos de apoio a meninas que fugiram de suas casas para não serem mutiladas. Ele comentou a visita mais recente ao pequeno centro de resgate.

"Essas meninas foram resgatadas durante as últimas férias escolares", disse Tipatet. "Nós fomos dizer-lhes que ainda há um futuro para elas e encorajá-las a continuar lutando para realizar seus sonhos", disse o pastor de 52 anos em uma entrevista concedida em Isinya, a cidade onde sua igreja está baseada.

No 'processo cirúrgico' doloroso são usadas facas, lâminas ou tesouras para remover os lábios e / ou o clitóris como parte de um rito de passagem para as meninas de 9 a 18 anos. Muitas vezes, o procedimento é feito em condições precárias de higiene.

O Quênia já proibiu a mutilação genital feminina em 2011, promulgando uma lei que criminaliza o apoio ou a promoção do ato, mas com o aumento dos ataques, a prática tornou-se clandestina, de acordo com Tipatet.

Contexto

A Somália tem os casos os mais elevados de Mutilação na África. Cerca de 98% das mulheres com idades 19 a 49 anos foram submetidas ao procedimento. Quase 70% das mulheres da Etiópia e do Sudão também foram submetidas à prática. A Organização Mundial da Saúde estima que mais de 200 milhões de mulheres e meninas em todo o mundo são sobreviventes da mutilação genital.

Com o apoio da lei e dos ensinamentos bíblicos, as igrejas montaram campanhas maciças contra a prática, estabelecendo centros de resgate para meninas que fogem, muitas vezes rejeitadas por suas próprias famílias por desobedecerem as ordens dos anciãos de suas comunidades.

Joyce Mila, uma estudante de enfermagem em uma faculdade em Nakuru - uma cidade a oeste de Nairóbi - contou sua experiência, após fugir para um centro de resgate quando ainda era uma menina, cinco anos atrás.

"Eu acho que eles sentiram que era o momento certo para executar o corte em mim", disse ela sobre os anciãos de sua comunidade. "Quando eles tentaram me forçar, eu contei aos meus professores e fugi. Finalmente acabei em um centro de resgate, onde eu completei meus estudos".

Mila, como muitas meninas, foi rejeitada por seu próprio pai, após contrariar os planos de sua família.

Ela ressalta que a mutilação genital feminina deve ser eliminada, uma vez que não agrega nenhum valor à vida das mulheres. Mas sua opinião ainda é contrária à opinião de muitos em sua comunidade.

"Quando volto para casa, há alguns que zombam de mim, pois sabem que eu rejeitei a prática", disse Mila. "Há aqueles que me recebem. Eu desconsidero as piadas porque estou confiante de que eu fiz a escolha certa".

Mila disse que agora se reconciliou com sua família, com a ajuda de um centro de resgate e líderes da igreja.

Na comunidade dos Maasai, muitas pessoas consideram a mutilação feminina e o casamento precoce, práticas tradicionais importantes. Há apenas três anos, uma reunião a favor da prática no condado de Kajiado atraiu mais de mil mulheres.

Conscientização

Trabalhando com mais de 300 líderes cristãos como parte da Associação dos Pastores do Oriente de Kajiado, Tipatet disse que o grupo está tentando educar a comunidade sobre os perigos da mutilação genital feminina e casamentos precoces.

"Nós desafiamos a circuncisão das meninas", disse ele. "Nós dizemos à comunidade que isto não é bíblico".

Mas algumas famílias têm resistido em aceitar os conselhos dos pastores, ameaçando aqueles queles que interromperem suas cerimônias de mutilação ou desafiar os anciãos comunitários.

"Isso tem mantido longe alguns ativistas locais e chefes tradicionais, mas a igreja não está sendo dissuadida", disse Tipatet. "Nós também estamos fazendo alguns bons progressos, embora ainda seja difícil alcançar algumas áreas".

Centro de Resgate de Tasaru, perto da cidade de Narok, tem facilitado cerimônias de reconciliação entre famílias com a ajuda da igreja e anciãos da aldeia. O grupo resgata, aconselha e vincula meninas às escolas. A organização também tem se aproximado dos pais para educá-los sobre a prática.

Recentemente, tem avançado um rito alternativo de passagem que procura proporcionar instrução às meninas sobre casamento, vida familiar, saúde sexual e reprodutiva.


Da Redação/AD Alagoas
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