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Artigos

Pr. Adriano Oliveira
Ministro do Evangelho, Membro da Comissão de Apologética da COMADAL, Bacharel em Direito, Bacharel em Filosofia, Mestre em Teologia, Professor de Teologia da FATEAL, Escritor e Palestrante.
23/09/2022

Eleições: O cristão deve se omitir neste momento?

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Eleições: O cristão deve se omitir neste momento?

Prof. Ev. Adriano Oliveira


"QUANDO VOCÊ SE NEGA A VOTAR, VOCÊ ESTÁ ENTREGANDO O PAÍS A SATANÁS. E VOCÊ TEM CULPA POR OMISSÃO. TEM PECADO DE AÇÃO E PECADO DE OMISSÃO, NÃO ENTREGUEMOS NOSSO PAÍS AOS COMUNISTAS!"

(Rev. José Orisvaldo Nunes de Lima, Pastor Presidente da COMADAL, Presidente da IEADAL, Presidente do Conselho de Ética da CGADB, Advogado, Professor, Escritor e Palestrante - Palavra ministrada Terça, 05, julho de 2022, Culto Santa Ceia na AD sede Maceió)


INTRODUÇÃO

Uma grande questão que nos rodeia no transcorrer dos tempos, anos e épocas é tentar identificar se há alguma possibilidade de harmonização e sintonia entre a Política e a Religião. Duas cosmovisões aparentemente independentes e autossuficientes, totalmente diferentes na concepção humana, podem andar juntas e de mãos dadas, unidas para o bem-estar e comum da sociedade? Até que ponto podem estar emparelhadas, sem causar malefícios para a boa conduta de ambas?

Será que é possível, mesmo que diminuta a possibilidade, um cristão ingressar na política sem escandalizar ou envergonhar o evangelho? Será que existe suporte apologético e bíblico para um crente que vive pautado nas Sagradas Escrituras exercer sua cidadania, e, ao defender o Princípio da Igualdade, enveredar no mundo político diante de um sistema tão mundano e confuso em seus valores para defender os interesses da Igreja? Até que ponto vale a pena o cristão ingressar no poder Legislativo ou Executivo sem perder suas raízes? Será que podemos exercer o título de verdadeiros cristãos e crentes genuínos nos omitindo do voto e deixando a nação à mercê de pessoas inimigas do cristianismo? Até que ponto vai nossa responsabilidade? Há possibilidades de existir interações entre a Política e a Religião Cristã? Para chegarmos próximos das respostas tão esperadas, se você gosta de ler, então seja bem-vindo a mais um de nossos artigos
e, aproveitando, convido-os a passearmos juntos pelas linhas a seguir.



Há muito tempo, entre 356a.C - 323a.C aproximadamente, muito antes do "eu penso" ou "eu acho" acerca do que seja "política", o mentor do grande imperador Alexandre Magno, pai de diversas obras no campo da Ética e da Moral, um dos maiores nomes da Filosofia antiga e introdutor da sistemática filosófica, Aristóteles, pronúncia uma frase extraordinária ao dizer: “o homem é um animal político!". Mas, ao analisarmos essa frase aristotélica, a pergunta que não se cala é: " Finalmente, o que o pai da Política quis dizer?" , ele, na verdade, estava de forma sintetizada, expressando que qualquer ser humano na face da terra é dependente de outro, e isso se dá devido ao fato do mesmo ter em sua composição antropomórfica a necessidade do convívio social. Além do mais, é algo quase que automático, uma vez que está enraizado na "psiquê" humana, onde todos podem e devem compartilhar a vida pública, e isto não é difícil de assimilarmos pois todo homem carrega em sua mente uma incessante procura pelo bem comum, e nessa busca, de forma empírica, é estabelecida a constituição de um espaço pseudo nominado "pólis" ou " cidade".

Baseado nisso, não há dificuldade de entendermos que qualquer ação que envolva normas, regras ou leis relacionadas a boa administração do bem público chamamos de Política. Não é novidade que o ser humano é um ser racional, diferentemente das outras espécies do reino animal e cada cabeça humana tem-se um mundo diferente onde lides não são difíceis de surgirem. E quando se vive em comunidades, esses choques são comuns. Então nasce a necessidade de um fator que possa manter o equilíbrio harmônico e é aí que entra a política como um tipo de “chave reguladora" dos conflitos sociais.

Como exemplo prático e cotidiano, se um bairro A é rico em acidentes de trânsito e para se diminuir tal incidência (decorrente da imprudência dos motoristas), uma pessoa X quiser resolver tal situação, a mesma, sozinha, raramente terá êxito junto ao poder público para resolver tal problema. Porém, se essa pessoa X, juntamente com outras pessoas, se organizar em uma Associação de Moradores, formarão um segmento forte que terá representatividade política suficiente para que, com facilidade, consigam sinalizações, semáforos e lombadas, solucionando, assim, o problema dos acidentes. Conclui-se com isso que essas pessoas, unidas, tornam-se mais fortes. Baseado no exemplo anterior, entende-se que a política, não necessariamente está relacionada a Governantes, mas vai muito além.

Se há participação de pessoas, através de uma associação, para defender e alcançar resultados que tragam benefícios à comunidade; se há debates para discutir soluções; se há articulações com o intuito de trazer melhorias ao bem comum; então há Política! Ela é tão ativa na vida das pessoas que mesmo se você deixar de tomar determinadas decisões, permanecendo inerte a mudanças benéficas e se você, querido leitor, resolve não se envolver com política, mesmo aos seus olhos sendo negligente, também estás agindo politicamente. Não há como escapar. Se falamos de colegiados, passeatas, carreatas e até mesmo manifestações pacíficas, estamos fazendo política.

O NASCIMENTO DA POLÍTICA - Uma volta na História e na Filosofia



Finalmente, onde será que nasceu a Política?


Quando tratamos do surgimento da política, se analisarmos a esfera Ocidental, podemos dizer que a mesma nasceu na antiga Grécia e estava diretamente relacionada a convivência dos habitantes inseridos nas famosas cidades-estados gregas. Uma vez que estas tinham suas administrações isoladas, independentes e rivais entre si, foram berços de diversas organizações políticas indo desde a aristocracia, passando pela democracia, monarquia, oligarquia e, até mesmo a tirania. Elementar que na proporção que estas cidades-estados iam evoluindo, a palavra política foi atrelada a arte de governar bem essas cidades.

Se fizermos uma retrospectiva perceberemos que poucos não foram os que se ocuparam em reservar seus estudos sobre a arte de administrar bem as "pólis". Se seguirmos uma linha filosófica temporal, perceberemos que entre os diversos estudiosos que surgiram, três merecem destaque quando se trata de política. São eles: Aristóteles, Nicolau Maquiavel e Jean-Jacques Rousseau. Impossível é não lembrar da obra a "Política", de Aristóteles, que foi indubitavelmente o fator preponderante para entendermos a arte de governar. O mesmo vai defender que o ser humano tem em sua natureza estrutural a maior prova que o mesmo é inclinado para viver em grupo, e inclusive defende que aqui tem-se uma das principais características que torna os homens e mulheres verdadeiros seres humanos. Ora, o pensamento aristotélico vai defender que o objetivo salutar da existência humana é a felicidade. O homem deve ser feliz e precisa fazer os outros felizes. E é baseado nesse pensamento que não se tem dúvidas que o "homem é um animal político”, no sentido de o mesmo viver em comunidade.


Um dos pontos primordiais do pensamento aristotélico é que a política não é outra coisa senão um "desenrolar" da ética e esta é fator indispensável para a existência da Política. Muitos cristãos não sabem, e por desconhecerem as verdadeiras raízes etimológicas, se tornam inimigos ferrenhos da verdadeira política, porém, se percorrermos as páginas do tempo perceberemos nas obras do próprio Santo Agostinho, ao dar destaque na ação do Estado como "executor da moral”, uma "reprise" daquilo que a própria Teologia cristã tomou como base principal, ou seja, as ideias aristotélicas que as usou de forma ampla para conciliar a filosofia com o pensamento cristão. Inclusive é cabível destacar que a própria filosofia escolástica de Aquino influenciou por vários séculos toda a Europa com o mesmo pensamento.

Não há dúvidas que o pensamento europeu foi largamente influenciado por Thomas de Aquino e esse pensamento só veio a se desintegrar a partir da exposição de Nicolau Maquiavel (1469-1527) em suas obras literárias intituladas "O Príncipe" e "Os Discursos", onde o autor pondera piamente que tanto o bem como o mal são caminhos para se chegar a um mesmo fim. Em outras palavras, segundo Maquiavel (que objetiva sempre analisar a política através da política, sempre distanciando outras áreas que possam influenciar o seu resultado final), quaisquer ações executavas por seus governantes devem ser relativizadas, pois o que importa é o objetivo final: “Os fins justificam os meios”. Se os governantes agem, esses atos não são bons ou maus por si mesmos. Eles precisam ser, antes de qualquer coisa, analisados levando-se em consideração o objetivo final desses governantes. Nicolau desmembra a religião cristã, moral e ética da política e vice-versa.


Com a chegada do movimento intelectual francês co-denominado Iluminismo, surgido no século XVIII, o famoso "Século das Luzes", e sua bandeira do uso da razão sobre o uso da fé para tentar compreender e resolver os conflitos sociais, ocorrerá uma nova organização do pensamento, privilegiando a reflexão científica. O absolutismo é então colocado em xeque, gerando um conjunto de obras literárias que objetivavam uma melhor ponderação tanto da política quanto dos governos. E foi exatamente nesta fase que o continente europeu ingressou, dentro da filosofia política, em um tipo de era do ouro, envolvendo inicialmente as obras de John Locke (1632 -1704) e a posteriori as obras literárias de Voltaire (1694-1778) e de Jean Jacques Rousseau (1712-1778). Este último foi um dos escritores mais destacado de sua época e autor de uma das mais influentes obras de filosofia política, publicada em 1762, intitulada " O Contrato Social", que defende uma relação entre pessoas e governantes, onde as mesmas se relacionam a base de um contrato social para viverem pacificamente e de forma próspera. Abrindo-se mão do Direito de deixarem a liberdade - o estado natural - alguém superior que possa ficar responsável pela fiscalização e produção de leis. Para Rousseau, é a única maneira dos seres humanos interagirem harmoniosamente e viverem bem.


As sociedades não eram tão complexas como são hoje. Apesar do famoso historiador Eric Hobsbawm, defender que esse fenômeno só veio a ocorrer na década de 1780, é oficialmente datado que essa complexibilidade se deu após uma época de uma grande "avalanche tecnológica" ocorrida na segunda metade do século XVIII, chamada Revolução Industrial, onde suas raízes são totalmente inglesas, pelo simples fato de que foi na Inglaterra, em meados de 1698, que a primeira máquina a vapor foi fabricada , inclusive por um pregador e pastor batista, que desde criança era costumado a montar e desmontar coisas, dono de oficina de consertos, chamado Thomas Newcomen e depois essa mesma máquina inglesa, pioneira a vapor, foi aperfeiçoada por um engenheiro mecânico e matemático escocês, chamado James Watt (1736-1819) que teve como premiação pelo mundo acadêmico à unidade de potência de energia – “watt”. Bem, quando tratamos de Revolução Industrial, estamos tratando de uma época de grande desenvoltura na tecnologia que, a partir dos ingleses, tomou conta de todo o globo terrestre; gerando uma grande onda de mudanças e transformações não só no estilo de vida cotidiana das pessoas como também na própria economia mundial.

Foi esta mesma avalanche que abriu as portas para o nascimento da Indústria e do capitalismo propriamente dito, gerando grandes mudanças nas relações trabalhistas, no processo produtivo e acelerando o extrativismo mineral, vegetal, animal e a produtividade impressionante de mercadorias. Conforme identificado acima, com essa desenvoltura provocada pela Revolução Industrial, as sociedades ficaram mais complexas. Vale destacar que antes do surgimento da Revolução Industrial, o maior índice na pirâmide social era ocupado pelos camponeses tendo como "ápice piramidal" um grupo diminuto de pessoas integrantes da Aristocracia. Com o surgimento deste fenomenal movimento, ocorreu um êxodo rural jamais visto, fazendo com que as metrópoles ganhassem mais e mais preferência. Isso fez com que nascessem dois grandes grupos históricos: a Burguesia e a classe operária. Começou nas fábricas, a triste saga na busca salarial através de bruscas condições de trabalho. Com o intuito de melhores salários, reivindicação de melhores padrões de vidas, os operários começaram a se juntar, formando assim, as associações e os sindicatos trabalhistas. Consequentemente a classe burguesa preocupada com garantias e flexibilidades empresariais, começou também a se posicionar e cobrar dos governos. Com isso, um grande leque se abriu, oriundos de movimentos do proletariado e opiniões trabalhistas acerca das melhores formas de se governar um Estado, surgindo assim, nos séculos XVIII e XIX, as nocivas ideias socialistas, anarquistas e liberais.


Assim sendo, a política começou a se organizar em grupos partidários. De um lado os simpatizantes e do outro os opositores, cada um com suas respectivas bandeiras e partidos. Pelo lado ocidental, os grupos políticos se dividiram ideologicamente em três grupos: Direita, Esquerda e Centro. Onde o primeiro grupo defendia não só a negociação aberta entre o empregado e o patrão, como também a livre concorrência e preservação das classes sociais. O segundo grupo por sua vez, levantava a bandeira das garantias dos direitos do proletariado, bem como a divisão das riquezas de forma igualitária para todas as pessoas e a abolição das classes. O terceiro grupo por sua vez, saía em defesa da liberdade comercial com os direitos basilares dos trabalhadores assegurados. Se analisarmos a participação real daquilo que se entende por verdadeira política, perceberemos que ela sempre tentava buscar consensos para que as comunidades pudessem viver em harmonia. Aliás, essa historicamente, era uma de suas principais funções, visto que em uma sociedade, como qualquer outra, nem todos os membros pensam igual. Desde os tempos antigos a política exercida dentro de um mesmo Estado, chamava-se política interna e entre os Estados diferentes, se denominava política externa.

COMO OCORREU O SURGIMENTO HISTÓRICO DOS PARTIDOS POLÍTICOS?




Se folhearmos as páginas do tempo, chegaremos no período entre os séculos XVII e XVIII e perceberemos que quando tratamos desse fenômeno social, que é a formação de partidos políticos, falamos de algo que não surgiu de repente, mas ocorreu de forma lenta. Suas raízes são contemporâneas ao próprio nascimento do regime democrático representativo. Segundo o célebre professor e escritor Frederico Alvim, poucos não são os doutrinadores e defensores, assim como Georges Burdeau, que indicam o nascimento dos partidos políticos no exato momento em que alguns estudiosos se preocuparam em descobrir algum objetivo existente com projeção social bem como os possíveis meios necessários para descobri-lo. Isso se referindo as noções das agremiações partidárias em seu sentido plano. Dentro dessa linha doutrinária, não encontramos dificuldades para identificar o surgimento dos partidos políticos alinhado com a Revolução Inglesa de 1688, nos referimos as agremiações: Conservadores liberais (“Ewhigs Tories"). Em análise mais rigorosa, porém, o fortalecimento e a expansão da atividade partidária somente ocorreram em meados do século XIX, a partir de quando os grupos políticos evoluíram para a adoção de formas e estruturas mais estáveis, definidas e profissionalizadas. Tal evolução foi impulsionada pela Revolução Industrial, cujos reflexos produziram no operariado “o sentimento e a necessidade de organizar-se enquanto classe, com o objetivo de combater a burguesia”. Deriva daí a conclusão de que, até o século XIX, não existiam, propriamente, partidos, mas apenas grupos políticos ou facções. O aparecimento dos partidos, em noção apurada, identifica-se, portanto, com o momento em que a atuação partidária superou o modelo de atuação ocasional e precária, parlamentar eletiva, para, fora das assembleias, assumir uma forma de mobilização política mim institucionalizada, burocraticamente estruturada e duradoura, o que melhor pode ser visto na exposição de Farias Neto. A princípio, os partidos foram organizações puramente eleitorais, cuja função essencial consistia em assegurar o êxito de seus candidatos. Nesse contexto, a eleição era o fim e o partido era o meio. Depois, o partido desenvolveu funções próprias como organização capacitada para a ação direta e sistemática sobre a atividade política, colocando a eleição a serviço da propaganda partidária. Diferentemente, nos tempos hodiernos, temos um fator invertido onde ironicamente, “o partido ficou sendo o fim, e a eleição ficou sendo o meio”. É como se as eleições tivessem a responsabilidade de dar garantias ao crescimento das agremiações. Se observarmos com muita cautela perceberemos que durante um longo período, os partidos sobreviviam sem a interferência jurídica para os regularizar. O doutrinador Eduardo Sánchez vai defender que nos primeiros momentos da História, “se considerava que sua constituição e suas atividades pertenciam à esfera privada e se aceitava que não tinham relação alguma com as instituições estatais”. (SÁNCHEZ, E. A. Derecho electoral. Ciudad de México: Oxford, 2010, p. 133.)


Depois desse período, começou a nascer para os partidos políticos, aquilo que para muitos doutrinadores era como uma fase perturbadora, sob o domínio de uma legislação, agindo sob os cabrestos da restrição, impondo linhas limítrofes baseadas em um viés marxista para o funcionamento desses partidos. O professor Eduardo Sánchez, defende que essa atitude não passava de um tipo de “conspiração do silêncio e conspiração da manipulação institucional”. Chegamos finalmente a grande fase dessa “evolução” partidária, já no final da Segunda Guerra Mundial, onde veio o tão esperado reconhecimento institucional, onde de acordo com o doutrinador Karl Lowenstein, foi um momento singular na vida democrática constitucional para a história dessas agremiações partidárias, pelo fato de termos um grande tabu quebrado, gerando uma abertura para o surgimento e estabelecimento desses partidos, oportunizando assim espaço nos textos das mais diversificadas constituições quando o assunto se trata de temática partidária. Nos tempos atuais, é impossível se falar em regimes democráticos modernos sem mencionar os partidos políticos, estes são elementos essenciais para a sobrevivência de tais regimes. Segundo o doutrinador e professor Darcy Azambuja, não existem defeitos nos partidos políticos. Se aparecem defeitos, estes não são dessas agremiações partidárias, mas sim dos homens que fazem parte destas. Cabem a eles corrigir as falhas. Porém como dogmatiza Azambuja: “não há como negar que os partidos políticos constituem peças fundamentais na mecânica da democracia: onde quer que sucumbam, cede consigo a engrenagem do governo popular.”

MAS O QUE É A POLÍTICA?


“Ao passar do tempo, a Teologia Cristã absolveu, em parte, o pensamento aristotélico e conseguiu a fazer uma ligação com o pensamento cristão. Isso é nítido nas obras agostinianas, na qual enxerga o Estado como instrumento legal na aplicabilidade da Moral. Esse posicionamento teológico Eclesiastes também é bastante perceptível na filosofia tomista que conseguiu conquistar uma boa parcela da sociedade europeia por séculos. E tudo isso se resume a um único fato: QUANDO SE FALA DE POLÍTICA ESTAMOS FALANDO NA ARTE DE ADMINISTRAR BEM E COM EXCELÊNCIA COM O OBJETIVO DE TRAZER UMA MELHOR VIVÊNCIA À COLETIVIDADE" (Adriano Oliveira)

Como falado nos primeiros parágrafos deste singelo artigo, quando rompemos a barreira do tempo e do espaço, descobriremos que um dos primeiros que se preocupou em conceituar política foi o filósofo Aristóteles. Em sua obra literária, "a Política ", este mestre e um dos principais pioneiros da Filosofia Antiga, vai definir a mesma como " um meio para alcançar a felicidade dos cidadãos." Onde para isso acontecer, basta tão somente os governantes se comportarem de forma justa e serem obedientes as Leis. Mas sabemos que se não houver um cuidado especial no tocante à execução do que é normatizado, a implantação de boas leis infelizmente não será o suficiente para que um Estado se torne politicamente bem-organizado. A Biblia diz que “... o obedecer é melhor do que o sacrificar, e o atender, melhor do que a gordura de carneiros. " (I Samuel 15.22). Isso pode ser aplicado em várias situações de nossas vidas, inclusive na arte de governar bem. Queremos dizer com isso que o principal segredo para se alcançar uma boa ordem e bom andamento das coisas, é que os líderes, inicialmente, sejam submissos e obedientes as leis existentes. No ápice da Revolução industrial, isso no século XIX, grandes pensadores não tinham dificuldades em defender que quando membros de uma mesma sociedade possuíam em comum um mesmo desejo (que era o de beneficiar a civilização), então estes mesmos membros podiam tranquilamente fazer política. Já ensinava o sociólogo Max Weber: "A política é a aspiração para chegar ao poder dentro do mesmo Estado entre distintos grupos de homens que o compõem." Nesta mesma análise, do desejo de contemplar a Sociedade com um melhor estar e viver, a essa vontade humana de gerar direcionamentos para um melhor modo de vida dos integrantes de uma mesma sociedade, se há o bom interesse de promover o bem de todos, administrando com equilíbrio e honestidade o patrimônio público, se existe uma capacidade de mediar conflitos entre membros das diversas classes sociais sem acepção , apontando soluções viáveis e saídas benéficas a todos, então, indubitavelmente ESSA É A VERDADEIRA POLÍTICA!

Dentro de sua raiz etnológica, a palavra "política" tem sua origem da palavra grega “polis”, que significa “cidade”. Neste sentido, determinava qualquer ação empreendida pelas antigas cidades-estados gregas com o intuito de normalizar a convivência entre seus habitantes e com as cidades-estados vizinhas. A verdadeira essência da Política passa por longe das " politicalhas" ou " politicagens", presentes na geração hodierna de países latinos, que são muito bem representadas nas vidas de muitos "politiqueiros" ou "falsos políticos", que só visam seus próprios interesses, distorcendo assim o verdadeiro sentido da palavra. Homens indignos que insistem em tentar denegrir as raízes desta linda “arte de governar e administrar com excelência os governos para gerar o bem-estar de todos". Ainda bem que não são todos.

Um dos grandes " tupos", (língua grega, que significa "modelo ou padrão a ser seguido") mundiais quando o assunto é política, são os EUA, onde se leva muito a sério a questão da Ética e do " Ethos" comportamental de cada candidato ou parlamentar na ativa. Para corroborar com a afirmação acima, porque não citarmos o "escândalo Lewinsky", ocorrido na década de 1990. Um suposto caso entre o ex-presidente Bill Clinton e uma estagiária de 22 anos de idade, da Casa Branca (Washigton D.C), Psicóloga, Escritora e atualmente Palestrante internacional, Monica Samille Lewinsky.
Este suposto envolvimento do democrata com sua estagiária colocou o cargo do presidente Clinton em xeque. Já é enraizada, na ética da política americana, a seriedade quando se trata de posturas morais e sociais. Muitos críticos políticos acreditam que este escândalo tenha afetado diretamente a Eleição Presidencial de 2000. O próprio vice-presidente na época, Al Gore, se expressou dizendo " o escândalo de Clinton foi 'uma chatice' que esvaziou o entusiasmo da base de seu partido e teve o efeito de reduzir os votos democratas."

Bem, o que se sabe é que dessa bombástica notícia, apesar do presidente Clinton ter sido posteriormente absolvido de todas as acusações, surgiu do suposto "caso extraconjugal”, um conjunto de investigações resultantes que levaram à destituição do Presidente Clinton em 1998 pela Câmara dos Representantes dos Estados Unidos. Na verdade, o partido que o ex-presidente americano fazia parte (Democrata) estava nas duas câmaras do Congresso em minoria, a maior parte estava composta pela oposição (Partido Republicano), que alegaram obstrução à justiça e possível influência na oitiva testemunhal de Lewinsky, gerando ofensas impugnáveis. Após um intervalo acerca do escândalo, devido à campanha de ataque aos exércitos iraquianos, ocorreu um Julgamento de 21 dias consecutivos do Senado americano, e finalmente a Câmara votou pela emissão de dois Artigos de Impeachment contra o presidente. Mas ambas as tentativas falharam. Independente do fracasso dos Impeachments, percebe-se cabalmente a seriedade dos americanos em relação aos cargos relacionados à política. Isto é, o testemunho é mais importante do que o título.

A nação americana constitui hoje um dos centros da humanidade. Em cada eleição temos pontos decisivos para o destino do planeta, visto que estamos tratando da maior e mais extensa economia do globo. Dentro da linha histórica americana, cada uma dessas eleições é importantíssima para o futuro do mundo. pois dependendo das decisões tomadas neste carro chefe dos blocos intercontinentais são capazes de impactar o globo terrestre. Historicamente, até a gestão anterior de Donald Trump, foram 44 presidentes nos EUA, que nunca sofreram um impeachment, apesar da renúncia de Richard Nixon, devido ao escândalo do Watergate, em 1974. Nenhuma mulher conseguiu a cadeira presidencial, assim como nenhum homem de cor negra, exceto Barack Obama. Nessa linha histórica de ex-presidentes americanos, tivemos o caso de quatro que tiveram seus mandatos encerrados devido a mortes de causas naturais e outros quatro que tiveram suas vidas interrompidas por terem sido brutalmente assassinados entre eles, os mais destacados: John F. Kennedy e Abraham Lincoln. Neste interim, temos o fato ocorrido no ano de 1945, a morte no quarto mandato do presidente Franklin Delano Roosevelt, o chefe da nação americana que teve a mais longa carreira presidencial americana. A partir de 1951, com a 22ª Emenda da Constituição americana, nenhum presidente poderia ser eleito mais de duas vezes. A política também pode ser muito bem exercida, no exato momento em que um cidadão, incomodado em produzir o bem público, desejando o melhor para todos, sai de sua inércia, e vai exercer seus direitos, erguendo-se como um herói, através do exercício democrático muito bem representado pelo ato do voto. Até porque a verdadeira essência da política anda na contramão da omissão do voto.


MAS FINALMENTE, QUAL O PAPEL DA IGREJA NA POLÍTICA?

O velho e famoso Slogan “Religião, fé e Política não se misturam” nunca foi uma verdade presente na História da humanidade e na Bíblia. Devido aos fatores produzidos pela “POLITICALHA” em virtude das “POLITICAGENS”, a verdadeira POLÍTICA tem sofrido. E quando se aproximam as eleições é que surgem discursões e debates sobre o papel da Política e do Político na Sociedade. Em meio aos questionamentos, três grupos básicos se posicionam:


Os radicalmente resistentes (sabem o que querem e se possível matam e morrem pelo que acreditam), os emocionalmente empolgados ( Vivem uma “ética de tradição”, não têm mentes formadas e vão na onda dos demais como folhas secas levadas ao vento) e os friamente definidos ( São aqueles que criam ojeriza pelo assunto, não votam e se forem as urnas geralmente expressam seus votos nulos ou em branco ). O que integram o terceiro grupo acima mencionado, defendem que a missão da igreja não está na política. Mas finalmente qual é a Tarefa da Igreja?

Indubitavelmente, a igreja foi criada por Deus e isso está registrado por Lucas a Teófilo em Atos 20.28, Também expresso por Paulo em 1 Cor 3.9,17 e 15.9. Ela tem como Posseiro legal a pessoa de Cristo (Mt 16.18) e é supervisionada e dirigida pela Terceira Pessoa da Trindade (1 Cor 10.17; 12.5-27; Rm 12.4-5). Essa Igreja tem tarefas delegadas por seu proprietário como instituição divina na terra dos viventes. E uma de suas responsabilidades é Louvar ao Senhor (Ef 1.11,12). Parte do projeto de Deus para a noiva do Cordeiro é engrandecer ao Principe da Paz através de seu Testemunho na Sociedade. Ela é representante do Reino Celestial na Terra. Através da Igreja, Jesus Cristo apresenta a verdadeira e gratificante vida de mudança espiritual. Cristo projetou um estilo de vida cristã que refletiria Seu caráter (1Tm 3.15; Ef 5.23-32; Cl 1.13). Também é Tarefa Eclesiástica, pregar o Evangelho, ganhar almas e formar discípulos. E isto é fato pois o Mestre antes de retornar aos céus, delegou uma missão a seus discípulos (Mt 28.19,20). A missão é exatamente “familiarizar” as pessoas em todo o mundo com Ele, ou seja, ser a menor distância entre o Mundo e Cristo. Sublime tarefa é essa, de colocar Jesus em evidência para todas as nações. Mas não temos dúvidas que a maior missão da Igreja é evangelizar o mundo através do Testemunho (At 1.8; Mc 16.15) e também ensinar (Mt 28.18-20). Queridos, fazendo minhas palavras do Dr. Pedro Carbone Filho – Profº Seminário CACP: “Quando Cristo instituiu sua igreja, Ele tinha em mente um organismo vivo, um corpo que seria o Seu Corpo, formado por todos nós que somos os membros, sendo Ele próprio a Cabeça. Esse corpo foi criado à sua imagem e semelhança, com o objetivo de se desenvolver, atingir a maturidade e chegar à ‘estatura de varão perfeito, à medida da plenitude de Cristo’…” (Efésios 4:13).


Estas responsabilidades a serem cumpridas realmente são tarefas preponderantes da Igreja. Porém, quando tratamos de responsabilidades políticas a serem exercidas pela “Eclésia” não podemos esquecer que estamos tratando da igreja como organização. Quando tratamos da Igreja como Organismo falamos de sua intangibilidade, ou seja, insubstancialidade física. É a igreja em seu sentido espiritual que como organismo nasce, se desenvolve, prolifera. Um dinamismo perfeito onde cada membro é um discipulado e discipulador que faz gerar outros onde cada um executa aquilo que lhe foi confiado, quer seja orando, exortando, louvando, discipulando ou pregando. Sé é Organismo tem sincronia com todos os membros, tem comunhão, tem relacionamento, tem mutualidade, tem sentimentos, ações, interação, filantropia, em suma, edificação onde um membro ajuda o outro membro. É um edifício santo e noiva do cordeiro, imaculada, impalpável mais real. Jamais destruída ou vencida pelas forças das trevas. É universal, só sairá da terra após o rapto do noivo que é Cristo. Tão bem registrada pelo médico Lucas em Atos 2 a 6.

O que precisamos compreender é que a igreja é ORGANISMO, mas também é ORGANIZAÇÃO. E o problema está exatamente aí pois muitas mentes pensantes acham que a igreja não deve e nem pode se envolver com assuntos políticos porque essa não é sua função. O que se precisa entender é que assuntos políticos podem não ser prioridade da igreja “Organismo”, mas é de sua responsabilidade como igreja “Organização”.

Se a Igreja, perante as Leis que regem um país, é organizada em Pessoa Jurídica, Cadastro Nacional da Pessoa Jurídica, com Estatuto, sede, diretoria, rol de membros, patrimônio, regimento interno, Existência física, obrigatoriedades, e atende a demais deveres legais, então é UMA ORGANIZAÇÃO! E por ser, é palpável, local, humana, imperfeita (está sujeita a ter falhas), temporária (Sujeita a desaparecer ou ter seus imóveis destruídos) e visível. 


A Igreja como uma Organização, é infiltrada na Sociedade como uma INTITUIÇÃO RELIGIOSA COM PERSONALIDADE JURÍDICA! E da mesma forma como se comportaria qualquer outra instituição, precisa de apoio jurídico, religioso e também político. É bem verdade que para uma boa parcela de críticos religiosos, esse aspecto organizacional é um tipo de mal necessário, porém na realidade, é uma condição indispensável à sua sobrevivência no meio em que está inserida, é uma condição “sine qua non”. Cristo quando fundou a igreja, Ele não a estabeleceu para ser um tipo de Império político- financeiro, com poder temporal. Nunca foi do Seu interesse que um de seus líderes religiosos espalhados pela História fosse um tipo de Chefe político, um magnata gospel ou missionário bem-sucedido e milionário. Mas também é do desejo da Trindade que, como Organização, a Igreja seja evidenciada na Sociedade com excelentes representantes, seja destacada através de seu crescimento físico e Social, que tenha construções civis que sejam referenciais no meio que atua. E assim como outros segmentos é tem esse direito dado pela própria Legislação. Não é surpresa aos amados leitores que por força da Constituição Federal, nosso país, na posição de Estado Democrático de Direito, a partir das Eleições, é conduzido pela força da representatividade política do povo, em harmonia com os Poderes Legislativo, Executivo e Judiciário. Esse ato democrático de eleger, é cingido pela Soberania popular em pleno exercício do Direito de votar e ser votado (sufrágio), considerando-se as devidas condições constitucionais e legais de elegibilidade e Incompatibilidade, que dar liberdade para qualquer cidadão solicitar o registro de sua candidatura (CF, art. 14, § 3º, I a VI, a, b e c; Lei 9.5041/1997, arts. 9º, parágrafo único, e 11, § 14), elementar que não venha a confrontar-se com os meios condicionais de inelegibilidade (CE, art. 3º, e LC 64/1990, art. 1º).

SERÁ QUE EXISTE ALGUMA RELAÇÃO ENTRE A POLÍTICA E FÉ CRISTÃ?


Muitos pensam que política e religião não se correlacionam, porém se observarmos na performance histórica das religiões de cunho monoteísta, tais como o judaísmo, o islamismo e o próprio cristianismo, perceberemos que nelas foram literalmente “adotadas”: códigos de leis escritas. Basta nos depararmos com alguns textos mosaico como os de Gênesis, onde vemos um fato onde o próprio Deus detentor de todo controle do cosmos delegando pessoas para o exercício legislativo. Gênesis 45. 8 : “Assim, não fostes vós que me enviastes ( שָׁלחַ ) para cá, e sim Deus ( אֱלֹהִים), que me pôs ( שׂוּם ) pai ( אָב ) de Faraó ( פַּרעֹה), e senhor ( אָדוֹן ) de toda a sua casa ( בַּיִת), e como governador ( מָשַׁל ) em toda a terra ( אֶרֶץ ) do Egito ( מִצרַיִם ).” . Recordo-me que na época que lecionava a disciplina “Protestantismo e Cultura brasileira” , na nossa briosa FATEAL, Faculdade de Teologia de Alagoas, abordávamos acerca da grande antipatia que existia entre os primeiros protestantes a pisarem em solo brasileiro e a política vigente, no exato momento em que os protestantes europeus pisaram em solo brasileiro, isso no período do Brasil colonial, comecinho da abertura dos portos marítimos concedidos por Portugal para esquentar a relação com o comércio exterior. O alunado presente nesta aula questionava sobre a importância da Igreja e do cristão na política. Uma vez que era de costume desses pioneiros não misturar Política, Religião, Igreja e Estado. Ali nós lembrávamos dos históricos e épicos hugnotes que foram verdadeiros exemplos vivos de que a verdadeira e genuína Política poderia ser exercida com excelência para o bem do povo de Deus e da Igreja como Organização.

Para quem sente ojeriza ao imaginar religião e política trabalhando juntos para o mesmo propósito, basta lembrar que estes pioneiros da Política internacional, constituíam um dos primeiros grupos de protestantes no cenário mundial, onde a maioria eram Calvinistas, membros verdadeiros da Igreja Reformada, que durante a maior parte do sexto Século, por amor a obra eclesiástica, se tornaram alvo de uma terrível perseguição. Inclusive, no tempo em que Henrique II (1547-1559) reinou, estes protestantes, formaram um numeroso e influente grupo internacional ATUANTE NA POLÍTICA, grupo este que por amor aos ideais protestantes, independente do que sofreram como o grande MASSACRE NA NOITE DE SÃO BARTOLOMEU onde por ordem do rei Carlos IX da França foram assassinados friamente, em um massacre que manchou de vermelho a história do povo francês, mesmo assim, enfrentaram tudo que veio pela frente por amor a um ideal, e tornaram-se o epicentro das disputas políticas e religiosas nacionais. Vale ressaltar que não foram poucas as grandes personalidades do Cenário político Internacional que eram huguenotes. Entre os quais, podemos citar nomes que se eternizaram na política mundial da época tais como Antônio (rei de Navarra), Luís I de Bourbon de Condé e o almirante Gaspar de Coligny.

Indubitavelmente os huguenotes, foram os primeiros políticos, que lutaram pela igreja e pela doutrina protestante nos anais históricos, onde até suas próprias vidas arriscaram. Inclusive durante as guerras religiosas na França (segunda metade do século XVI), cerca de 300 000 deles deixaram a França, após as dragonnades (perseguições contra as comunidades protestantes promovidas pelas perseguições políticas do Rei Luís XIV, em meados de outubro de 1685) entrarem em ação, provocando uma fuga repentina para vários países, inclusive para o Brasil. Não temos dúvidas que foram estes protestantes franceses que provavelmente provaram, nas primeiras páginas da Historia europeia, que a verdadeira política pode muito bem trabalhar em harmonia e a serviço da Igreja.

Nesta ocasião também levamos em conta que apesar e Deus, comprovar na Bíblia, que sua vontade absoluta é inviolável, permeando e suplantando quaisquer aspectos de vida; tendo precedência sobre todos e sobre qualquer coisa ( Mt 6.33); cujos propósitos são fixos; não permitindo interferência de nenhum governo em suas decisões ( Dn 4.34,35); Cientes que realmente é Deus quem "remove reis e estabelece reis" (Daniel 2:21); pelo sublime fato do "Altíssimo ter domínio sobre o reino dos homens; e o dá a quem quiser" (Daniel 4:17); Não sentimos dificuldade em acreditar que a
política genuína pode ser UM PODEROSO INSTRUMENTO (que usado em boas mãos), servirá de um MÉTODO EXTRAORDINÁRIO que Deus pode muito bem utilizar PARA REALIZAR A SUA PLENA VONTADE!!


Qual a dificuldade que se tem em entender que Deus pode se utilizar da verdadeira política e dos políticos genuínos e íntegros que ainda existem para fazer o bem a coletividade? podendo trabalhar "para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito" (Romanos 8:28). Não conseguimos compreender porque cristãos não se unem em prol de uma mesma causa quando o assunto é política. Pois ao invés de cuidarem da igreja do Senhor muitos, no fundo, só estão interessados em defender seus próprios interesses. Mas ainda bem que ainda existem poucos que respiram para melhor servir aos interesses de Deus e da saúde da Eclésia.

Política, religião e fé podem interagir para um bem comum coletivo?



Se os dois últimos são pontos antagônicos ao primeiro, como poderão inter-relacionarem Ora, se partirmos do princípio de que "Política" está relacionada à "arte da boa administração e organização" gerando "bem-estar" a outrem, então a mesma tem carácter "divino", tendo como precursor o próprio Autor da Criação, que em Tudo gerencia de forma sistemática e excelente para o bem-estar de todos. Isto lembra muito bem da mesma visão ocidental e helenística antiga acerca do conceito sobre política. Elementar que é difícil se acatar tal linha de pensamento, em um sistema em que a cada dia é influenciado pelas heréticas "verdades relativas" e as vertentes “esquerdopatas”, sob a ótica do Marxismo e do Gramischismo cultural. A cada dia, poucas não são as críticas acerca de citações cristãs, religiosas ou teocêntricas na política nacional. Se apoiam no pensamento de que por ser o país um Estado laico, é inadmissível a citação de Deus na política. Tese totalmente equivocada, visto que quando tratamos de "Estado Laico", nos referimos " aquele que não opta por uma linha religiosa em detrimento das outras”, queremos dizer com isso que no exato momento que deixamos Deus de fora do ciclo, não estamos sendo um país laico, mas sim um "estado confessional ateu". Ora, se os cépticos religiosos são bem-vindos, os cristãos também devem ser! Existem, lamentavelmente, movimentos de todo tipo tentando bloquear o surgimento de bancadas evangélicas, tentando calar a boca da igreja. Grupos isolados se levantando para colocar "mordaças" na voz daqueles que levantam a bandeira da fé cristã e protestante. Isso é indubitavelmente inaceitável em um país democrático e que se diz “Estado Laico". O que se precisa entender é que cada grupo social tem a livre oportunidade de ter seus representantes legais junto às Câmaras, Prefeituras, Governos, Congresso Nacional ou Senado. Isso aplica-se a todas as categorias, inclusive a Evangélica. Isso é constitucional. Qual o problema?


Ora, em um sistema democrático de Direito, essa questão de fé e valores não tem preço calculável. É algo incomensurável pelo simples fato de estar alicerçado na liberdade. O Estado por sua vez, tem por dever oferecer um "feedback" com uma máxima de neutralidade e igualdade possível em relação a diversos pontos e devido à isso, a laicidade é princípio fundamental para o sustentáculo da democracia bem como também dos direitos coletivos e individuais.


O Art. 5º, inciso VI, assegura liberdade de crença aos cidadãos:

Art. 5º Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza, garantindo-se aos brasileiros e aos estrangeiros residentes no País a inviolabilidade do direito à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança e à propriedade, nos termos seguintes:

[…]

VI – é inviolável a liberdade de consciência e de crença, sendo assegurado o livre exercício dos cultos religiosos e garantida, na forma da lei, a proteção aos locais de culto e a suas liturgias;

Na realidade, o carácter laico do Estado, que lhe dar distanciamento e distinção de qualquer liga ou influência religiosa, permite no âmbito da esfera pública bem como da ordem social, a tranquila chance de "convivência da diversidade e da pluralidade humana" . Quando tratamos do carácter laico do Estado brasileiro, perceberemos que o mesmo também abre o espaço para que cada indivíduo, em sua particularidade tenha a liberdade de livre escolha em ser ou não ser cristão, de ser filiado ou não a quaisquer instituições religiosas. Precisamos lembrar que, em busca e no esforço de construção da igualdade, quando tratamos de garantias individuais para o cidadão ter liberdade para escolher aquilo que deseja acreditar e a forma na qual quer acreditar, estamos na íntegra tratando nada mais é nada menos que laicidade do Estado. Pelo menos é o que defende a obra “Estado Laico, Educação, Tolerância e Cidadania ou simplesmente não crer” em sua página 16, publicado em 2012, pela Editora Factash, da escritora Roseli FISCHMANN. 


Para quem ainda pensa que Política e Religião nunca se misturaram, caso pudéssemos entrar em uma das máquinas do tempo (tipo aqueles filmes de ficção científica) e pudéssemos romper a barreira do espaço, dando um pulo na dobra temporal, se pudéssemos realmente percorrer as páginas da história e retrocedermos ao passado, pasmem, mas iríamos nos deparar com uma verdadeira influência da religião na Constituição Federal de 1988. Ora, ainda que a própria Carta Magna de 1988 preze pela não adoção de uma religião oficial brasileira, não é novidade que quando analisamos as composições do Parlamento e dos próprios Governos ou que ocupam as cadeiras eletivas, perceberemos que os governos que dão suporte a Máquina Estatal e até mesmo os próprios parlamentares, talvez por razão dos "ethos" comportamentais e culturais de cada um, raramente desassociarão os valores religiosos. Queremos dizer com isso que, de forma indireta, a atuação dos princípios religiosos no Estado brasileiro é indiscutivelmente um fato real, isto é, não há como ofuscar o claro e destacável fato dos princípios religiosos atuarem na Nação brasileira. 


Na própria carta magna mencionada temos um exemplo bastante perceptível dentro desse contexto. E não é difícil entender isso. Sinceramente meu querido leitor, já parou para analisar os efeitos civis do casamento religioso, Art. 226, §2º? E porque não citarmos a questão da obrigatoriedade de matéria religiosa no Ensino Fundamental, presente no Art. 210, §1º ou a questão da imunidade tributária dos templos religiosos, Art. 150, inciso VI, alínea “b)”? A própria Constituição Federal de 1988, trata da necessidade de se respeitar todas as religiões e todos os cultos na medida da legalidade, inclusive nas demandas militares. Já observou o que estava registrado no preambulo constitucional, redigido por Ulysses Guimarães, que, no corpo da laicidade constitucional aduz que a carta magma foi promulgada “[…] sob a proteção de Deus […]”?

Sabemos que cada Estado Nacional possui seus privilégios e direitos inerentes às suas dignidades" assim como suas prerrogativas culturais e é por isso que não existem coerências comparativas entre nações diferentes. Na realidade o que acontece é que a fé e religião do povo pertencente a uma nação mostram sua força no exato momento em que mesmo o Estado sendo soberano, limita-se, de forma restrita a essa religião e crença. Não temos dúvidas que a religião tem um grande valor na sociedade planetária e isso é fato comprovado na própria história brasileira bem como na constituição de cada Estado de Direito. Se levarmos em conta, dentro dessa linha de raciocínio, as marcas e os vestígios deixados na história, cultura, política e sociedade brasileira pelo catolicismo romano, que desde as origens do Brasil, estava embrenhado, é algo de gerar estupefação mas ao mesmo tempo um forte testemunho de que não há dúvidas da forte relação da Igreja no Estado e da religião na Política. Essa realidade é fato incontestável no transcorrer da linha histórica temporal.

Querido(a) Leitor(a), você já parou pra observar o Equilíbrio cósmico e a dinâmica dentro da Mecânica celestial? Já percebeu o perfeito equilíbrio, sistemático e politizado?

Será que em algum ponto de nossas vidas paramos para imaginar ou refletir sobre o ponto de equilíbrio físico do Universo, da matéria ou das coisas que estão ao nosso redor? A Bíblia como a Fonte da Verdadeira Filosofia e base de todo conhecimento vai nos revelar que todo o Cosmo desde o ente macroscópico ao Microscópio, tudo age em um perfeito e dinâmico equilíbrio com autopoder de organização.

Como já abordado em assuntos anteriores, independentemente de existir ou não, de ser verídica ou não a existência do Multiverso, o que vemos é o agir e trabalhar de um Deus que tem e detém todo o controle da “Phisys” nas palmas de suas mãos. Em uma Sincronia perfeita. Tudo no seu devido lugar. Já comentamos em outro artigo a beleza que é a “Regência” do Criador: “A distância do nosso planeta em relação ao sol por exemplo. Hoje, se sabe que estamos a uma distância comprovada matematicamente de cerca de 150 milhões de quilômetros (ou 01 unidade astronômica (UA).) da maior estrela de nosso sistema solar. Também somos cientes que no lugar certo, o sol proporciona vida e equilíbrio no planeta terra com seus 5,9 sextilhões de toneladas que na verdade, o certo é “massa”, já que “peso” é o resultado da atração gravitacional de um objeto maior (geralmente a própria Terra) sobre um menor. Mas, enfim, caso o planeta estivesse pouquíssimos graus fora do lugar, simplesmente, NÃO HAVERIA VIDA NA TERRA!


A ciência, mesmo sem perceber, tem revelado a mão de Deus e a forma como Ele simplesmente “Orquestra” o Espaço Sideral, ou melhor, Todo o Firmamento. Fantasticamente, o telescópio Hubble transmite imagens estupendas dos céus lá da sua órbita, muito além da atmosfera terrestre! Concomitantemente, em escala totalmente surpreendente, o microscópio de tunelamento por varredura coloca a nossa disposição psico científica todo o equilíbrio bioquímico e biomolecular. O funcionamento da complexa biologia molecular pode ser facilmente identificado no mundo dos seres vivos. Uma riqueza de células Eucariontes, presentes no reino “animália”, células ricas em organelas com funções de originar tecidos e órgãos, que apresentam funcionalidades complementares, onde cada organela presente na célula desempenha uma função específica.” Se levarmos em consideração que Política está inteiramente relacionada a “arte de Administrar bem e de forma organizada”, neste sentido Deus é altamente politizado pelo fato de ser altamente preocupado com a interação, bem-estar dos agentes ativos da “Physis”, sistematizado e operacional. E a maior prova disso está no equilíbrio dinâmico e na matemática celeste. Sim, por que não? A maior prova disso são “os céus”!


A Bíblia diz no O Livro dos Salmos 19.1: “Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos.”

Observe que o termo “céus” está em sua forma pluralizada "shamayim" - se referindo aos três céus presentes na Bíblia: o céu inferior(auronos) - céu atmosférico, que envolve a terra com ar, nuvens e vapor; o céu intermediário (mesoranios) - astronômico onde estão estrelas, planetas, galáxias, via láctea e o céu superior (eporanios) - que na Escritura é também chamado “céu dos céus”, morada de Deus.


Continuando nessa linha de raciocínio, em Gen 1.1 não é necessário sermos expert em Teologia pra entendermos que aqui temos uma organização criativa e sistematizada perfeita, feita diretamente por Deus, onde neste Primeiro Livro de Moisés, chamado Gênesis, em seu capítulo introdutório temos revelações fantásticas. Vejamos: "No princípio, criou Deus os céus e a terra. ". Observe a palavra CÉU no plural hebraico bem como 04 Distintas manifestações (Tempo, Ação, Autoria, Objetos da criação). Talvez querido(a) leitor(a), você possa estar questionando onde queremos chegar? A resposta é simples, tanto no céu inferior(auronos), como no céu intermediário (mesoranios) e no céu superior (eporanios) perceberemos um perfeito equilíbrio, com uma organização fenomenal criada exclusivamente, para que de forma sistematizada, possa contribuir para a dinâmica da criação. Vemos que todos os agentes se unem em harmonia celestial; tanto os agentes cósmicos, intergalácticos como os seres celestiais, todos seguem uma regra de perfeita logística. De um lado temos Querubins, Serafins, anjos eleitos, anjos das nações, 24 anciões, onde cada um com suas respectivas funcionalidades, que trabalham juntos para manter tudo no seu perfeito equilíbrio, obedecendo à vontade de Deus. Do outro lado, quando partimos para o equilíbrio dinâmico e quântico nos Universos físicos, galáxias e constelações percebemos a continuidade da mesma perfeição que na região celestial. Tudo feito e projetado para louvor da Sua glória.


“Os céus declaram a glória de Deus e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia, e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem fala onde não se ouça a sua voz. A sua linha se estende por toda a terra, e as suas palavras até ao fim do mundo. Neles pôs uma tenda para o sol, O qual é como um noivo que sai do seu tálamo, e se alegra como um herói, a correr o seu caminho.” (Salmos 19.1-5)


Portanto, não temos dúvidas que a começar do “céu de Deus” temos o maior exemplo de uma administração política correta, perfeita E UNIDA EM UM BEM COMUM e ORGANIZADO! Baseado nessa linha de raciocínio, não vejo dificuldade alguma em acreditar que Deus é politizado, com uma obra feita por suas mãos em ação dinamizada, mostrando-nos um Deus altamente organizado, sistematizado e político! Se nos refugiarmos a um dicionário como o de Michaelis observaremos que um ser político não tem nada a ver com o que pensamos ser hoje no contexto da política brasileira lamentavelmente implantado pela força esquerdista que a longo prazo trabalhou para destruir e sucatear nosso tão sofrido país. O dicionário em foco vai tratar o ser político como aquele que além de tratar de Política e assuntos relativos aos negócios políticos, é todo ser que atua com Cortesia, delicadeza, astúcia, que age na função de Estadista, sempre preocupado com a vida econômica do país, desejando o melhor para sua nação. Mas acima de tudo, um ser é considerado político quando trás posturas que mostram preocupação e relacionamento com a vida religiosa e social de uma coletividade. Esses atributos estão relacionados com um Ser, que ao contrário do que muitos pensam, não está restringido ou limitado a uma atividade exercida por membros do poder executivo ou Legislativo, abrindo assim um leque maior para o que a maioria conceitua acerca de Política. Quando tratamos cientificamente de Política, estamos abordando qualquer forma de relacionamento onde ocorra participação direta ou indireta que venha a trazer equilíbrio, ordem, progresso, estabilidade e controle para um melhor e maior bem-estar da coletividade. E nesse aspecto Deus é altamente político e politizado. Politizado sim pois, ser politizado é compreender todos os limites estabelecidos bem como as relações existentes nesses para com seus partícipes no meio em que estão inseridos. Significa está em harmonia com o que se desenrola na relação entre os seres sociais e a coletividade. É entender a contribuição da História para a formação de cada classe, etnia, povo, ethos comportamental e grupo social. É ter o domínio de conhecimento das n-ézimas relações entre os seres humanos e o meio no qual estão inseridos. Deus É politizado pelo fato primordial de ter o poder e controle total no conhecimento e na separação do objeto e o sujeito.

É descer ao nível do cidadão. É ter convivido com o cidadão e entender suas dificuldades e limitações. É estabelecer regras totalmente alcançáveis no patamar humano. É entender os deveres e direitos políticos de cada pessoa, é defender plano de governo e posturas nacionais que levem a pátria a um melhor desempenho, é conhecer a problemática de uma nação e indicar caminhos para o sucesso, É querer o melhor para o equilíbrio. Deus É Ser Politizado pelo fato de almejar sucesso e prosperidade referentes a Saúde, Segurança, trabalho, Educação e conduta ética das nações. (Salmos 33.12; 144.15; Pv 11.14,25, 34; 28.2; Dn 2.21; Rm 13.11; Tt 3.1).


Gostaríamos agora de chamar sua tão importante atenção para a observação feita pelo sociólogo Max Weber no exato momento que ele definiu as formas de poder. Levando-se em análise a instrumentalização usada nessas formas, partindo de pontos tais como “LEGITIMIDADE”, é perceptível que os “dominados” se condicionam a respeitar e acatar ordens de seus superiores visando sempre o bem comum. Migrando para o pensamento Grudeminiano, o teólogo Wayne Grudem, ao observar esta relação de respeito e ao mesmo tempo submissão de pessoas aos seus superiores, detectará não outra coisa senão a existência de um mecanismo dinâmico e legislativo equilibrado, dentro da própria natureza. É bem verdade que se manifesta multiformemente, mas quando tratamos de reino do mundo, não teremos outra realidade a não ser um REINO DE PODER IMPOSTO. Portanto fato é essa questão de domínio que um indivíduo ou grupo social exerce sobre outrem, e isso é uma óbvia versão atuante no reino celestial no mundo dos viventes. Já vislumbrou o funcionamento da hierarquia angelical? Ao partirmos para o pressuposto do reino humano, este já teve variadas versões fascistas, totalitárias, comunistas, democráticas e socialistas, porém todas condensam-se em um mesmo ponto característico: A PRÁTICA DO PODER SOBRE A HUMANIDADE!

Amados leitores, ao adentrarmos nas páginas contundentes das Sagradas Escrituras, vemos nos textos “pentateuquianos” uma ordem divina quanto a Criação no Livro de Gênesis, um ordem direta dando autorização para que os seres humanos dominasse as demais espécies presentes na natureza ( Gn 1.26-28). Mas é interessante que na mesma fonte deste Livro da Criação, não encontramos a mesma ordem divina expressa de forma explícita no tocante a haver domínio entre os próprios homens. E isso tem servido de paradoxo para que os “Antipolíticos” utilizem como apoio bíblico para abominar uma possível relação entre a Bíblia e a Política. Alguns por outro lado vão contra-argumentar alegando que por inferência a esse fato, há uma aparente permissão de Deus para que a Política preencha essa lacuna deixada por nossos primeiros pais no Éden, devido à queda. Pois no exato momento que Adão e Eva perdem o domínio sobre a Criação, o homem vai procurar através de outra maneira EXERCER SUA FUNÇÃO DE ADMINISTRADOR E MORDOMO das coisas criadas por Deus. Porém não faltarão aqueles que dogmatizam que ainda que Adão não tivesse decaído em transcorrência do pecado original, o Criador iria estabelecer uma forma de governo antagônica a ideia inicial de que a Existência e operacionalidade do Governo civil estão unicamente relacionadas ao controle da ação do mal no mundo, se transformando em um cabresto para conduzir a humanidade ao equilíbrio, promoção e bem-estar social. 


Em decorrência desta última hipótese, o pensamento político de Wayne Grudem ratifica que uma das principais funções da Política em concomitância com a Bíblia é exatamente “PROMOVER O BEM COMUM DA SOCIEDADE POR MEIO DE ATIVIDADES”, no sentido de regulamentar e construir estradas, estabelecer padrões de medidas, manter registros públicos, instituir Leis de segurança, monetariar e fazer evoluir prestações pecuniárias compulsórias, entre outras responsabilidades. O que provavelmente vemos após a queda dos nossos primeiros pais no Jardim do Éden, é o ser humano tentando de todas as formas levantar recursos para seu reestabelecimento tentando superar a vergonha da queda ( Gn 3.7,8) e ao mesmo tempo criando plataformas de poder e hierarquias se esforçando para readquirir o domínio que outrora havia perdido ( Gn 11.4-7).

Mas isto, desde as mais discretas até as mais complexas sociedades, são exatamente os mesmos sintomas presentes nos tempos hodiernos meus amados e queridos leitores. É bem verdade que rompendo a barreira do tempo e do espaço veremos que no desenrolar da História, poucos não foram os rompimentos na configuração desta estreita relação de poder.

Quando nos deparamos com o movimento cristão, não podemos fechar os olhos para a sua atuação como mão amiga e agente contribuidora da União. Os presídios e Casas de recuperação que digam. A igreja cristã é a maior ressocializadora da sociedade. Impossível é falarmos de Inclusão Social e não citarmos o movimento cristão. Pois quando se é projetado em pessoas perdidas moralmente e que aos olhos da sociedade estavam desenganadas, e de repente pelo poder do Evangelho transformador, mudam radicalmente gerando frutos digno de respeito e admiração no grupo social em que estão inseridos, não temos dúvidas da função social da igreja cristã. Vemos desde os Evangelhos, o cristianismo destacando sua funcionalidade na sociedade, ao projetar na vida de seus seguidores uma mudança radical de comportamento. E aqui temos meus amados o maior sinal de ruptura que pudesse ocorrer no viciante caminho da afronésia humana. É um novo caminho oportunizado pelo cristianismo bíblico, apresentando uma nova maneira de se enxergar a realidade tanto no aspecto da interatividade social como na metodologia de direcionar o poder inserido nos grupos sociais. Os ensinamentos do Mestre Jesus são inspirativos e ao mesmo tempo confrontantes pois trazem perspectivas espirituais e morais que contribuem para um tipo de inversão no modo de ser e de viver das pessoas alternando radicalmente suas vidas ao intervim no mundo de trevas que viviam e iluminando novos rumos e condutas.

Passeando na História veremos que de forma direta ou indireta, a Fé e os valores do Cristianismo muito somaram para o desenvolvimento e crescimento da verdadeira Política entre os homens. 


Verdade é que ainda na Idade Média, essa relação não começou muito bem pois poucas não foram as perseguições da coroa a grupos isolados cristãos, onde os mesmos ao invés de se omitirem, resolveram arriscar suas vidas e tomar posicionamento inverso, condenando ao inferno a falsa e corrompida religiosidade presente na época e propagada pela Igreja Romana e ao Governo doentio e viciante, que era conivente com o alto clero. Muitos destes grupos cristãos foram perseguidos, humilhados e torturados pela própria Igreja Romana que mantinha uma “parceria com os poderes políticos e era financiada pelos governantes da época. Eram grupos cristãos destacados pelo forte posicionamento que tinham acerca da defesa dos verdadeiros valores bíblicos. Não concordavam com a forma opressora implantada pelos principados, que para legitimarem suas heresias pegavam textos isolados da Bíblia tentando legitimar suas ambições políticas. Quando chegamos na época dos Governos, que atuavam sob a bandeira do absolutismo Inglês de Carlos I e Jorge III, onde na força do apadrinhamento, implantaram o SISTEMA ANGLICANO nas colônias da Inglaterra, entre elas a Irlanda e a Escócia, mais um forte grupo de opositores se levantaram, estendendo a bandeira da ortodoxia bíblica e batendo de frente com o sistema opressor, tipicamente monárquico absolutista e ao mesmo tempo herético pelo fato de todo o sistema religioso e político inglês dessa época, em plena colonização americana, sustentar a ideia de que o monarca era o vigário celestial e a personificação absoluta da vontade divina e por ser o representante legal de Deus na terra dos viventes, qualquer assunto ou decisão de interesse da sociedade, seria a sua Palavra definitiva e indiscutível.


Notória era o modelo adotado do antigo sistema romano cesariano atuante nos primeiros séculos da era cristã. Devido a isso foram estes “pioneiros do protestantismo”, obrigados a fugir para não serem caçados e mortos, migrando para o “Novo Continente”, chamado América. Seja observada a grande influência religiosa e política deixada pela cultura romana. Acerca desse ponto divisor para o assunto em questão, o celebre filósofo, Teólogo, escritor, líder britânico e educador americano H.J. Blackmam, deixou uma grande parcela de contribuição para podermos entender essa influência romana. Para ele Roma se destaca como sendo O PRIMEIRO E MAIOR EXEMPLO DE RELIGIÃO POLÍTICA presente na História mundial. Esta mente pensante acredita que para se descobrir a distinção entre religião política e eclesiástica basta tão somente virar as páginas do tempo no sentido cronológico contrário, indo até o período greco-romano e averiguar a diferença entre a deificação dos poderosos ptolomaicos egípcios e o culto feito ao Imperador romano. 

O culto egípcio era um tipo de cerimônia onde farao, como representante de Deus oficial, tinha o poder de aperfeiçoar e dar continuidade ao equilíbrio presente no Cosmo divino. Já o culto voltado ao grande monarca romano, tinha a sua particularidade no tocante a manter o equilíbrio e a ordem política, onde tal ação dava legalidade superior ao clero que ocupava uma posição de suma importância dentro da organização civil, e o sua autonomia gerava uma gama de ambições dentro do palco político. Como nem tudo dura pra sempre, esse “ancient regime” estava para acabar a qualquer momento. Ora, ao contrário do que muitos pensavam, depois de 13 colônias ocupadas, os opositores a esse sistema político, migraram para novas visões de governo e se organizaram social, religiosa, econômica e politicamente em novas formas. Devido a essas “migrações” para a colônia, uma forte aculturação tomou conta do povo. Diferentemente do colonizador português em relação a antiga “Terra de Vera Cruz”, que só visavam, depredar matéria prima na colônia, como um tipo de messianismo, adiante posicionado como um “expansionismo”, os colonizadores ingleses almejavam um espaço totalmente livre de corrupção, servidão deplorável e injustiças generalizadas visando como resultado final A HEGEMONIA. Não foi um período fácil pois nessa transição, com a influência do iluminismo francês, convicções teológicas e amor a liberdade de crença, ocorreram diversos confrontos entre pessoas de mesmo sangue, onde muitos deram suas próprias vidas em defesa de seus ideais e fé individual. Eram movidas por uma força de vontade interior tão grande que mesmo aparentemente fracos, conseguiram fazer com que o mais poderoso exército do mundo de então viesse a patear, fazendo nascer com tal brava coragem dos menores, A INDEPENDÊNCIA DAS COLÔNIAS QUE FORMARIAM OS EUA.

Que lição para todos nós meus queridos leitores. Quando um povo cristão se une, em defesa de um mesmo ideal político, debaixo das bençãos divinas, sem perder a fé naquilo que almejam, surgem oportunidades únicas e mudanças radicais para o bem-estar da coletividade. Se não fossem esses desacreditados, mas valentes desbravadores, Os Estados Unidos da América do Norte jamais teriam nascido. NÃO FORAM OMISSOS, NÃO ENTREGARAM SEU POVO AS MÃOS INIMIGAS, MAS AO CONTRÁRIO, SE POSICIONARAM POLITICAMENTE E DEUS OS HONROU. Que lição fenomenal para todos nós. Elementar que com isso não estamos fazendo apologia a guerras civis, protestos nas ruas, queima de pneus ou depredação pública. Estamos falando de posicionamento na hora de exercermos nossa cidadania e na hora do voto, agirmos democraticamente votando em pessoas e partidos que tenha Deus acima de tudo, valorizando a família, o patriotismo e a Educação. Como bramava o pai da Reforma Protestante: SOLI DEO GLORIA!


Vai defender o brilhante e ilustre professor americano da Universidade de Massachusetts, Boston, titular da cadeira nas disciplinas de Artes Liberais e Estudo da Religião, Richard Horsley, que quando tratamos deste “Messianismo libertário”, tão presente e intrínseco nos ideais e identidade dos colonizadores ingleses, os Puritanos e Peregrinos ao partirem da Inglaterra, fincando residência em Plymouth, Boston e Providence, identificaram-se com personagens bíblicos do panorama veterotestamentário tais como os hebreus que fugiram do cativeiro egípcio de faraó sob o comando do grande Legislador Moisés e também se identificaram muito com o episódio ocorrido no Monte Sinai onde Deus fez aliança com Israel em uma realidade em que da mesma forma que os treze estados da federação constituíam um novo protótipo de aliança de governo civil como modelo para o resto do mundo, as doze tribos israelitas dos tempos mosaicos do Êxodo haviam recebido a aliança no monte Sinai como padrão exemplar para as demais nações de governo civil.

É perceptível não só a influência da religião em posicionamentos políticos decisivos para a História mundial como também a força que os cristãos têm na formação política de um povo ou de uma nação. Aquilo que para muitos pode até mesmo parecer um exagero, quando nos deparamos com exemplos atuais, presentes em políticas que vão além dos extremos esperados, não passa de pura realidade. Como por exemplo o caso da área geográfica pseudo nominada de “janela 10 ∕ 40”, que sob a desculpa de gerar uma forte ameaça as hegemonias religiosas, culturais e políticas a essas territorialidades, os líderes desrespeitosamente proíbem a distribuição de exemplares da Bíblia Sagrada. O que vemos é o receio e temor não assumido, mas presente nas incontáveis formas de intolerâncias aos princípios bíblicos e força do cristianismo.


Olhando o outro lado da moeda, temos políticos visionários que entendiam ser a Política um instrumento importantíssimo na busca do bem coletivo e que não poderia a mesma ter tanto desempenho sem a força do Cristianismo. É o caso de lideranças tais como o príncipe inglês, impulsionador do movimento de independência dos países baixos e conde de Nassau Guilherme de Orange e o sábio príncipe – eleitor da Saxônia Frederico III (1486-1525). Ambos nutriam um forte respeito e incomensurável simpatia por esta corrente de pensamento e forma inclusive fortes defensores e ajudantes de expoentes tais como os reformistas Martinho Lutero (Alemanha) e o fundador do presbiterianismo Jonh Knox (Escócia). 


Não muito distante, uma das maiores evidências históricas da Religião e dos princípios bíblicos como fatores preponderantes na política ocorreu em meados do Século XVIII, foi um momento singular da história da humanidade que aconteceu. Nos referimos a “Declaração de Independência dos EUA”. Este documento, redigido pelos maiores intelectuais da época não se inspiraram em outro fundamento a não ser na Palavra de Deus. A Bíblia foi a fonte de inspiração para a independência de diversas outras colônias. Dois séculos depois, influenciados por valores bíblicos e cristãos, vários homens foram levantados e se engajaram na Política com o intuito de lutar por liberdades civis. Entre os vários expoentes levantados dois se destacaram: O segregacionista do apartheid Nelson Rolihlahla Mandela (1948 – 1990), que se tornou um grande líder sul-africano e um dos maiores combatentes que lutou contra o regime racista de todos os tempos, se tornando referência internacional quando o assunto é liberdade e democracia. Passou quase três décadas preso e depois eleito presidente após a queda do regime, E o outro foi um dos maiores ativistas político estadunidense e líder do movimento dos direitos civis nos EUA de 1955 até sua morte em 1968, Martin Luther King, entre outras celebridades. Todos os visionários que sabiam utilizar muito bem a política e a religião a serviço do bem coletivo.

Não podemos ser injustos com nossas atitudes e nem ignorantes em nossos posicionamentos. Como cristãos, precisamos ter um posicionamento. Mesmo tendo consciência que de acordo com pesquisas recentes, atualmente, o Congresso Nacional, as Assembleias Legislativas e as Câmaras de Vereadores, o Legislativo de todo o pais espalhados em vários setores, estão lamentavelmente na posição de instituições com o mais baixo índice de credibilidade nacional, sendo avaliado pela massa populacional como espaços reservados para conchavos, negociatas e corrupções, precisamos ser fiés a balança da equilíbrio e da equação “sine qua non”. Ainda existem políticos honestos e verdadeiros militantes na defesa e bem da coletividade. O que não podemos é deixar de acreditar na mudança. Pois o pior dos ignorantes é o analfabeto político. Aquele que não escuta, não se expressa, não se envolve com os acontecimentos sociais e nem políticos. Não está nem aí para o aumento dos produtos no seu país e nem se envolve com nada que possa gerar melhores mudanças para seu povo.


Conforme se expressa o criador do teatro épico anti-aristotélico, sábio dramaturgo, romancista e poeta alemão Bertold Brecht: "... O analfabeto político é tão burro que se orgulha e estufa o peito dizendo que odeia a política. Não sabe o imbecil que da sua ignorância política nasce a prostituta, o menor abandonado, e o pior de todos os bandidos que é o político vigarista, pilantra, o corrupto e lacaio dos exploradores do povo.". Queridos, mesmo com tantas dificuldades por parte de alguns xiitas desinformados, não podemos fechar os nossos olhos para uma realidade evidencial inevitável: EXISTEM ASPECTOS ENVOLVENDO A FÉ E ESTES SÃO ESSENCIAIS AO PROCESSO CIVILIZADOR! Não há a mínima possibilidade de descartarmos tal fato. Tanto a Política com a Fé cristã estão intrinsecamente interligadas e relacionadas ao ser humano e a Sociedade onde os mesmos estão inseridos. Verdade é que não existe motor funcionando sem combustível.

Essa grande e dinâmica engrenagem chamada Política sempre funcionou a base do combustível chamado eleitorado. Infelizmente, na maioria das vezes, por falta de pulso por parte de crentes íntegros e que não negociam seus valores bíblicos, morais, religiosos e espirituais, espaços e funções são ocupados e adiante levam dor ao rebanho. Verdade que muitos enganadores têm se levantado nas tribunas, arenas, púlpitos e palanques brasileiros vendendo falsas promessas e contribuindo para que o povo dê mais credibilidade aquilo que eles prometem do que o testemunho de vida que apresentam. A Bíblia é enfática quando mostra Leis provindas de Valores Bíblicos. Observe que antes mesmo dos nosso primeiros pais fracassarem, o Senhor Deus já havia determinado padrões éticos e legais através de um mini Código de Leis, indispensáveis para a existência da raça humana e dos demais integrantes da terra. São requisitos basilares formados por DIREITOS: “E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda árvore do jardim comerás livremente”; DEVERES : “E tomou o Senhor Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar”; PUNIÇÃO: “porque, no dia em que dela comeres, certamente morrerás” e RESTRIÇÕES: ”mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não comerás”, para serem aplicados em quaisquer que sejam as sociedades existentes no passado, presente ou futuro ( Gn 2.15-17). Isso nos alerta que precisamos fazer nossas escolhas corretas para depois não chorarmos pelo “Leite derramado”!

Não existe Sociedade perfeita. Mas pode ser melhorada e o meio legal está exatamente demonstrado nas Escrituras Sagradas. Deus nos orienta não só nas entrelinhas da Bíblia, como também em diversos episódios e acontecimentos bíblicos que vão desde o Livro do Genesis com o episódio de Adão e Eva, passando pela Torre de Babel até o Livro do Apocalipse na gestão do imperador Tito Flavio Domiciano. É nítido nos anais históricos o que foi proferido pelo sábio Rei Salomão ao dizer: “Quando os honestos governam, o povo se alegra; mas, quando os maus dominam, o povo reclama” (Provérbios 29.2 NTLH)

Precisamos saber utilizar o uso adequado do poder do voto. Devemos votar em pessoas e partidos compromissados com a verdade, vivemos em um sistema minado, idealizadores que são antagônicos aos princípios cristãos estão a todo pique tentando desestruturar as bases cristãs. Nossa missão é colocarmos governantes que tragam alegria ao invés de angústia. Os “esquerdóides” são opositores ao cristianismo, sempre criticando o povo de Deus e os apelidando de “Cristãos de esquerda”. Estão a todo custo tentando neutralizar tudo que os defensores da família, da pátria, da educação e da igreja defendem. Como estratégia agora estão se infiltrando nas igrejas cristãs para criar “pensamentos confusos”. A bandeira que defendem é a do Marxismo cultural, alma dos seus ideais.

O interesse é de difundir o seu principal Princípio filosófico que é o MATERIALISMO DIALÉTICO, em uma nova roupagem “progressista” cujo ideal não é outro a não ser NEGAR A EXISTÊNCIA DE DEUS! Se alimentam como uma aranha na cadeia alimentar, que ao pegar suas presas, as enrolam em suas “teias ideológicas” sugando a partir de suas mentes tudo que é vital para sua sobrevivência. 


O uso de conflitos existenciais é uma das suas principais estratégias pois facilita a manipulação em massa. Usam a mentira alegando que lutam contra o sistema ditador só que todos sabemos os males que o marxismo gerou, no transcorrer da História, as maiores ditaduras de todos os tempos. Oprimindo o povo e levando as sociedades ao caos. China, Venezuela e Coréia do Norte são exemplo dos males que o Socialismo (embrião do comunismo) tem causado. Principalmente quando tratamos de perseguição cristã. PRECISAMOS ACORDAR! O ideal seria que assim como cada segmento escolhe votar em candidatos que ideologicamente comungam de uma mesma filosofia de vida, os cristãos não deviam votar em pessoas que possuíam Ideias e ideais antagônicos aos seus. Mas infelizmente na prática nem sempre é assim. Mas eu não vou então nesse caso o interessante é escolher pessoas que independentemente de proferir a mesma fé defendam no mínimo os mesmos ideais.


O CRISTÃO NÃO SÓ PODE, COMO DEVE VOTAR EM CRISTÃO!


O problema não é pastor ou padre candidato, mas sim se ele se comporta, ou não, de acordo com a fé que diz professar. A Bíblia diz "aparte-se da iniquidade todo aquele que professa o nome do Senhor" (2 Timóteo 2.19).

Eu quero candidatos que se apartem da iniquidade. Se for para seguir esse único versículo da Bíblia, já terá o meu voto. Ele não receberá propina nem dará contratos para amigos e parentes, não deixará superfaturarem obras e não escolherá para os cargos apenas os apadrinhados (que, por não precisarem estudar nem trabalhar, em geral são incompetentes). O cristão, como qualquer cidadão, vota pelos motivos que bem quiser. Se quiser votar em cristão, isso é um direito. 


O que mais falta hoje na política e no governo são valores que a Bíblia recomenda: honestidade, justiça, serviço ao próximo, repúdio à defraudação. São valores que diversos não cristãos também acalenta. Logo, que todos escolham quem demonstra seguir tais valores, que todos votem em quem se comporta com decência. Não cristãos não podem querer impedir que cristão vote em cristão, assim como seria errado um cristão querer impedir que ateu vote em ateu, ou ruralista em ruralista, ou ativista em ativista. E cristãos e não cristãos irão bem melhor se seguirem os valores que tantos ateus e teístas de todas as sortes defendem: governantes honestos, que sirvam ao público ao invés de se servirem do público. Eu sou cidadão e voto como quiser. Usando este direito, escolho votar em quem se comporta como cristão. O que não podemos é deixar de votar ou votar nulo! Pois no mínimo estamos cometendo o pecado por omissão. Precisamos lembrar que quando praticamos o ato de votar, além de exercermos a cidadania, praticamos a democracia, não pecamos por omissão (ao usarmos o voto em branco ou voto nulo) e obedecemos a Bíblia.

E CRISTÃO VOTA EM CRISTÃO?



A cada dia mais e mais tem sido as críticas contra os evangélicos que se filiam a um partido e se candidatam a um cargo político com fins de defender suas respectivas categorias e classes, bem como citarem Deus se envolvendo com assuntos políticos. A questão é que os opositores contra argumentam, sob uma ótica totalmente equivocada, onde criticam que é inadmissível em um Estado que se diz laico, se fazer apologia à religião. Nenhum Estado Laico opta por um segmento religioso em vez de outros. Ou seja, deixar Deus de fora de cena não é laicidade, mas loucura. Não tem nada de laico, mas sim de "Estado ateu e confessional".

Que país laico é esse em que enquanto os cristãos são ojerizados, os ateus são aclamados? Não existe nada de ilegítimo uma classe, grupo ou pessoas escolherem seus representantes legais. Elementar que sejam candidatos que compactuem com os mesmos ideais. Todos têm, segundo a Carta Magna brasileira, direito a terem seus representantes. Todos, inclusive os cristãos. Agora, elementar que caso sejam cristãos, que adotem partidos e candidatos que não sejam antagônicos aos seus princípios e valores. E aproveitando esse viés, é inadmissível um cristão apoiar partidos ou candidatos que defendem ideologias satânicas e perigosas, verdadeiros venenos demoníacos que tem a missão de causar males à igreja e a ortodoxia cristã. Ora, se dentro do nosso país as pessoas fazem suas escolhas através do voto baseado em quaisquer motivos fúteis, por que não escolher votar em pessoas pelo fato de comungarem da mesma fé? Se é possível o primeiro caso e o segundo é ignorado, então isso tem nome: acepção, Perseguição religiosa, violação dos direitos humanos e no mínimo, preconceito. Elementar que para optar por um determinado candidato, é necessário verificar se sua postura e o seu comportamento ético é compatível à classe que ele aparenta defender. Verifique se esse candidato se comporta, ou não, de acordo com a fé que diz professar. Assim nos orienta o apóstolo dos gentios em 2 Timóteo 2.19: "aparte-se da iniquidade todo aquele que professa o nome do Senhor". Precisamos de representantes que sintam antipatia ao pecado, que se afastem da iniquidade. 

Candidatos que digam "NÃO” as propinas, ao superfaturamento, ao apadrinhamento e que digam "SIM" a conduta bíblica e a ética cristã pautada na vontade de Deus e na ortodoxia das Escrituras Sagradas. A Nação brasileira precisa de políticos honestos, que sirvam ao público ao invés de se servirem do público. Que sejam Defensores da Família, da Pátria, da Igreja e da Educação. Que haja com honestidade, justiça, serviço ao próximo, repúdio à defraudação. É ISSO QUE DEFINITIVAMENTE PRECISAMOS! Precisamos de candidatos que refutem e combatam: A ideologia de gênero, a legalização das drogas, a descriminalização do Aborto, as ideias marxistas, as doutrinas Gramschistas, e tudo aquilo que vem dessa política maligna da "esquerdopatia" socialista. Precisamos de candidatos que primem pela boa conduta e que tenham compromisso com o Bom Testemunho e cheiro de Cristo. Não bastam "rótulos". A Bíblia é rica em exemplos de homens compromissados com Deus: José do Egito, Salomão, Daniel, Neemias. São ótimos exemplos para o Brasil de hoje. Em suma, da mesma forma que um cristão não pode impedir que ateu vote em um anticristão, nenhum ativista ateísta pode atrapalhar cristão de votar em cristão.

"Todo cidadão é livre para votar em quem desejar, porém mais do que um direito, temos o dever de votarmos em quem se comporta como cristão. Você é livre pra votar em quem quiser, mas também é ETERNAMENTE RESPONSÁVEL PELAS CONSEQUÊNCIAS QUE IRÁ COLHER!"
(Adriano Oliveira)

O pai da reforma protestante certa feita disse: " prefiro votar em um muçulmano sábio (ou seja, que se comportasse de acordo com os princípios que a Bíblia fornece) do que em um "cristão tolo", ou seja, aquele que não age como tal."


Por outro lado, hoje enfrentamos o pior desafio de todos os tempos. Estamos lutando contra um "blocão" que a todo custo está tentando trocar nossa bandeira (verde, amarela, azul e branca) pela bandeira vermelha do socialismo. Não temos tempo para brincarmos de votar ou não votar em quem pode ou não dar certo. Um Dos nossos mais difíceis obstáculos a ser superado nós temos hodiernos é justamente evitarmos eleger candidatos errados. Não devemos votar em quem aparenta vestir nossa camisa e defender nossos ideais apenas. Precisamos sim, observar e muito bem, os frutos que esses pretensos candidatos têm deixado no transcorrer da trajetória percorrida por eles. Não é em nada ilegítimo que um cristão vote em quem tem valores cristãos. Valores de que o país desesperadamente necessita. 


Evitemos os falsificadores, porém também devemos ter cuidado com os lobos que se vestem de ovelhas. Assim nos ensinou o mestre: "Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas, interiormente, são lobos devoradores " (Mateus 7:15). Falsificadores para nós deveriam ser todos aqueles que diante dos cristãos é uma coisa, mas nos bastidores comunga de ideais opostos aos do cristianismo.

A BÍBLIA, A POLÍTICA E O POSICIONAMENTO CRISTÃO.


“Quando os justos triunfam, há grande alegria; mas, quando os ímpios sobem, os homens escondem-se” (Pv 28.12).


De acordo com Richard Horsley, havia um homem visionário e muito espiritual que acreditava piamente que a palavra de Deus e o evangelho transformador de Cristo seriam parâmetros norteadores para a transformação das sociedades, e em especial, para mudar de maneira ascendente as instituições Americanas.

Ele se referia a Walter Rauschenbusch, que impulsionado pela perfeição do Reino pregado por Cristo, defendia ser o padrão inspirativo para as civilizações .Era uma visão voltada para um tipo de “Evangelho social” , onde o reino de Deus assumia dois perfis interessantes, em que por um lado nós temos esse Reino exercendo um forte papel sobre as forças sobrecomuns da iniquidade social, atuantes na mente de alguns homens opressores, principalmente no que diz respeito há diversas injustiças produzidas pelas instituições econômicas capitalistas e por outro lado este mesmo Reino oportuniza a chance de exercer a função de verdadeiro estimulante aos norte-americanos para que os mesmos possam executar uma ordem justa , de cunho político-administrativo e econômico. E ao mesmo tempo não deixa de ser uma forma de potencializar a sociedade local para que esta coloque suas instituições políticas e econômicas a serviço do reino celestial. Para endossar ainda mais esta mesma linha de raciocínio, não são poucos os exemplos bíblicos que caracterizam os sucessos ou fracassos políticos relacionados a homens de Deus e homens sem o temor ao Senhor nos cargos de lideranças, respectivamente. Porque não lembrarmos o grande personagem vetero testamentário, chamado José do Egito? Maturidade, honestidade e caráter nunca deixaram de ser evidenciados neste homem que chegou a função de governador de todo o Egito. PARA MOSTRAR ÀS GERAÇÕES FUTURAS QUE O PODER OU POLÍTICA NÃO CORROMPEM NINGUÉM, APENAS REVELAM QUEM A PESSOA JÁ É POR ESSÊNCIA! Afinal de contas quem tem caráter, quem é fiel a Deus, quem é honesto, será em qualquer lugar onde estiver!


Em Gênesis no capítulo 41 versículos 38 a 44 temos a linda história de José, filho de Jacó o patriarca, que recebeu a autoridade suprema entre o povo, dada por faraó, cuja cadeira deu-lhe todo o poder necessário dentro do império egípcio, para que o mesmo pudesse executar com excelência a verdadeira política como “Arte de Administrar e Governar bem” gerando benefícios incalculáveis para a coletividade de sua época. Em contrapartida, no livro profético de Daniel ( Dn 5.22-30), há um triste episódio onde lamentavelmente temos o exemplo do soberbo Belsazar, o filho de Nabucodonosor, homem orgulhoso, prepotente e arrogante, que deu literalmente as costas para Deus e foi canal de maldição, para trazer desgraça para si mesmo e para o povo que estava debaixo de sua mão. Diferente do seu pai, que exaltou a Deus, pelo que o senhor fez ao profeta Daniel. Capítulo 2 e versículos 46 a 49 e capítulo 4 versículos 36 e 37 do livro deste grande profeta destacam o fato. Até certo ponto , ao observarmos o capítulo 19 de Gênesis dos versículos 24 a 25 questionamos : Será que a punição de Deus, nas cidades-estados de Sodoma e Gomorra, não teria sido também pelo fato das mesmas não terem estabelecido políticas públicas em defesa dos oráculos Santos sendo necessário O próprio Deus intervir e se encarregar de exercer juízo a esta sociedade da época? A pergunta fica no ar.

O que sabemos é que dentro da base do cristianismo atual, muitos intitulados estudiosos divergem quando o assunto se trata de política. Daí surge a necessidade dos candidatos eleitos pelo povo, vigiar de forma multiplicada para que não venha a posteriori e cair na descrença da população. A questão não é só o político evangélico pregar os valores bíblicos e cristãos, mas acima de tudo viver em essência o cristianismo e os valores religiosos que aparenta defender. É ter na veia a essência do evangelho e evidenciá-lo através de sua vida, na sua rotina dentro e fora do Congresso, Senado, Assembleia Legislativa ou Câmara. EM TEMPOS DE INDIFERENÇAS ESSE POLÍTICO PRECISA SER DIFERENTE! E para ser diferente ter um posicionamento de sal e luz em meio à sociedade corrompida pelas trevas: “Vós sois o sal da terra; e se o sal for insípido, com que se há de salgar? Para nada mais presta senão para se lançar fora, e ser pisado pelos homens. Vós sois a luz do mundo; não se pode esconder uma cidade edificada sobre um monte; Nem se acende a candeia e se coloca debaixo do alqueire, mas no velador, e dá luz a todos que estão na casa.

Assim resplandeça a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e glorifiquem a vosso Pai, que está nos céus.” (Mateus 5.13-16)

Quando tratamos de postura e posicionamento sociais, temos como exemplo o maior homem que já viveu entre nós, Jesus Cristo. Vivia o que pregava e pregava o que vivia na presença e na ausência das pessoas. E assim deve ser o posicionamento de todos os políticos na ativa e todo cristão de carreira. O texto bíblico acima citado faz alusão anum fato interessante, pois Jesus achava-se em Cafarnaum, local geográfico determinado hoje como o Monte das bem-aventuranças. E ao redor dele uma massa gigantesca de pessoas. Este Sermão é tão importante que vai ocupar três sistemáticos capítulos da Bíblia (5, 6 e 7), instruções sábias repetidamente evidenciadas no transcorrer de suas pregações distribuídas em trechos distintos narradas em todo o Evangelho do médico Lucas.


Observemos alguns pontos interessantes e norteadores para a conduta não só de líderes como liderados que realmente desejam seguir os passos do mestre Jesus:

5:3-12 Bem-aventurados vem do grego “makarios”, que significa "feliz", "abençoado". - É a felicidade do coração do líder ou liderado que está em paz com Deus, e estende-se aos seguintes:

1) Humildes de espírito, os verdadeiros líderes políticos cristãos precisam ser humildes. Aqui não se refere a simples falta de muitos bens materiais. Pode até ter muitos bens, ocupar uma boa posição midiática, mas precisa, após eleito, ser humilde diante do seu eleitorado e no relacionar com os demais que estão abaixo dele, precisa ser compromissado com o eleitorado que o elegeu e com os ideais nos quais prometeu defender.

2) Os que choram, lamentando diante de Deus suas limitações, falhas, reconhecendo suas limitações. Independente de estar eleito, precisa sempre se manter na dependência divina. Lavando suas orações com lágrimas sinceras em prol de sua árdua tarefa, no meio que está infiltrado e na sociedade que vive. Pedindo forças ao Senhor para cumprir com excelência o seu mandato.

3), Os mansos, que se dobram à vontade de Deus; domados pelo fruto do Espírito. Neutralizando seus próprios impulsos e interesses humanos e considerando os integrantes da mesma sociedade superiores a si mesmo. Ou seja, não se exorberbecer e tratando todos gentilmente. Pois constantemente precisa lembrar que por outros foi eleito para prestar serviços à coletividade.

4) Fome e sede de justiça, é o que têm aqueles que buscam a santidade e ética que vem de Deus; não se contaminam com o pecado nem com propostas indecentes tão presentes nos bastidores. Quem tem fome e sede de Justiça, agem integralmente. São pessoas que colocam a ética, a moral, a justiça e as ordens divinas acima de seus próprios interesses e prioridades. São justos em suas decisões.

5) Os misericordiosos, que- se compadecem do seu próximo; que honram aqueles que lhes depositaram Confiabilidade. Que absolvem as dores e necessidades não só dos grupos e demais pessoas que o elegeram, como também toda a população sofrida brasileira. Sempre se compadecendo dos mais necessitados.

6) os limpos de coração, têm uma santidade no íntimo; incontaminável. Não aceita propina, acordos de bastidores. Ou seja, o meio em que vivem não modificam a sua verdadeira essência cristã. E isto é notório na própria Sociedade em que faz parte. Em suas ações, demonstram um alto compromisso com a Moral, patriotismo e Espiritualidade.

7) Os pacificadores, têm paz com Deus e a semeiam no meio político e social em que vivem; sempre em defesa da paz e contra os atos violentos.

8) os perseguidos, que sofrem qualquer sacrifício para permanecer dentro da vontade de Cristo, Sempre exalando o bom perfume de Cristo entre os que estão ao seu redor e derredor.

No texto lido - vemos A influência e a responsabilidades do político cristão assim como dos servos do Senhor neste mundo: a luz brilha e se opõe às trevas, o sal preserva e dá sabor!

O verdadeiro político cristão, como LUZ, tem um papel fundamental na Sociedade, que é o de resplandecer o brilho de Cristo diante da Sociedade. Sempre deixando um reflexo de SANTIDADE daquele que o Resgatou (Cristo) e o delegou responsabilidades em seu mandato a ponto de chamar atenção com seu bom desempenho e conduta de todos que estão ao seu redor.

O verdadeiro político cristão, como SAL, da mesma forma que o sal era usado pra PRESERVAR OS ALIMENTOS (muito mais do que temperar), aqueles eleitos pelo povo, compromissados com cada voto recebido, tem a responsabilidade de preservar os cargos que ocupam contra a corrupção, o roubo e a malandragem através do poder transformador e restaurador do Evangelho de Cristo. O segredo primordial para fazer boas escolhas de nossos representantes políticos é muito simples: OBSERVAR A SUA CONDUTA MORAL RELIGIOSA ESPIRITUAL, antes da candidatura.


É necessário que tenha o perfil que não gere dúvidas, que mostre o mesmo compromissado com Cristo e com as verdades eternas, que tenha uma boa conduta por onde passar, que haja com honestidade em seus negócios, seja um bom pai, um bom esposo, marido de uma só mulher, que também tenha vocação para a vida pública, tudo isso para que lá na frente não venha causar decepção ou vergonha a categoria que o elegeu. Por isso é aconselhável dar preferência a candidatos crentes, ao invés dos descrentes, porém é necessário observar se o pretenso candidato é realmente compromissado com a obra do Senhor e com Seus Estatutos divinos.

Aproveitando a oportunidade não poderíamos deixar de falar sobre pastores que abandonam os seus rebanhos para se envolverem com política. SE TEM CHAMADO PARA O MINISTÉRIO SACERDOTAL, DEVE -SE CUIDAR DO REBANHO DO SENHOR POIS FOI PARA ISSO QUE FOI CHAMADO. QUE ESTE EXERCÍCIO NO LEGISLATIVO OU EXECUTIVO FIQUE PARA OS MEMBROS OU DELEGADOS EXCLUSIVAMENTE PARA TAL RESPONSABILIDADE!

Deus deseja multiplicação na sua obra e a multiplicação acontece através dos obreiros do Senhor. É uma missão árdua, porém gratificante e maravilhosa. Não existe vocação melhor.

O obreiro verdadeiro está envolvido e compromissado com a obra do senhor e a ela prioriza pois sabe que te resta pouco tempo (Gl 6.10). Envolver significa: Enrolar-se, embrulhar-se, cercar, rodear, circundar, incluir-se, tomar parte. Não tem como conciliar o ministério em ação com cargos políticos pelo simples fato do ministério pastoral tomar praticamente todo o tempo do dinamico e dedicado obreiro. O Ministro não deve abdicar da sublime missão de cuidar do povo de Deus para exercer uma cadeira no Legislativo ou Executivo. A não ser que seja convocado diretamente por Deus através de seus superiores para tal tarefa com o intuito de ser útil a Igreja, porém esta precisa se afastar do pastoreado. Necessário é entender as três indispensáveis premissas que todo obreiro precisar guardar em seu coração: A chamada deve ser definida, Rm 1.1:Paulo, servo de Jesus Cristo, chamado para ser apóstolo, separado para o evangelho de Deus; A chamada é soberana, Mc 3.13 Depois subiu ao monte, e chamou a si os que ele mesmo queria; e vieram a ele; A chamada precisa ser consciente, Gl 1.15 Mas, quando aprouve a Deus, que desde o ventre de minha mãe me separou, e me chamou pela sua graça. A dedicação deve ser exclusiva porque foi o próprio Deus quem escolheu e confiou o ministério ao obreiro.


Conta-se na Biografia do príncipe dos pregadores Ev. Billy Graham que em uma dada oportunidade o mesmo foi convocado para ser Presidente dos EUA. E não se tinha dúvidas que ele ganharia, dada a sua notoriedade, popularidade e respeito adquirido por sua conduta, influência e testemunho. Um convite que quase nenhum mortal recusaria. Porém para a surpresa de muitos, o nobre pastor da Igreja Batista norte americana respondeu: “EU NÃO VOU DEIXAR DE SER EMBAIXADOR DA PÁTRIA CELESTIAL, PARA SER SIMPLESMENTE, PRESIDENTE DOS ESTADOS UNIDOS, NÃO VOU DESCER MEU NÍVEL!”. Que coisa linda é quando um obreiro consegue identificar qual honra recebeu ao se tornar um Ministro de Cristo. Aleluia.


Amados, observe a declaração linda de Paulo registra ao seu filho ministerial Timóteo: ““Dou graças àquele que me fortaleceu, a Cristo Jesus nosso Senhor, porque me julgou fiel, pondo-me no seu ministério” (I Tm 1.12). Será que conseguimos alcançar essa realidade e entender o que significa Deus ter separado o obreiro para ele? O fato é mais magnífico do que pensamos meus amados leitores. ( Ef 4.1; 1 Cor 7.22; II Co 5:18; Rm 1.5 ; I Tm 4:14; I Tm 6.20.)

Um dos maiores nomes na liderança veterotestamentária, depois de Moisés e Davi foi Salomão. E o mesmo, para o tema em foco fez uma bombástica declaração ao afirmar: “Não havendo sábia direção, o povo cai, mas, na multidão de conselheiros, há segurança” (Pv 11.14). O terceiro rei do Reino Unificado de Israel, que governou durante cerca de quarenta anos, sabia muito bem o que estava dizendo. Pois ninguém melhor que o homem ou mulher de Deus para receber sábias direções dos céus na execução de funções públicas administrativas ou políticas. Poucas não são as personalidades bíblicas que foram bem-sucedidas em cargos e lideranças públicas. A exemplo inicial, como falado, de José (Gn 41.14-44), porque não citarmos um grande líder que se destacou no reinado de artaxerxes, o rei da Pérsia, nos refiromos a Esdras, que executou um trabalho fenomenal deixando um rastro de exemplo e liderança na nação de Israel (Ed 7 a 10). Também podemos referenciar um dos homens de maior confiança um dos homens de maior confiança do rei de sua época Neemias. E por que não lembrarmos quando tratamos de referência em liderança nacional da grande rainha da Pérsia e da média chamada Ester, cuja atuação foi indispensável para a perpetuidade da geração de Abraão de onde iria vim o Messias (Et 5.2). Temos também a grande juíza Débora que se destacou como uma líder surpreendente, inspirando os hebreus a lutarem e vencerem seus adversários sem falar nos 40 anos de paz que trouxe sobre Israel. Muito respeitada pelos Israelitas (Juízes 4:4-5).

Nesta lista de grandes expoentes que ocuparam cargos no executivo não poderia ficar de fora o profeta Daniel, Onde a Bíblia faz questão de destacar como principal dos príncipes nomeado diretamente pelo rei Dario e que trabalhou de uma forma tão excelente que achou graça aos olhos do monarca e indicado para ser governador de todo o reino (Dn 6.1-3). São tantas referências que se fossemos citar, que incalculável serial o espaço e os caracteres deste humilde artigo.


Apesar de tantos exemplos presentes nas sagradas escrituras, durante muito tempo estrategicamente satanás o adversário da igreja tem criado mentes ojerizantes no que se refere a Política. Colocando dúvidas e criando confusões nas mentes de muitos cristãos. Porque o diabo sabe que se o povo de Deus se unir para um propósito definido, A IGREJA, COMO ORGANIZAÇÃO, FICARÁ MAIS FORTE! E isso é tudo que ele e o inferno menos querem. Como efeito de tamanha OMISSAO por parte de muitos que se dizem cristãos, mas andam troca só seu voto por “PRATOS DE LENTILHAS”, O Poder Público tem sido governado e administrado por ateus, incrédulos, imorais, prostitutos, descompromissados com Deus. Características tão bem expressas através das revelativas e proféticas palavras PAULINAS: “ ... cheios de toda iniqüidade, prostituição, malícia, avareza, maldade; cheios de inveja, homicídio, contenda, engano, malignidade; sendo murmuradores, detratores, aborrecedores de Deus, injuriadores, soberbos, presunçosos, inventores de males, desobedientes ao pai e à mãe; néscios, infiéis nos contratos, sem afeição natural, irreconciliáveis, sem misericórdia; os quais, conhecendo a justiça de Deus (que são dignos de morte os que tais coisas praticam), não somente as fazem, mas também consentem aos que as fazem.” (Rm 1.28 -32).

Não é novidade que quando ímpios são eleitos, e muitos deles ateus e até satanistas, não estão nem aí para servir, mas sim para serem servidos. E quando eleito ocupa o espaço que poderia ser de um homem ou de uma mulher de Deus. Levando a nação ao caos. Elementar que nem todo incrédulo é ímpio, porém todo ímpio é incrédulo. E da mesma forma que existem ditos evangélicos que não são honestos, existem também muitos cristãos que são do bem. E neste caso, elementar que deva ser ponderada a análise, prevalecendo a coerência na hora da escolha (1Ts 5.21).

É devido a essa falta de compromisso por parte de muitos cristãos que a própria família e igreja brasileira estão sofrendo. Um comportamento que contribuiu e muito para a eleição de governos antagônicos à cultura judaico-cristã. Tantos e tantos exemplos dados e muitos cristãos ainda estão no campo da neutralidade, se anulando e dando as costas para inocentes criancinhas, os pobres Nascituros que sem direito a defesa e a viver, estão neste exato momento, apoiados pelos ESQUERDOPATAS, SENDO ASSASSINADOS através do ABORTO. 


Quando no recusamos a votar, estamos apoiando a “evangelicofobia”, ao tráfico de drogas, ao narcotráfico, ao casamento homoafetivo que contraria totalmente os princípios bíblicos, a Ideologia de gênero que é uma grave ofensa a Palavra de Deus, a desordem e anarquia. E neste sentido indubitavelmente, fazendo nossas as palavras do nosso sábio pastor e presidente Rev. Jose Orisvaldo Nunes de Lima, " VOCÊ ESTÁ ENTREGANDO O PAÍS A SATANÁS. E VOCÊ TEM CULPA POR OMISSÃO. TEM PECADO DE 'AÇÃO' E PECADO DE 'OMISSÃO’ NÃO ENTREGUEMOS NOSSO PAÍS AOS COMUNISTAS!" Queridos leitores, já basta o que sofremos durante todas essas décadas. Está na hora de avançados de crescermos, de unirmos nossas forças e ideais em um só propósito. Precisamos fazer a nossa parte e ajudarmos nossa nação brasileira a ascender.


Para mudarmos essa realidade na qual estamos vivendo, com uma mídia dogmática de princípios esquerdistas, com a nata intelectiva do país voltada à esquerda brasileira, precisamos AMADURECER, ABRIR NOSSAS MENTES, FAZERMOS A DIFERENÇA NECESSÁRIA, APROFUNDARMOS NOSSA “CONSCIENCIA POLÍTICA “E AVANÇARMOS. Seja uma pessoa verdadeira e defensora dos princípios da Palavra de Deus. Quando falamos de posicionamentos a serem tomados decisões a serem postas estamos na íntegra convidando a todos os crentes a dizerem não para ideologia comunista socialista. O QUE TODOS OS CRISTÃOS PRECISAM FAZER É ASSUMIR EM SUAS POSIÇÕES EXERCER A CIDADANIA NÃO SENDO OMISSOS, ORANDO E ESCOLHENDO REPRESENTANTES CRENTES, CANDIDATOS ELEITOS, LEVANTADOS POR DEUS PARA TRAZER PAZ E ALEGRIA A ESTE POVO TÃO SOFRIDO QUE É O POVO BRASILEIRO! A Bíblia é clara e nos dar um direcionamento, nos mostrando o caminho para a prosperidade nacional, saúde moral e bem social da coletividade: JUSTOS GOVERNAREM: “Quando os ímpios sobem, os homens se escondem, mas, quando eles perecem, os justos se multiplicam” (Pv 28.28).


A Bíblia Sagrada e seu enredo torrencial, histórico e neo testamentário nos reportará: “Refleti sobre isto, pois: Quem sabe que deve fazer o bem e não o faz, comete pecado.” (Carta de Tiago 4.17). A problemática presente no contexto deste versículo girava em torno das diversas divisões e disputas carnais entre os cristãos. E dentre os assuntos da discussão e disputa egoísta era a cadeira titular de mestre (Tg 3.1) porém o principal fator era desobediência desses desmantelados crentes. Neste versículo 17 propriamente dito, temos a sinopse de todo o capítulo. E aqui é uma ênfase extraordinária sobre o pecado da negligência além dos comportamentos deliberados. Daí o entendimento que O PECADO NÃO SE REFERE APENAS AO ATO PRATICADO, MAS TAMBÉM A ATITUDE OU AÇÃO QUE SE DEIXA DE FAZER POR OMISSÃO!

Possivelmente este deve ter sido o principal motivo que os puritanos falavam de "pe­cados de licença" e "pecados de omissão". Isso nos leva a pensar algo interessante, que a nossa vida passa tão rapidamente, em uma realidade crucial onde o princípio da transitoriedade é fato, e não podemos nos dar o luxo do relaxamento e do não posicionamento. Viemos para ser útil como representantes legais de Deus na Terra dos viventes. E Deus nos deu liberdade para conscientemente usarmos nosso livre arbítrio pra o bem. Ora, independentemente da existência de pessoas corruptas de candidatos que nos decepcionaram no passado precisamos compreender que esta situação que este quadro negativo só poderá mudar através da própria política da política verdadeira exercida por homens e mulheres compromissados com Deus e com a sua palavra e neste sentido a política que é inimiga da políticalha será o instrumento transformador para oxigenar a sociedade em que vivemos em caráter emergencial. Que Deus os abençoe e que nas próximas eleições você tome a decisão correta, nunca perdendo o foco: Deus, pátria, educação, família, igreja e princípios bíblicos.

“Feliz a nação cujo Deus é o SENHOR, e o povo que ele escolheu para a sua herança.” (Salmos 33:12 NAA)

SOLA SCRIPTURA!

Ev. Adriano Oliveira - Ministro do Evangelho, Membro da Comissão de Apologética da COMADAL, Professor de Matérias Exatas, Professor de Teologia da FATEAL, Bacharel em Direito, Escritor e Palestrante.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS


Especialista em Direito e Processo Eleitoral, pós-graduando em Poder Judiciário com ênfase em Direito Eleitoral, pós-graduando em Direito Eleitoral, doutorando em Ciências Jurídicas e Sociais (com orientação em Direito Eleitoral). Analista judiciário do Tribunal Regional Eleitoral de Mato Grosso. Professor de Direito Eleitoral. Apud LÓPEZ, M. J., Partidos políticos: teoría geral y régimen legal. Buenos Aires: Depalma, 1983, p. 9.


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AZAMBUJA, D. Introdução à ciência política. 2. ed. São Paulo: Globo, 2011, p. 345.


FARIAS NETO, P. S. Ciência política: enfoque integral avançado. São Paulo: Atlas, 2011, p. 178.


Fundamentando sua posição, o autor continua: “No passado, os partidos não apresentavam candidatos nas circunscrições em que não tinham possibilidade de êxito eleitoral. No presente, como prática corrente, os partidos apresentam candidatos, sistematicamente, em todas as circunscrições. Dessa forma, a campanha eleitoral assume certo caráter demonstrativo, em que o enfoque prevalecente consiste em tornar o partido mais conhecido, independentemente do desempenho eleitoral”. Ibidem, p. 178-179.


SÁNCHEZ, E. A. Derecho electoral. Ciudad de México: Oxford, 2010, p. 133.


As fases de ausência de tratamento e de perseguição são chamadas por Eduardo Sánchez, respectivamente, de conspiração do silêncio e conspiração da manipulação institucional. Ibidem, p. 134.


Apud RUIZ, J. F. Tratado de derecho electoral. Uujéxico: Porrúa, 2010, p. 248.

10 AZAMBUJA, D. Introdução à ciência política. 2. ed. São Paulo: Globo, 2008, p. 349-350.

Segunda parte

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