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Artigos

Pr. Adriano Oliveira
Ministro do Evangelho, Membro da Comissão de Apologética da COMADAL, Bacharel em Direito, Bacharel em Filosofia, Mestre em Teologia, Professor de Teologia da FATEAL, Escritor e Palestrante.
30/06/2017

A contribuição da Educação Religiosa e da Evangelização para o contexto social hodierno

"Que a Violência e a Miséria Social sejam extintas deste planeta e os homens possam navegar pelas águas pacíficas do Conhecimento e da Educação Religiosa"


Não é novidade que o alto índice de violência e desacato moral estão presentes em nossa sociedade. Isto é um fato social. Nossos hábitos e costumes são, a cada dia, empurrados forçadamente pelo ambiente sócio-cultural, fazendo com que a capacidade de escolha de muitos seja limitada. Surge, então, a Psicologia, que a todo modo tenta estudar, conhecer e aplicar suas técnicas com argumentações para as massas, buscando assim, compreender um pouco desta “performance” étnica.

Com raras exceções, a influência do coletivo em relação ao indivíduo, indubitavelmente, é algo estarrecedor e chega a ter a capacidade de mudar posturas éticas e equilíbrios emocionais, transmitindo-os,em todos os aspectos, aquilo que lhe é peculiar, o direito inalienável do sujeito.

Contudo, somos cientes que, devido à grande influência do meio social em que vivemos, o cidadão que deveria ter sua postura lapidada sob a ótica do sistema que o cerca e ser catequizado naturalmente, não está, em hipótese alguma, se submetendo às regras morais de conduta. É exatamente isto que é caracterizado como fator preponderante para gerar a fome, a miséria e, o pior de tudo, a violência generalizada.

Estatisticamente falando, o quadro da Sociedade que vivemos não é muito favorável ao bem estar da humanidade. Segundo pesquisas recentes, a morte de jovens em acidentes de transito cresceu mais de 30% em dez anos, muitas delas por influência de bebidas alcoólicas. Este é um exemplo da falta de Educação das massas no Trânsito. Baseado nos dados fornecidos pela Organização Mundial da Saúde (OMS), de 2007 a 2017, 1,2 milhão de adolescentes, com idades entre 10 e 19 anos, morrem por ano por causas que poderiam ser evitadas e, no mínimo, dois terços das mortes acontecem nos países em desenvolvimento, principalmente na África e região sudeste da Ásia.

No ranking de mortes que poderiam ser evitadas, temos em terceiro lugar as mortes por suicídios (67.149), em segundo lugar mortes por infecções respiratórias (72.655), e liderando o ranking de mortes evitáveis temos os acidentes de trânsito (115.302). De acordo com o Jornal O Globo, há dez anos, Alagoas era o estado com maior taxa de assassinato de jovens: 125,3 para cada grupo de 100 mil jovens. O estado do Espírito Santo vinha em segundo lugar, com a taxa de 120. O Distrito Federal ficou em sexto e o Rio de Janeiro em sétimo, com 72,5. Entre as capitais, Maceió tinha a taxa mais alta, com 251,4, seguida por Recife (211,3). O Rio, que há quase duas décadas ocupava a terceira posição, com taxa de 141,1, aparece agora em vigésimo (taxa de 72,8). Nesta mesma época, pela primeira vez em dez anos, o Nordeste teve mais vítimas de homicídio entre os jovens do que o Sudeste: 6.742 ante 5.911. Nesse tempo, as vítimas nordestinas eram um terço das do Sudeste.

Ainda segundo informações do jornal O Globo, entre 2005 e 2015, o Brasil teve um crescimento de 14,22% no número de assassinatos. De forma surpreendente, tivemos os dois lados da moeda: houve a redução no índice de homicídios em estados de maior população, a exemplo de São Paulo e Rio de Janeiro, e o aumento do índice de mortes no Norte e Nordeste brasileiro, como é o caso do Amazonas, Ceará e Maranhão.  Um aumento muito observado foi justamente no estado de Alagoas, que apresentou o crescimento de quase 37% no número de homicídios.

Para se ter idéia, a taxa de assassinatos para cada cem mil pessoas é de 49 mortos. Essa análise, de acordo com a OMS, coloca Alagoas atrás apenas de Honduras (103 mortes por 100 mil habitantes), ficando a altura do segundo país que mais pratica assassinato nas Américas, que é a Venezuela.


Continuando neste quadro de horror social, o Ministério da Justiça e Instituto Sangar nos informam o mapa atual de Violência presente no corrente ano. Nele, vemos que o aumento do número de homicídios no Brasil nas últimas décadas teve como “motor” a morte de jovens. Já em 2008, a juventude de 15 a 24 anos representava 18,3% da população, mas o número de jovens assassinados (18.321) correspondeu a 36,6% do total de homicídios no país.

Baseado no estudo proporcional realizado pelo Ipea e pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, houve uma queda na taxa de homicídios após o ano de 2010. Essa diminuição ocorreu principalmente em cidades que estavam no topo da pirâmide de violência urbana, como Espírito Santo (27,6%), Paraná (23,4%) e Alagoas (21,8%). Porém, em contrapartida, houve um crescimento das taxas de homicídios entre os anos de 2010 e 2015 no Nordeste brasileiro, em especial nos estados do Maranhão (52,8%), Piauí (54,0%), Rio Grande do Norte (75,5%) e no estado de Sergipe (77,7%), que lidera atualmente o ranking brasileiro em homicídios. Esse é o quadro estatístico e miserável que tem incomodado as mentes pensantes e os sociólogos de todo o país.

Quando falamos de Miséria, não nos limitamos apenas ao aspecto da violência urbana, mas nos estendemos aos atropelos evidenciados no contexto social. Para se ter idéia, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), há uma década quase 14 milhões de pessoas passavam fome e, treze anos depois, pouca coisa mudou. De 52 milhões de domicílios particulares estudados, foi constatado que 14 milhões de pessoas viviam com insegurança alimentar grave e 06 milhões de indivíduos moram em domicílio com renda mensal per capita que não ultrapassa R$ 65. E por aí vamos. O estarrecedor é que, atualmente, este caos generalizado cresce em proporções maiores em âmbito mundial.

Segundo a Organização das Nações Unidas (ONU), hoje os índices de pessoas que passam fome é alarmante e chegam à casa dos 108 milhões. Observe que isso se constitui um aumento de 35% das pessoas que enfrentam uma "insegurança alimentar grave", cujo número foi estimado em 80 milhões até meados do ano passado. Podendo se agravar ainda mais até o final desde ano de 2017, diretamente nos países: Sudão do Sul, Somália, Iêmen e no nordeste da Nigéria.

O que os grandes governantes ainda não perceberam é que a única forma de estancar esta "sangria social" é o combate direto às suas bases. Então, surge o seguinte questionamento: “Qual a arma que podemos usar para combater esta realidade cruel?”. Ora que o digam os evidenciados estudiosos Jean-Jacques Rousseau, Johann Pestalozzi, Friedrich Hegel, Émile Durkheim, John Dewey, Lev S. Vygotsky e o próprio Piaget.

Partindo do princípio, percebemos um grande desequilíbrio entre os países desenvolvidos e subdesenvolvidos. Enquanto que nos primeiros, o índice de drogas, violência, miséria e morte diminuíram, no segundo, a cada dia, tem aumentado. Foi descoberto então que o segredo dessa desproporção estava justamente no investimento na Educação. Queridos, a Educação é a espada que corta por absoluto o mau de ordem moral. Sabemos que o ser humano na fase adulta é o produto final de sua formação. Neste trajeto, percebe-se facilmente a importância e, ao mesmo tempo, a necessidade do fator “Educação” como um reagente indispensávelnesta formação do Ser Social.

É facilmente percebido que o indivíduo social, ao passar pela reavaliação dos conhecimentos adquiridos na infância e adolescência, emite o reflexo desta em sua vida adulta. Endossando nosso ponto de vista, o escritor humanista e ensaísta francês Michel Eyquem de Montaigne (1533 -1592), ao submeter-se a uma profunda análise exegética acerca dos dogmas da sua época, analisando instituições, opiniões e costumes, revelou a importância da educação infantil como pressuposto para constituição do sujeito.

Em vista de tudo isto, onde se encaixa a Religião, sua proposta educacional, pedagogia cristã, com seus confortos espirituais e bálsamos espirituais apresentados por meio da exposição do Evangelho? Será que a Evangelização tem sua parcela de contribuição na restauração do ser social? Bem, os presídios que o digam. Hoje as Igrejas Evangélicas estão desenvolvendo trabalhos sociais e evangelísticos com resultados fantásticos.

De acordo com a Revista VEJA e segundo o censo penitenciário, 80% dos detentos estão contaminados pelo bacilo da tuberculose. Um em cada seis é portador do vírus da Aids e muitos condenados, por falta de assistência jurídica, continuam presos mesmo depois de cumprir sua pena.

Uma matéria feita pelos jornalistas Daniel Nunes Gonçalves e Roberta Paixão relata que, desde a década de 90, missionários da Assembleia de Deus, a maior igreja evangélica do país, começaram a visitar regularmente o presídio. No Rio de Janeiro, a pregação carcerária começou em 1993, quando o pastor Caio Fábio, da Igreja Presbiteriana, batizou treze convertidos no presídio de Bangu I. Entre eles estava José Carlos Gregório, o “Gordo”, líder do Comando Vermelho, famoso por ter sequestrado um helicóptero com o qual tirou o traficante “Escadinha” do pátio de uma penitenciária. O caso do pastor Cesar’El,da Assembleia de Deus, é ainda mais espantoso. Antigamente conhecido como “Eduardo Capeta”, o ex-comandante das bocas-de-fumo do Morro do Andaraí, no Rio de Janeiro, converteu-se há três anos por insistência da mãe e tornou-se um ídolo musical. Cesar gravou um disco com versões evangélicas de raps, incluindo aquele que diz "Eu só quero é ser feliz/ Andar tranqüilamente na favela onde eu nasci." O refrão mudou para "Você pode ser feliz/Aceite Jesus, que na cruz morreu por ti." E a música virou exemplo de vida atrás das grades.

Que mistério é esse que a Evangelização tem de lapidar o caráter e a personalidade do cidadão extraviado do caminho da integridade e da moral mediante a influência das Sagradas Escrituras? O segredo está aí, a Palavra de Deus, que é a fonte restauradora, não só espiritual como também moral e social. E a mesma nos exorta que o mundo está sob a influência do mal de ordem moral denominado Pecado. Se a Educação secular, com seus princípios morais, prepara o homem para conviver em harmonia com a Sociedade, a Religião, ou melhor, a Educação religiosa, por meio da Evangelização, por outro lado lapida, transforma, purifica, santifica e prepara o homem para morar no céu.

Em oposição a sociólogos e escritores famosos como Durkheim, David Hume, Sigmund Freud e Friedrich Nietzsche,discordantes da obra prima que é a Educação Religiosa através da Evangelização e opositores da linda influência desta na formação e restauração do cidadão, a Bíblia, em suas contundentes e reveladoras mensagens, traz uma nova perspectiva de vida aos homens que perderam todas as suas esperanças e oportunidades.

É bem verdade que existe uma tendência maior do homem em acreditar na ilegitimidade das crenças religiosas do que em milagres, no poder da oração e na transformação do homem pela influência da Evangelização. É aí, então, que entra a pessoa do Cristão Evangelizador neste processo evolutivo de mudança e transformação do cidadão. O verdadeiro visionário e evangelista cristão, que é o evangelizador analítico, deve conciliar teoria e prática no processo evangelístico cristão, pois existem nele condições ideais e coerentes ao verdadeiro crescimento do indivíduo, uma vez que a dinâmica Palavra de Deus com seu conforto e doutrina espiritual é fator indispensável ao combate à violência, à fome e à miséria espiritual.

Temos em nossas mãos uma arma poderosa para combater a violência e promover a estabilidade social. Esta arma é a Palavra de Deus transmitida através da evangelização. A contribuição da Igreja no transcorrer da história para a Sociedade não é outra senão o combate ao desequilíbrio moral e social por meio da Educação Religiosa mediante a propagação da Palavra de Deus. Indubitavelmente, a igreja é um dos grandes braços e amiga do Estado na erradicação do mal de ordem espiritual, social e moral. Invistamos na Educação religiosa, no ensinamento bíblico e no Evangelismo para que possamos alcançar uma Sociedade melhor e mais justa.

Então mãos à obra. Levemos a Palavra transformadora e educacional.

“Toda a Escritura é inspirada por Deus e proveitosa para ministrar a verdade, para repreender o mal, para corrigir os erros e para ensinar a maneira certa de viver(2 Tim 3.16)

Sola Scriptura!

 

Pr. Adriano Oliveira/AD Alagoas
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