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AD Alagoas / Lições Bíblicas

25/11/2023

Lição 8 - FAZEDORES DE TENDAS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO : 

Nesta lição vamos compreender o que são missionários fazedores de tendas. Através da história, Deus usou pessoas com profissões e negócios normais para avançar seu reino e fazer cumprir seus propósitos. O mesmo acontece hoje em dia. A maior força missionária cristã do mundo é formada por profissionais, empreendedores e estudantes que se movem entre culturas para servir a Cristo através de suas vidas e trabalho. Talvez eles não sejam contados nas estatísticas missionárias, mas pela graça de Deus seu impacto é significativo. Esses são os missionários fazedores de tendas. São aqueles que usam de sua profissão para levar a Palavra de Deus.

I - MISSIONÁRIOS FAZEDORES DE TENDAS.

Hoje a maioria dos grupos de povos não-alcançados ou menos alcançados vivem em nações que são fechadas aos missionários tradicionais. Profissionais e empreendedores cristãos são aceitos nesses mesmos países. Portanto acreditamos que Deus irá usar esses grupos importantes no cumprimento de sua Grande Comissão.

Precisamos concentrar esforços no treinamento de todo o povo de Deus para a vida de discipulado, que significa viver, pensar, trabalhar e falar a partir de uma perspectiva bíblica e com eficiência missionária em todo lugar e em toda circunstância da vida diária e do trabalho. Cristãos com diferentes habilidades, ofícios, negócios e profissões têm acesso a lugares onde tradicionais plantadores de igreja e evangelistas não têm. O que esses “fazedores de tendas” e profissionais fazem no local de trabalho deve ser valorizado como parte do ministério das igrejas locais. Nós apelamos aos líderes da igreja que compreendam o impacto estratégico do ministério no local de trabalho e que mobilizem, preparem e enviem os membros de sua igreja como missionários no local de trabalho, tanto em suas comunidades locais como em países que estão fechados para as formas tradicionais de testemunho do evangelho. Nós apelamos aos líderes missionários que integrem completamente os “fazedores de tenda” na estratégia missionária global.

II – MISSIONÁRIOS USANDO SUA PROFISSÃO OU VOCAÇÃO.

- Muito feliz é a Declaração de Fé das Assembleias de Deus quando afirma: “...Entendemos que a função primordial da Igreja é glorificar a Deus: ‘quer comais, quer bebais ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para a glória de Deus’ (I Co.10:31). Isso é feito por meio da adoração, da evangelização, da edificação de seus membros e do trabalho social. A Igreja foi eleita para a adoração e louvor da glória de Deus [Ef.1:11- 12], recebendo, também, a missão de proclamar o evangelho da salvação ao mundo todo, anunciando que Jesus salva, cura, batiza no Espírito Santo e que em breve voltará. O evangelho é proclamado a homens e mulheres, sem fazer distinção de raça, língua, cultura ou classe social, pois ‘o campo é o mundo’ (Mt.13:38). Jesus disse: ‘Portanto, ide, fazei discípulos de todas as nações’ (Mt. 28:19 – ARA), e ‘ser-Me-eis testemunhas tanto em Jerusalém como em toda a Judeia e Samaria e até aos confins da terra’ (At.1:8). Portanto, entendemos que é responsabilidade da Igreja a obra missionária...” (DFAD XI.6, pp.122-3).

- Precisamos ter esta consciência que a missão de cada membro em particular da Igreja de Cristo na face da Terra é glorificar a Deus. Foi isto que o Senhor Jesus veio fazer neste mundo (Cf. Jo.17:3).

- O homem foi criado para glorificar a Deus, o seu Criador, sendo esta a razão pela qual Deus quer que o homem esteja com Ele para todo o sempre (Cf. Ap.21:3). Quando cremos em Jesus e retomamos a comunhão com o Senhor, passamos, desde já, a cumprir este propósito divino, passando a glorificar a Deus e a fazer com que os homens, ao nos verem e ouvirem, também glorifiquem ao Senhor (Mt.5:16).

 - As boas obras que seguem necessariamente a quem tem fé em Jesus e alcança a salvação (Ef.2:8-10; Tg.2:14- 17) são um poderoso instrumento pelo qual as pessoas podem ver a Deus, contemplar a Sua existência e presença, levando as pessoas à Sua glorificação.

- Neste ponto, temos o que se costuma denominar de “testemunho mudo”, ou seja, aquele testemunho em que não há uma pregação do Evangelho por meio de palavras, mas, sim, por atitudes, pelo comportamento, que, a exemplo do ocorreu com o profeta Eliseu, fará com que as pessoas percebam estar diante de um servo de Deus, de um homem de Deus (II Rs.4:9).

- O amor de Deus que é derramado no coração do salvo pelo Espírito Santo (Rm.5:5), revela-se não por palavras, mas por obras (I Jo.3:18). Assim, quando alcançamos a salvação, passamos a ter uma conduta que fará com que as pessoas vejam o Senhor em nós e, por causa dessas mesmas obras, glorifiquem ao Senhor.

- Esta circunstância é a que fez o Setor de Educação Cristã da CPAD falar nos “missionários fazedores de tendas”, numa alusão ao apóstolo Paulo que, tanto em Tessalônica (I Ts.2:9,10) como em Corinto (At.18:1-3; II Co.11:8, 12:14), exerceu o seu ministério a partir do exercício da sua profissão de fabricante de tendas (At.18:3).

- Tanto em Tessalônica, quanto em Corinto, Paulo, mediante as circunstâncias peculiares tanto destes lugares quanto da sua própria situação naqueles instantes (como será melhor esclarecido na próxima lição), tendo de trabalhar para obter o seu sustento, aproveitou para fazer deste exercício profissional um meio para ganhar almas para o Senhor Jesus.

- Como nossa missão é glorificar a Deus, temos de fazê-lo no exercício de nossa ocupação, profissão ou vocação, e, quando dedicamos este nosso trabalho para a glória de Deus, tornamo-nos missionários, ganhadores de almas, verdadeiros missionários transculturais, porque estaremos num ambiente completamente distante da igreja, muitos dos quais com valores e objetivos corporativos que, não raras vezes, são diametralmente opostos aos do Evangelho, como costuma ocorrer, na atualidade, em grandes corporações empresariais, muitas delas capitaneadas por grupos e interesses profundamente envolvidos no desenvolvimento da agenda anticristã que tem tomado cada vez mais conta do mundo.

- A membresia tem de ter esta consciência de que são “missionários fazedores de tendas”, ou seja, de que, no seu ambiente de trabalho, e quanto mais distante for ele da realidade eclesiástica, é um missionário, alguém que está ali para que as pessoas possam ver a Deus e, ao ver as nossas boas obras, glorificarem ao nome do nosso Pai que está nos céus.

- Esta realidade foi muito bem entendida pelo apóstolo Paulo, que a descreveu explicitamente ao escrever sua carta aos efésios, lembrando aos escravos, que se constituíam na esmagadora maioria da população do Império Romano, que seu serviço aos seus senhores deveria ser feito sob a perspectiva de que não serviam a homens, mas, sim, a Deus.

- Com efeito, em Ef.6:5-7, o apóstolo dos gentios manda que os servos obedecessem a seus senhores segundo a carne, com temor e tremor, na sinceridade do seu coração, como a Cristo, não servindo à vista, como para agradar aos homens, mas como servos de Cristo, fazendo de coração a vontade de Deus, servindo de boa vontade como ao Senhor e não como aos homens.

- Quando exercemos uma tarefa, não o estamos fazendo para o nosso patrão, empregador, encarregado, superior hierárquico, mas, sim, para Deus, pois tudo o que fazemos é para a glória de Deus. Por isso, precisamos desempenhar nossa atividade com dedicação, esforço, entrega mesmo, porquanto é o meio pelo qual podemos fazer refletir a glória do Senhor (II Co.3:18) para aqueles que, cegos espirituais, não conseguem ver o resplendor da glória de Cristo, que é a imagem de Deus (II Co.4:4).

- As nossas boas obras fazem-nos luzes do mundo (Mt.5:14) e, por meio da nossa conduta, interrompemos as trevas espirituais em que estão imersos os incrédulos, dando-lhes a oportunidade de ver o reino de Deus, o esplendor do evangelho da glória de Cristo, o que lhes permitirá, ante esta visão, ter a oportunidade de crer em Jesus, nascer de novo e iniciar, juntamente conosco, a sua jornada para o céu.

- Assim, como a pregação do Evangelho traz a fé ao ouvinte (Rm.10:17), de igual maneira o nosso testemunho mudo também leva até o pecador a fé, de modo que ele pode, por meio da nossa conduta, ter este “lampejo da glória de Deus” e, a partir de então, querer saber a razão da esperança que há em nós, quando, então, teremos condição de evangelizá-lo (I Pe.3:15,16).

- Estes “missionários fazedores de tendas” precisam também ser acompanhados pela igreja local, que, ainda que não os tenha enviado para a pregação do Evangelho, deve apoiá-lo em suas iniciativas individuais e não institucionais para a colheita de almas para o reino de Deus, principalmente quando tal pessoa estiver em lugares distantes e avessos à própria evangelização, como são países em que é proibido falar de Cristo e do Evangelho.

III - EXEMPLO DE FAZEDORES DE TENDAS

- Assim como Paulo teve, por circunstâncias, ter de trabalhar e, a partir do seu trabalho secular, criou uma base para a evangelização, assim também estas pessoas, por intermédio de seu exercício laboral, podem efetuar um grande desenvolvimento do reino de Deus no local onde desempenham sua ocupação, profissão ou vocação.

- Esta circunstância mostra que a igreja pode fazer missões, e inclusive missões transculturais, de uma forma não institucional, ou seja, sem que haja o modo normal e comum, que é o de enviar alguém para um determinado local para ali, às expensas da Igreja, pregar o Evangelho, ganhar almas para o Senhor e implantar igrejas locais.

- A igreja pode apoiar aquele que, mesmo não tendo sido enviado por ela, estando em um local dela distante, física ou culturalmente, começar, pelo seu comportamento, a ganhar almas para o Senhor Jesus, como, aliás, fizeram aqueles crentes que foram para Antioquia e lá, por conta própria, começaram a evangelizar e a ganhar almas para o Senhor Jesus (At.11:20,21).

- Estes missionários não eram institucionais, não haviam sido enviados pela igreja de Jerusalém e, além do mais, “quebrando a tradição”, passaram a evangelizar gentios, entrando numa cultura diferente, sendo, assim, verdadeiros “missionários transculturais”.

- Quando a igreja em Jerusalém soube destas coisas, imediatamente encaminhou um missionário, Barnabé, para que observasse a situação e, deste modo, nasceu a igreja de Antioquia (At.11:22-26).

- Vemos, portanto, que a partir de missionários informais, houve a conversão de almas que, posteriormente, foram devidamente organizadas em igreja por um missionário formal, expediente que é muito comum de acontecer, notadamente em meio ao avivamento pentecostal, que já está a durar há mais de 120 anos.

- Com o grande aumento da perseguição, tem-se hoje que tal “missionário não institucional” será, sem dúvida, uma das principais formas pelas quais se poderão fazer missões transculturais no tempo final da dispensação da graça.

- Evidentemente, não podemos nos esquecer, conforme temos visto ao longo do trimestre, que uma coisa é sermos “evangelistas voluntários”, como denominava o saudoso pastor Severino Pedro da Silva, ou seja, qualquer membro em particular da Igreja, a quem o Senhor incumbiu de pregar o Evangelho por todo o mundo a toda criatura e outra, bem diversa, são os “apóstolos”, ou seja, aqueles que são enviados especificamente pelo Espírito Santo para implantar igrejas em outras localidades.

 - Como ocorreu em Antioquia, pode muito bem o terreno ser preparado por pioneiros, que estão cumprindo a Grande Comissão, e, então, o Senhor providenciar que venha até aquele local alguém com chamada específica para, ainda que de modo não institucional, implante ali uma igreja local, um missionário que, até por força das circunstâncias, tenha de ser um “fazedor de tendas” e que, por meio de seu labor, ganhe almas e organize igrejas, escondidas até, para Jesus. 

CONCLUSÃO: A maior força missionária cristã do mundo é formada por profissionais, empreendedores e estudantes que se movem entre culturas para servir a Cristo através de suas vidas e trabalho. Talvez eles não sejam contados nas estatísticas missionárias, mas pela graça de Deus seu impacto é significativo. Esses são os missionários fazedores de tendas. São aqueles que usam de sua profissão para levar a Palavra de Deus. Que Deus levante profissionais, que levem a Palavra através de suas profissões ou vocações.(Mt 4:19)



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