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AD Alagoas / Lições Bíblicas

28/10/2023

LIÇÃO 5 – UMA PERSPECTIVA PENTECOSTAL DE MISSÕES.

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo das missões transculturais, veremos hoje as missões sob a ótica do Espírito Santo.

- As Escrituras mostram-nos, com absoluta clareza, que o modelo bíblico da evangelização depende da atuação plena do Espírito Santo, em especial do batismo com o Espírito Santo. Porque Somos Pentecostais? Pentecostes, Era a segunda festa do primitivo calendário bíblico e possui três nomes no AT: (a) festa da colheita (Ex 23,16); (b) festa das Semanas (Êx 34,22); e, (c) dia dos primeiros frutos (Nm 28,26). O nome desta festa, entre os cristãos, é Pentecostes, cinquenta dias depois (da Páscoa). O nome colheita tem sua razão de ser, pois a festa acontecia no período da colheita dos grãos (trigo e cevada). Porém, a denominação, mais difundida no AT, é festa das Semanas porque ela era realizada sete semanas depois da Páscoa (Dt 16.10-12). Originalmente, a festa da Colheita (Semanas ou Pentecostes) é uma celebração de produtores de grãos. Foi nessa festa que desceu o Espírito Santo.

I - A OBRA MISSIONÁRIA E A DEPENDÊNCIA DE PAULO:

- A Igreja existe para pregar o evangelho a toda criatura (Mc.16:15) e para promover o aperfeiçoamento dos crentes (Ef.4:11,12). Esta é a razão de ser da Igreja e tudo o que se realizar, no meio do povo de Deus, jamais pode deixar de buscar estes objetivos traçados pela cabeça da Igreja, que é o Senhor Jesus (Ef.5:23).

- Esta tarefa só é possível, porém, se, ao lado da pregação do Evangelho, haja a indispensável atuação do Espírito Santo, pois é Ele quem convence o pecador do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8). Se não houver quem pregue, não haverá quem se converta, mas também impossível é a conversão sem que haja o convencimento do Espírito Santo (Rm.10).

- Para que os discípulos pudessem cumprir esta tarefa, Jesus, Aquele que fez esta determinação, ainda mandou que aguardassem o revestimento de poder (Lc.24:49). Deste modo, é o próprio Jesus quem estabeleceu a necessidade e a indispensabilidade do batismo com o Espírito Santo para que se realize a obra missionária. Se Jesus assim determinou, quem somos nós para questionar isto? Com exceção da Segunda e Terceira Epístola de João, todos os livros do NT contém referências à pessoa e obra do Espírito Santo, onde podemos ler sobre a ação Dele na vida de Cristo. Vejamos al-guns exemplos. Notemos: (a) no seu nascimento (Mt 1.20; Lc 1.35), (b) no seu batismo (Mt 3.16; Mc 1.10; Lc 3.22; Jo 1.32,33), (c) no seu ministério (Mc 1.12; Lc 4.18,19; At 10.38), (d) na sua morte (Hb 9.14), e, (e) na sua ressurreição (Rm 1:4; 8:11). Em suma, podemos afirmar que Jesus foi concebido pelo Espírito (Lc 1.35); guiado pelo Espírito (Lc 4.1); ungido pelo Espírito (Lc 4.18; At 10:38); revestido com poder pelo Espírito (Mt 12.27, 28); ofereceu a Si mesmo pelos nossos pecados, pelo Espírito (Hb 9:14); foi ressuscitado pelo Espírito (Rm 8.11); e deu mandamentos por intermédio do Espírito (At 1.2). Ficando evidente, a importância da ação do Espírito Santo, na vida da Igreja.

II - A PRESENÇA DO ESPÍRITO SANTO NAS MISSÕES:

-No relato de Lucas em Atos, fica claro a ação do Espírito ao revelar sua esco-lha e direção na obra de missões. O diácono Filipe, homem cheio do Espírito Santo (At 6.5), depois de ter pregado em Sa-maria de forma prodigiosa (At 8.5-8), se mostrou sensível à voz do Espírito que o direcionou a Gaza com o propósito de alcançar uma única pessoa (At 8.26-29). Na igreja de Antioquia, onde havia quebrantamento por parte de seus membros, que serviam a Jesus de forma piedosa (At 11.26), nesse ambiente espiritual, o Espírito Santo revela sua escolha missioná-ria: “[...] apartai-me a Barnabé e a Saulo para a obra que os tenho chamado. E assim estes, enviados pelo Espírito San-to, desceram a Selêucia [...]” (At 13.2,4). Na casa de Simão em Jope, depois de ter tido uma visão, até então incompreen-sível para o apóstolo Pedro; este recebeu a orientação do Espírito para acompanhar os soldados enviados pelo centurião Cornélio (At 10.19,20; 11.12). Ágabo, um profeta que havia descido de Jerusalém para Antioquia, pela direção do Espírito anunciou uma grande fome nacional, antecipando a necessidade de se provê um socorro para os que estavam na Judeia (At 11.27-30). São vários os textos que mostram a condução do Espírito na obra missionária (At 15.28; 16.6,7; 20.23; 21.4,11: Rm 8.16), cumprindo o que Jesus havia dito sobre o ministério do Espírito Santo: “Mas, quando vier aquele Espírito da verdade, ele vos guiará em toda a verdade [...]” (Jo 16.13).

-Em razão da verdade prefigurada desde o Antigo Testamento, da necessidade da capacitação do Espírito de Deus, para a obra missionária é crucial a habilitação do Espírito Santo sobre os que fazem o trabalho de evangelização. Sobre a nossa total dependência, Jesus disse: “Mas aquele Consolador, o Espírito Santo, que o Pai enviará em meu nome, vos ensinará todas as coisas e vos fará lembrar de tudo quanto vos tenho dito” (Jo 14.26). Antes da sua ascensão ao céu, o Senhor Jesus esteve durante quarenta dias falando do que respeita o Reino de Deus (At 1.3), entre as matérias ensinadas, o revestimento do poder do Espírito Santo sobre os crentes é algo destacado pelo Mestre (Lc 24.49; At 1.8). Os desafios na realização do trabalho missionário, só foram superados porque a capacitação foi evidente na vida da Igreja Primitiva: (a) dando discernimento (At 5.1-3; 16.16-18); (b) para pregar ousadamente (At 4.8-13,31); (c) para vencer a oposição de satanás (At 13.8-12); e, (d) para suportar a rejeição humana (At 13.44-52).

III - O PODER DO ESPÍRITO PARA REALIZAR A OBRA.

-(1 Co 2:4) “A minha palavra e a minha pregação longe estavam da eloqüência persuasiva da sabedoria; eram, antes, uma demonstração do Espírito e do poder divino”.

-“E meu discurso” – A palavra “discurso” aqui – se é para ser distinguido de “pregação” – refere-se, talvez, aos seus raciocínios mais particulares; sua pregação para seus discursos públicos.

Não com palavras atraentes – Não com os raciocínios persuasivos ( gr. peithois logois) da sabedoria dos homens. Não com esse tipo de oratória que foi adaptado para cativar e encantar; e que os gregos tanto estimavam.

-“Mas em demonstração” – Ao mostrar poder interior, no testemunho ou evidência que o Espírito produziu. O significado é que o Espírito forneceu a evidência da origem divina da fé que ele pregava, e que isso não dependia, como prova, de seus próprios raciocínios ou eloqüência. A prova, a demonstração que o Espírito forneceu foram, sem dúvida, os milagres que foram realizados; o dom de línguas; e as notáveis ??conversões que assistiram ao evangelho – A palavra “Espírito” aqui se refere, sem dúvida, ao Espírito Santo; e Paulo diz que esse Espírito forneceu demonstração da origem e natureza divina do evangelho. Isso ocorreu pelo dom de línguas ( 1 Coríntios 1: 5-7 . Compare 1 Coríntios 2: 5 ; o poder e a eficácia divinos que assistiram à pregação do evangelho ali. 

-Para que os discípulos pudessem cumprir esta tarefa, Jesus, Aquele que fez esta determinação, ainda mandou que aguardassem o revestimento de poder (Lc.24:49). Deste modo, é o próprio Jesus quem estabeleceu a necessidade e a indispensabilidade do batismo com o Espírito Santo para que se realize a obra missionária. Se Jesus assim determinou, quem somos nós para questionar isto?

- Ao Se humanizar, Jesus assumiu a forma de servo em toda a sua plenitude (Fp.2:7), o que significa dizer que, assim como os seres humanos, submeteu-se à ação do tempo e se sujeitou à morte física, se bem que, neste caso, a morte seria vicária, ou seja, em substituição aos demais homens (Rm.5:8), uma vez que não havia pecado para, merecidamente, submeter-se a esta circunstância.

- Dentro deste estado de coisas, Jesus teve, necessariamente, de exercer um ministério terreno temporário, sujeito ao tempo, já que, como Emanuel (Deus conosco), entre nós, não poderia ficar eternamente. Resulta daí, portanto, a necessidade de constituir um grupo de homens e mulheres que, entre os homens, no mundo, continuassem, através dos séculos da dispensação da graça, graça esta trazida pelo próprio Jesus (Jo.1:17), a obra do Senhor, mediante a pregação do evangelho, a boa-nova de que Deus está disposto a perdoar os pecados do homem e a restabelecer a comunhão entre Deus e o homem, mediante a aceitação do senhorio e do sacrifício de Jesus.

- Eis porque anunciou o Senhor aos Seus discípulos este grande mistério, que é a formação de um povo para a continuação deste trabalho de evangelização, a igreja (Mt.16:18), a quem determinou que pregasse o evangelho a toda criatura por todo o mundo (Mc.16:15).

- Mas, para que isto fosse possível, Jesus deixou bem claro que os Seus discípulos tinham de ser revestidos de poder (Lc.24:49). O trabalho destinado à Igreja, pelo Senhor, não pode ser feito de forma natural, é indispensável que tenhamos a ajuda, o conforto e a companhia do Espírito Santo.

- Jesus, quando veio ao mundo, foi gerado por obra e graça do Espírito Santo (Lc.1:35) e, para iniciar Seu ministério terreno, foi ungido pelo Espírito de Deus (Mt.3:16; At.10:38). De igual modo, os discípulos deveriam ser gerados pelo Espírito (Jo.20:22) e, posteriormente, para o início da fase pública de seus ministérios, revestidos de poder (Lc.24:49; At.1:8).

- Ciente desta circunstância, nada melhor para refletirmos sobre a importância e necessidade da atuação do Espírito Santo para a realização da obra missionária do que observarmos a vida do maior missionário dos tempos apostólicos, Paulo, cuja obra permitiu que a geração da igreja primitiva cumprisse o mandado de Jesus, alcançando todo o mundo conhecido de então na pregação do evangelho.

CONCLUSÃO:

O Espírito Santo não apenas escolhe, chama, dirige, mas também participa do trabalho de evangelização. A pregação do evangelho, a obra missionária recebem, da parte do Espírito Santo, um tratamento todo especial, pois é, como vimos, a principal tarefa, a razão de ser desta dispensação (cfr. Jo.16:13-15). O Senhor sempre confirmou a palavra com sinais (Mc.16:20), que são a demonstração de Espírito e de poder de que falou Paulo aos coríntios (I Co.2:4), demonstração esta que foi atestada pelo principal historiador dos dias apostólicos (At.19:11).

- A história da igreja tem sido uma diária demonstração de que o Espírito Santo tem confirmado o trabalho dos Seus servos em todos os países, em todos os continentes, em todos os lugares onde têm os homens ouvido a pregação do evangelho. O evangelho continua sendo o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê (Rm.1:16). Como disse Paulo, é no evangelho que se descobre a justiça de Deus de fé em fé. Mediante o desenvolvimento da obra missionária, temos a própria experimentação do poder e do amor de Deus para com o homem. Deus tem sido fiel a cada instante, operando grandemente para que a Sua Palavra se cumpra na vida de cada um que aceita se submeter à vontade e ao desejo do Senhor, naquele que se dispõe a ser vaso para honra, santificado e idôneo para uso do Senhor, e preparado para toda a boa obra (II Tm.2:21).

- Diante de tanta fidelidade, de tanta lealdade da parte de Deus, será que podemos nos manter indiferentes a esta obra? Será que podemos permanecer como simples reatores da ação do maligno e do pecado, não desejando ficar à frente deste grande desafio que o Senhor Jesus nos deixou, de prosseguirmos a Sua obra, que já tem a garantia da vitória?(Mt 28:20).



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