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AD Alagoas / Lições Bíblicas

14/10/2023

Lição 3- MISSÕES TRANSCULTURAIS NO ANTIGO TESTAMENTO -

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- A mensagem da salvação é para toda a humanidade.

- O caráter universal da mensagem da salvação revela-se no Antigo Testamento.

-Nesta lição estudaremos o princípio missiológico no Antigo Testamento. Aprenderemos que Deus é a fonte de Missões, e que é o próprio Deus, quem toma a iniciativa de buscar o homem perdido, fazendo-lhe uma promessa redentora (Gn 3.15). Veremos o propósito de Deus, desde o A. Testamento, através de Missões Transcultuais.

I – AS MISSÕES TRANSCULTURAIS NO A. TESTAMENTO

- Vimos, na lição anterior, que o caráter universal da mensagem da salvação decorre da própria natureza divina. Deus ama o homem que formou e quer que todos os homens se salvem e venham ao conhecimento da verdade (I Tm.2:4).

- Além disso, Deus não faz acepção de pessoas (Dt.10:17; II Cr.19:7; At.10:34; Rm.2:11; Ef.6:9; Cl.3:25; I Pe.1:17), de sorte que o chamado à salvação é para todos os homens, tanto que a anunciou ao primeiro casal.

- Portanto, as chamadas “missões transculturais”, ou seja, a pregação do Evangelho a outras etnias, outros povos, outras nações, não é algo que somente tenha aparecido com o início da atividade da Igreja no dia de Pentecostes, pois algo que decorre da própria natureza divina e, como Deus é eterno (Dt.22:7. Sl.10:6; Is.40:28; Jr.10:10), tem-se que este caráter universal da pregação do Evangelho se revelou desde os primórdios da história da humanidade.

- Expulso do jardim do Éden, o primeiro casal passou a lavrar a terra e dela obter, do suor do seu rosto, o seu sustento (Gn.3:23) e, assim, inicia-se a história humana, com a formação primeiro das famílias e dos chamados clãs, que são grupos de famílias, com um ancestral comum.

- Até o dilúvio, portanto, não temos propriamente a formação de “nações” ou de “etnias”, mas, sim, verdadeiros clãs, formados a partir das linhagens, das descendências dos filhos do primeiro casal, que eram muitos (Gn.5:4).

- Nestas linhagens, duas mereceram destaque no texto bíblico: a de Caim, o primogênito do primeiro casal (ao menos após a queda – Gn.4:1) e a de Sete, o filho que Deus deu ao primeiro casal em lugar de Abel (Gn.4:25).

- Nota-se, aqui, que, pelo menos até a quinta geração, estas duas principais linhagens tinham modos de vida diferentes, gerando como que duas culturas diferentes. A linhagem de Caim, construída sem a presença do Senhor (Cf. Gn.4:16), e a linhagem de Sete, cujo centro era a invocação do nome do Senhor (Gn.4:26).

- Esta diferença fez com que o texto sagrado considerasse a linhagem de Sete como sendo “os filhos de Deus”, enquanto as demais linhagens, notadamente a de Caim, foi denominada de “filhos dos homens” (Gn.6:2).

- Esta distinção já nos permite verificar que, ao menos no início da história, havia uma separação inclusive de convivência entre estes dois grupos, gerando, assim, ainda que de forma ainda muito tênue, uma distinção de modo de vida, que poderia ser como que um embrião de uma etnia, entendida esta como sendo um grupo de pessoas de mesma condição, de mesmo modo de vida.

- No entanto, com a multiplicação dos homens, logo começou a haver contato e mistura entre as linhagens e o que se verifica, pela narrativa bíblica, é que a piedade que caracteriza a linhagem de Sete foi substituída pelo modo de vida pecaminoso e ímpio da linhagem de Caim, a ponto de a terra ter se enchido de violência e de corrupção (Gn.6:5,11,12).

- Isto, entretanto, não se fez sem o devido aviso da parte do Senhor que, já nesta ocasião, levanta um profeta, Enoque, para anunciar que a desobediência a Deus acarretaria o juízo divino (Jd.14), juízo este que ocorreria quando da morte do próprio primogênito de Enoque, Metusalá (nome cujo significado é “quando este morrer, isso virá”).

- O que se percebe, portanto, é que a invocação ao nome do Senhor que caracteriza a vida dos setitas não foi mostrada aos outros clãs, não houve a transmissão da promessa da redenção dada ao primeiro casal, e o resultado deste silêncio, desta falta de conscientização acabou por levar a linhagem piedosa a se corromper e a compartilhar do modo pecaminoso dos caimitas e dos demais.

- Quando não se anuncia a salvação, quando não se mostra aos que vivem diferentemente de nós as promessas feitas por Deus para a humanidade, o resultado é a assimilação e a adoção da vã maneira de viver e a perda da própria identidade como povo de Deus. — Como exemplo nos dias de Elias, Deus o enviou a Sarepta, que é Sidom, na Filistia, terra dos palestinos, levar uma mensagem do seu poder. Deus ultrapassa fronteiras, culturas, línguas, povos, etnias, e manda levar a sua Palavra. (1 Reis 17:7-9)

-Também Nos dias do profeta Jonas, NAO foi diferente, Deus o envia a cidade de Ninive, capital da Assíria, um povo violento, mal, que matava, tira a pele das pessoas, pendurava em postes e queimavam vivos, povo cruel. Mais Deus envia Jonas, com uma mensagem de arrependimento para aquele povo. Isso é missões transculturais.

II - UM PROPÓSITO MISSIONÁRIO NO A. TESTAMENTO 

- Deus escolhe Abraão, e para entender a Bíblia e a missão cristã, é indispensável entender a promessa. Todo propósito de Deus se encontra condensado aqui. ” (STOTT, 2009, p. 34) Três promessas de Deus à Abraão:

. A promessa de uma posteridade (Gn17.5);

. A promessa de uma terra (Gn 11.31;15.7);

. A promessa de uma benção (Gn 12.2,3).

  • Israel, o povo escolhido! “Durante algum tempo, o “povo de Abraão”, encontra-se separado das demais nações (Êx 19.3; Dt 7.14), mas isso acontece apenas para que, por meio de Israel, Deus possa preparar o caminho para alcançar seus objetivos universais” (Bosh, 2009, p. 70). A Eleição de Israel, antes de denotar qualquer favoritismo exclusivista da parte de Deus, teve um propósito exclusivo de serviço missionário para as nações (Êx 19.4-6; Is 42.6; 49.6; 51.4). Israel deveria ser “propriedade peculiar”, “reino de sacerdotes”, “nação santa”. Esta nação deveria ser separada não somente em suas vidas, mas também em seu serviço. O Antigo Testamento sustenta o método missiológico centrípeto, ou seja, Israel ao viver uma vida na presença de Deus, experimentando suas a totalidade de suas bençãos, as nações seriam despertadas e atraídas como íman para Jerusalém e para o Senhor. Esperava-se que estrangeiros e gentios viessem adorar ao Deus vivo por causa de sua natureza, seu poder e suas qualidades salvadoras do Nome de Deus ( 1 Rs 8.41-43; Sl 66.1-4; 67.1-8).
  • Israel falhou na sua missão. Os cativeiros são uma prova da falibilidade de Israel em cumprir sua missão de fazer o Senhor conhecido em todas as nações, ao invés disso, misturou-se com os povos pagãos, adotando seus costumes e deuses, o que consequentemente permitiu a ira de Deus, entrega-los aos cativeiros Exílio Assírio (2 Rs 17) – Reino do Norte em 722 a.C. e Exílio Babilônico (Jr. 25; 29; Ez. 33) em 597 a.C.
  • Deus promete uma Nova Aliança e um Novo Povo

Com a falha de Israel, Deus promete uma Nova Aliança e agregar um Novo Povo, que não é novo, senão, seu propósito original em alcançar a todos os povos (Jr 31.31-34; Is 55.1-6; 56.1-7; Jl 2.28-29). A visão de Deus nunca foi etnocêntrica ou cultural, mas sempre alcançar todos os povos, línguas e nações (Gn 12.1-3).

  • Com essa lição aprendemos que o desejo de Deus sempre foi alcançar todos os povos. Foi dele a iniciativa de ir atrás do homem perdido, enunciando-lhe uma promessa de esperança redentora, mostrando com isso, Sua graça e misericórdia para com a humanidade perdida. 
  • No Antigo Testamento, faz uma promessa a Abraão, e a partir deste, desenvolve seu método missional centrípeto, fazendo de Israel um povo escolhido que seria responsável pelo testemunho do Senhor às nações. 
  • Entretanto, não conseguem estar à altura do chamado, falham e, por isso, o Senhor enuncia uma Nova Aliança, Um Novo Concerto, que envolveria não só Israel, mas todos os povos.

CONCLUSÃO: Devemos ter esta “consciência missionária”, como se observa, intensificada no período, no Antigo Testamento, e que não deixou de ser uma preparação para a vinda do Messias e para a instituição da Igreja, a nos mostrar como o Senhor está no controle de todas as coisas.

- Por isso, primeiro, é interessante observar que os próprios judeus reconhecem que dois foram os fatores que aguçaram as “missões transculturais” no período do antigo testamento: a expectativa messiânica e a perspectiva escatológica, o que, inclusive, fomentou a chamada “profecia messiânica” naquela época.

- A perspectiva da vinda do Messias, a promessa da salvação na pessoa do Cristo é um elemento que incentiva e estimula a missão. Ao crerem que se aproximava a chegada do Messias, os israelitas se interessaram em contar aos demais povos esta promessa e a convidar-lhes a aguardarem, com eles, a vinda do Redentor da humanidade.

- Se, sem serem habitação do Espírito Santo, sem terem ao menos visto o Verbo encarnado, como nós já vimos, tendo ainda recebido Cristo em nós, como não nos surpreendermos com o torpor com que a esmagadora maioria dos que cristãos se dizem ser está a tratar o assunto das missões transculturais?

- A mera expectativa da vinda do Messias fez surgir um intenso movimento missionário entre os judeus, num período, aliás, em que a atuação do Espírito Santo era extremamente mínima, pois não havia profetas, eram “os dias não de fome de pão, nem sede de água, mas de ouvir as palavras do Senhor” (Am.8:11). Se, em tais circunstâncias adversas, mesmo assim eles tiveram força para anunciar as promessas de salvação, como admitir que, na atualidade, quando estamos a vivenciar o mais longo e duradouro avivamento da história da Igreja, quando vemos a ação do Espírito Santo como nunca antes em todos os quatro cantos da Terra, estejamos satisfeitos em ficar calados e não fazer missões? Estamos piores do que os judeus que falharam na sua missão? Pensemos nisso!



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