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AD Alagoas / Lições Bíblicas

14/10/2023

Lição 2 - Missões Transculturais: A sua origem na natureza de Deus

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- A mensagem da salvação é para toda a humanidade.

- O caráter universal da mensagem da salvação decorre da própria natureza divina.

I – A PREGAÇÃO DO PROTO-EVANGELHO

- Na continuidade do estudo sobre a pregação do Evangelho sob o enfoque etnocêntrico, estaremos a observar que a pregação do Evangelho teve início com o próprio Deus, daí porque, como dissemos na lição anterior, ser uma tarefa que o homem, por si só, não pode exercer, a menos que tenha a direção, orientação, cooperação e companhia do próprio Senhor, já que se trata de uma tarefa que era inicialmente divina.

- Vimos, na lição anterior, que a salvação da humanidade já havia sido prevista por Deus desde a fundação do mundo. Dentro de Sua presciência, de Sua onisciência, antes mesmo de criar todas as coisas, o Senhor já sabia que o homem haveria de pecar e que necessitaria ser salvo, para voltar a ter comunhão com Deus.

- Já na eternidade passada, antes mesmo que todas as coisas fossem criadas, o Senhor já sabia que deveria salvar o homem que haveria de criar e que esta salvação se daria por intermédio de Cristo Jesus, o Filho, a segunda pessoa da Triunidade Divina.

- É este o ensino de várias passagens bíblicas, a começar por Ef.1:4, quando o apóstolo Paulo diz que fomos eleitos em Cristo antes da fundação do mundo para que fôssemos santos e irrepreensíveis diante d’Ele em caridade. Isto mostra claramente que, antes mesmo da criação, Deus já havia escolhido o ser humano para ser salvo na pessoa de Jesus.

- Pedro, também, em I Pe.1:18-20, fala-nos que Deus já sabia que Jesus seria o Cordeiro imaculado e incontaminado, ainda antes da fundação do mundo e que resgataria o homem da sua vã maneira de viver, por intermédio do derramamento do Seu sangue em prol da humanidade.

- João, na revelação que teve do próprio Cristo, também nos informa que Jesus foi morto desde a fundação do mundo (Ap.13:8), mais uma nos indicando que a salvação na pessoa do Senhor Jesus já era do pleno conhecimento de Deus mesmo antes da criação.

- Por isso, quando o homem pecou no Éden, Deus não foi tomado de surpresa. Não se tratava de fazer um “plano B” para resolver o problema surgido com a queda do primeiro casal, pois tudo já estava previsto pelo Senhor que tão somente, no instante mesmo do juízo lançado sobre o primeiro casal, tornou conhecido este Seu plano para a humanidade.- Este anúncio da salvação foi feito quando o Senhor Se dirigiu à serpente e afirmou que seria posta inimizade entre ela e a mulher, pois a semente da mulher feriria a cabeça da serpente e esta lhe feriria o calcanhar (Gn.3:15).

- Este é o primeiro anúncio das boas novas da salvação, o primeiro anúncio do Evangelho ao homem, o que é denominado de “protoevangelho” (o primeiro evangelho). Vemos, portanto, que a evangelização tem origem em Deus, é uma tarefa inicialmente divina e, como tal, é algo que está além da condição humana, motivo por que jamais poderá ser exercido por qualquer ser humano se não tiver a direção, orientação e a cooperação do próprio Deus.

Nesta lição definiremos os termos missões e transculturais, mostraremos que o pecado do homem o afastou de Deus, criando a necessidade de redenção. Deus prometeu um redentor, que viria através da semente da mulher (Gn 3.15), sendo este descendente de Abraão (Gn 12.3). Mostraremos que a natureza dessa missão está fundamentada em Deus, no seu caráter amoroso e gracioso, em resgatar a humanidade de sua condição perdida, sendo ele o primeiro missionário da história humana.

II - MISSÕES E TRANSCULTURAIS OU MISSÕES MUNDIAIS

1. O campo missionário é o mundo. Jesus disse: “o campo é o mundo” (Mt 13.38). Ele não disse que o campo é Jerusalém, nem a Judéia, nem Roma, nem minha cidade e a tua. Infelizmente há ainda os que pensam que o “campo” é a sua cidade e por isso mostram-se não somente apáticos às missões, mas também posicionam-se contra elas. Outros não são contra, mas não se esforçam, são acomodados. É dever de cada crente incentivar missões, orar pelos missionários e pelos que estão sendo enviados e contribuir financeiramente para o sustento dos missionários.

2. “Tanto em Jerusalém como em toda a Judéia” (v.8). Jesus não disse para primeiro pregar em Jerusalém, depois na Judéia, depois em Samaria e só então ser testemunha até “os confins da terra”, mas mandou pregar “tanto em Jerusalém como em toda Judéia, Samaria e até os confins da terra”. Isso fala de simultaneidade, do contrário o evangelho estaria ainda em Israel, confinado entre os judeus, pois Jesus mesmo disse: “porque em verdade vos digo que não acabareis de percorrer as cidades de Israel sem que venha o Filho do Homem” (Mt 10.23).

O POVO MAIS NECESSITADO DO EVANGELHO NO MUNDO

OS MUÇULMANOS

Sua origem. Os muçulmanos são os adeptos do Islamismo. O termo “islamismo” vem da palavra árabe islão, que significa “submissão”; uma referência a sua obediência à sua divindade Alá. É uma religião fundada por Maomé (570-634 d.C.) na Arábia Saudita. Hoje são cerca de 1 bilhão de seguidores; a maioria na Janela 10 por 40. Para cada seis seres humanos no planeta um é muçulmano, dois são cristãos (incluindo os cristãos nominais), um já ouviu falar de Jesus pelo menos uma vez, e dois nunca ouviram falar de Jesus.   A palavra “missão” vem da expressão latina “missione”, que se originou por sua 

vez do verbo “mittere”, que significa: “ação, tarefa, ordem, mandado, compromisso, incumbência, encargo” ou “obrigação de enviar missionários”. No grego, corresponde à palavra “apostello” que, em português, é “apóstolo” e significa “alguém enviado por ordem de outrem para realizar uma tarefa” (PAULA, 2006, p. 11). Complementando esta definição podemos acrescentar o seguinte: “A missão primária da Igreja é proclamar o Evangelho de Cristo e reunir os crentes em igrejas locais onde possam ser edificados na fé e tornados eficazes ao serviço, para assim implantarem novas congregações no mundo Inteiro (HESSELGRAVE, 1984, p. 13).

- A missão transcultural da Igreja está fundamentada no caráter missionário de Deus. A palavra “transcultural” traz a ideia de um missionário que transpõe as barreiras da cultura de um povo, ou civilização, para apresentar o amor de Deus. Isso implica interação com todos os grupos étnicos da Terra, com os diferentes aspectos da vida das pessoas (GABY, 2023, p. 13).

III - DEUS, O PRIMEIRO MISSIONÁRIO

Abraão é um dos personagens mais marcantes da história bíblica. Era nativo da Caldeia. Por meio de Éber, estava na nona geração depois de Sem, filho de Noé. Seu pai foi Terá que teve dois outros filhos, Naor e Harã (Gn 11.11-32). Ele foi chamado por Deus para ser o pai dos judeus (Gn 12.1,2), povo de onde viria o Messias (Gn 12.3; Mt 1.1). Segundo Pereira (2023, p. 105), a igreja anuncia as boas novas ao mundo de forma antecipada (Gl. 3. 8). Assim como Deus anunciou as boas novas no Antigo Testamento, iniciando por Adão e Eva (Gn 3. 15), em seguida as ratificou em Abraão. A revelação divina ao patriarca se deu de forma dúplice, em palavra e ato, como veremos abaixo: 3.1 Deus falou com Abraão (Gn 12.1). A primeira forma da revelação divina a Abraão se deu de forma audível, como nos mostra a Escritura: “Ora, o SENHOR disse a Abrão [...]”. Deus é um ser que se comunica com o homem (Gn 1.29; 3.3; 6.13; 12.1-3; Êx 3.14). A expressão comunicar segundo o Aurélio significa: “Transmitir informação, dar conhecimento de; fazer saber” (FERREIRA, 2008, p. 513). Deus comunicou o que faria a Abraão e através dele. O Senhor prometeu-lhe uma terra, uma grande nação através dos seus descendentes, e uma bênção tal que alcançaria todas as nações da terra (Gn 12.2,3).

IV - O AMOR INCONDICIONAL DE DEUS

A Bíblia diz que Deus é amor (1Jo 4.8,16); que Seu amor é grande (1Jo 3.1); que é eterno (Jr 31.3); que foi provado (Rm 5.8); derramado (Rm 5.5); e, ainda elenca diversas características deste amor. Vejamos:

Diferente do amor humano que é condicional, o amor divino é superior pois manifesta-se de forma incondicional: “Nós o amamos a ele porque ele nos amou primeiro” (1Jo 4.19). A palavra grega usada para descrever o amor de Deus pelo homem é “ágape”. Esse tipo de amor é absolutamente singular, já que ele não depende da beleza do objeto a ser amado. Naturalmente, o amor humano não funciona dessa maneira. Nós amamos outras pessoas porque elas nos amam ou porque vemos nelas alguma beleza ou valor. Deus nos ama independente do nosso amor: “Nisto está o amor, não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou a nós […]” (1Jo 4.10). Portanto, o amor de Deus por nós não foi motivado por algum amor anterior da nossa parte.

Jesus disse a Nicodemos com uma intensidade incalculável: “Deus amou o mundo de tal maneira […]” (Jo 3.16). A expressão “tal” segundo o Aurélio (2004, p. 1908) significa: “análogo, semelhante”. A ideia de Jesus é dizer que não há nada com que possa ser comparado (Jo 15.13). Paulo disse que Deus amou tanto o homem que “[…] que nem mesmo a seu próprio Filho poupou, antes o entregou por todos nós […]” (Rm 8.32); e ainda falou sobre o “[…] seu muito amor com que nos amou” (Ef 2.3). O apóstolo João, por sua vez, afirmou: “Vede quão grande amor nos tem concedido o Pai […]” (1Jo 3.1). Seu amor é maior que de uma mãe por seu próprio filho (Is 49.15).

CONCLUSÃO

- Neste passo, citando mais uma vez o missionário Orlando Boyer: “…POR QUE DEVEMOS GANHAR ALMAS? 1. Porque Cristo o quer. ‘Ide por todo o mudo e pregai o Evangelho a toda a criatura’ (Mc.16:15).

Pode o crente lavado no precioso sangue do Calvário recusar-se a este pedido? Só queremos receber ou estamos também prontos a dar? Abrimos os nossos corações para as maravilhas de João 3.16, e fechamo-lo às responsabilidades em 1 João 3.16?…” (op.cit., p.21).

- Como não poderia deixar de ser, o Senhor Jesus é nosso exemplo de evangelista, daquele que nos mostrou como se deve evangelizar, assim que a graça de Deus Se manifestou n’Ele mesmo.

- Alguém poderá dizer: mas Cristo não pregou o Evangelho do reino de Deus? Como, então, devemos seguir o seu comportamento, já que estamos a pregar o Evangelho da graça de Deus?

- Jesus pregou o Evangelho do reino de Deus porque nasceu sob a lei, pois tinha de cumpri-la, mas o Seu evangelho não é diverso do Evangelho da graça de Deus, pois não há “outro evangelho”. Este evangelho da graça de Deus apenas traz a revelação de que a salvação é para todos e não apenas para os israelitas, este mistério que se mantivera até a manifestação do próprio Cristo e a conclusão de Sua obra salvífica no Calvário, algo, aliás, que já havia sido dito a Abraão antes mesmo da formação do povo de Israel, conforme já vimos.

- Retirada esta diferenciação, vemos que não há como deixar de procedermos senão conforme o exemplo dado pelo Senhor Jesus, a confirmar que Deus é o primeiro evangelista e, como tal, o modelo a ser seguido.

- Por fim, cumpre-nos observar que a Terceira Pessoa da Triunidade Divina, o Espírito Santo, prossegue a própria atitude das outras duas Pessoas. É Ele quem convence o mundo do pecado, da justiça e do juízo (Jo.16:8), quem faz lembrar tudo quanto o Senhor Jesus disse (Jo.14:26), tendo, ainda, o papel de glorificar o Filho (Jo.16:14), bem como de anunciar tudo quanto é de Cristo (Jo.16:14,15), sendo, pois, Aquele que prossegue a evangelização feita pelo Senhor Jesus, habitando na Igreja, que deve, assim, sob o domínio do Santo Espírito, prosseguir o ministério terreno de Cristo, que foi, também, feito sob a ação do Espírito Santo (Lc.4:1,14).



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