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AD Alagoas / Lições Bíblicas

04/02/2023

Lição 6 - O Avivamento no ministério de Pedro

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo do avivamento, estudaremos o ministério do apóstolo Pedro.

- A vida de Pedro é um exemplo de que não basta fazer companhia a Cristo, mas é preciso haver uma conversão para a mudança do caráter.

  • A restauração de Pedro, mostra que precisamos ter mais amor as almas e que devemos  mudar esse espirito de exclusão apenas para se ver livre de alguém que não gostamos. Ao invés de recuperar os fracos, levantar as mãos cansadas, Como diz a Palavra de Deus.(Hb 12:12,13).


I – SIMÃO, O PESCADOR DE PEIXES SE TORNOU APÓSTOLO:

- O apóstolo Pedro, um dos doze, que tem proeminência na narrativa dos Evangelhos e na primeira parte do livro de Atos dos Apóstolos é, sem dúvida, um grande exemplo da mudança de caráter que Jesus faz na vida de todos quantos O aceitam como Senhor e Salvador de suas vidas.

- Pedro surge, pela vez primeira, nas Escrituras Sagradas, em Mt.4:18, quando nos é informado que seu nome era “Simão”, forma diminutiva de “Simeão” (em hebraico, “Shimon”), cujo significado é “Deus ouviu”, nome, aliás, do segundo filho de Jacó e Lia (ou Léia), onde se dá a explicação do significado deste nome (Gn.29:33).

- Simão era filho de Jonas, por isso chamado de “Barjonas”, palavra que, em aramaico, significa “filho de Jonas” (Mt.16:17), tendo tido o seu nome mudado por Jesus para “Pedro” (Mc.3:16; Jo.1:42), que significa “pedregulho”, “pedra pequena”, mesmo significado da palavra “Cefas” (Jo.1:42; I Co.15:5 e Gl.2:9), que é a versão aramaica do nome “Pedro”, que é grego. Jonas, seu pai, deveria ser um pescador. Como bem explica o pastor Osmar José da Silva, “…os filhos de Jonas, André e Pedro, trabalhavam na pescaria com o pai, embora tudo leva a crer que Simão tinha o seu barco próprio. A pesca era um dos negócios rentáveis naqueles dias; possuir barcos e redes para a indústria pesqueira não era para pessoas pobres e, portanto, estes homens eram considerados classe média alta; possuidores de suas casas próprias e viviam bem, para os padrões da época. A indústria da pesca era uma das mais importantes naqueles dias…” (Reflexões filosóficas de eternidade a eternidade (São Paulo:s.e., 2001), v.6, p.22-3).

- Simão, como seu irmão André, era de Betsaida (Jo.1:44), cidade cujo nome significa “casa de pesca” ou “casa do pescador”, a revelar, portanto, a própria vocação da cidade, cidade esta que ficava à margem nordeste do mar da Galileia, situada perto de Cafarnaum, onde Pedro foi morar, pois ali era a sua casa (Mt.8:13,14). Era casado, tanto que, já quando estava a pregar o Evangelho, se fazia acompanhar de sua mulher (I Co.9:5), além do que um dos primeiros milagres de Jesus, em Seu ministério público, foi o de curar a sogra de Pedro.

- O irmão de Simão, André, era discípulo de João Batista (Jo.1:37,40) e, quando este testificou que Jesus era o Messias, imediatamente passou a segui-l’O, tendo, então, ido ao encontro de seu irmão Pedro e lhe falado a respeito de Jesus, oportunidade em que o Senhor lhe mudou o nome. Isto nos revela que Pedro, assim como André, tinham uma preocupação com respeito ao reino de Deus, às coisas espirituais, dentro do clima surgido naquele tempo de ansiedade pela vinda do Messias, ante a opressão ocasionada pelo domínio romano, que havia se intensificado. Apesar de indoutos, de não terem frequentado as academias rabínicas, de terem se dedicado, ainda jovens, à pesca, eram homens que anelavam pela redenção de Israel.

- Apesar de Jesus ter mudado o nome de Pedro, este não O seguiu de imediato. Com efeito, depois deste encontro, que ocorreu em Betânia, da outra banda do Jordão, onde João batizava (Mt.3:13; Jo.1:28,35 — não confundir com a aldeia de mesmo nome onde moravam Lázaro e suas irmãs), vemos que Jesus foi para a Galileia, mas Pedro não O seguiu, tendo retornado à pesca, assim como seu irmão André (Mt.4:18).

- Pedro só iria abandonar tudo e seguir a Cristo no episódio que os estudiosos da Bíblia chamam de “pesca maravilhosa”, descrito com minúcias em Lc.5:1-11, quando nos é informado que Jesus foi pregar no mar da Galileia e, como a multidão o apertava, entrou no barco de Simão e dali os ensinou. Depois da preleção, mandou que Pedro fosse para o mar alto e lançasse as redes para pescar, o que totalmente contrário à lógica, vez que haviam pescado a noite inteira e nada haviam apanhado. Entretanto, Simão, diante desta ordem do Senhor, que nem sequer pescador era, obedeceu e houve uma grande quantidade de peixes. Simão, então, prostrou-se diante do Senhor e pediu que Se ausentasse dele pois era ele um homem pecador. Jesus, porém, disse para que Simão não temesse e o chamou para que fosse, dali em diante, pescador de homens. Foi, então, que Pedro tudo deixou e passou a seguir o Senhor.

- Já aqui vemos que Pedro precisou de um sinal para compreender que deveria seguir a Cristo. Não fora suficiente o encontro que tivera em Betânia além do Jordão, que lhe tivesse sido mudado o nome. Pedro mostra-se aqui como um típico representante dos “crentes da circuncisão”, pois, como bom judeu, movia-se através de sinais (I Co.1:22). Diante do sinal, porém, rende-se ao Senhor Jesus, o que não foi algo fácil para um homem como Pedro, que, ao longo da narrativa dos Evangelhos, revela ser um homem impulsivo, violento e que, assim agindo, demonstrava uma certa simpatia para com o partido dos zelotes, os radicais judeus que entendiam que a libertação de Israel deveria se dar pela revolta ao domínio romano.

- Pedro obedeceu ao Senhor Jesus. Lançou a rede sob a palavra de Cristo (Lc.5:5) e, ao ver o sinal da pesca maravilhosa, reconheceu o senhorio e a divindade de Jesus, tanto que se prostrou aos Seus pés e se confessou um pecador, incapaz de ter a companhia de Cristo, o Santo (Is.40:25; Os.11:9). Não há como seguir a Jesus sem que se tenha a obediência à Palavra de Deus, a fé nesta mesma Palavra, a confissão dos pecados e o reconhecimento do senhorio e da divindade de Cristo Jesus. Já tivemos esta experiência?
OBS: O gesto de Pedro é um explícito reconhecimento da divindade de Cristo, máxime para quem simpatizava com os zelotes, como era o caso de Simão, para quem, no dizer do historiador judeu, Flávio Josefo, “…há um só Deus, ao qual se deve reconhecer por senhor e rei; eles tem um amor pela liberdade, que não há tormentos que não sofram e não deixem sofrer as pessoas mais caras, antes que dar a quem que seja o nome de senhor e de mestre.…” (Antiguidades Judaicas XVIII, 2, 760. In: História dos hebreus. Trad. Vicente Pedroso, 1990, v.2, p.154). Dizemos que Simão era, no mínimo, simpatizante dos zelotes, porque se mostrou, ao longo da narrativa dos Evangelhos, uma pessoa que aceitava o uso da violência e vivia armado, assim como os zelotes.

II - PEDRO É RESTAURADO E AVIVADO POR JESUS: 

- Pedro resolveu ir pescar, saindo, uma vez mais, do centro da vontade de Deus. Repetiu-se, então, a experiência da pesca maravilhosa, que havia levado Pedro a deixar tudo por Jesus. Nada apanharam, mas, sob a palavra de Cristo, fizeram uma nova pesca milagrosa. Mas, se não fosse por João, Pedro nem sequer teria percebido que era o Senhor. Estava novamente cego e surdo para as coisas de Deus. É interessante notar que se encontrava nu ou quase que totalmente nu, tanto que, ao saber que se tratava do Senhor, cingiu-se com a túnica (Jo.21:7).

- Quando deixamos a direção de Deus, quando tencionamos voltar para a vida antiga, antes de nossa conversão, perdemos as vestes espirituais (Ap.3:18; II Co.5:1-3). Não nos iludamos: quem não estiver trajado de vestes espirituais, não herdará o reino de Deus (Ap.16:15).

- Pedro puxou a rede para a terra e ali estavam 153 grandes peixes, sem que a rede se rompesse. Era o fim da carreira de pescador de peixes de Pedro. Na refeição, Jesus, então, Se dirige para Simão, filho de Jonas e, por três vezes, pergunta-lhe se ele O amava. Era a aplicação da lei da semeadura. Pedro havia negado o Senhor por três vezes, deveria confessá-l’O também por três vezes. Havia, também, voltado a ser pescador de peixes, mas deveria agora assumir, de vez, a sua condição de pescador de homens.

- Pedro agora era um outro homem. Não vemos mais a sua arrogância, a sua autossuficiência. Perguntado se amava a Cristo, na primeira e na segunda vez, responde que sim, mas, mais do que isto, que o Senhor sabia que ele O amava (Jo.21:15). Não era mais o “sabe-tudo”, o “valente”, o “repreendedor”, mas o humilde servo de Jesus, a ovelha que é conhecida pelo seu pastor (Jo.10:14.27).

- Jesus, então, manda a Pedro que apascentasse os Seus cordeiros, a demonstrar que o obreiro não tem domínio sobre o rebanho, que é de Deus, lição que, muito bem aprendida por Pedro, foi depois por ele mesmo ensinada à Igreja (I Pe.5:2,3).

OBS: Como é diferente, aliás, a lição de Jesus que Pedro tão bem aprendeu e ensinou com o que faz o Romanismo que põe os supostos “sucessores de Pedro” como monarcas absolutos e infalíveis...

- Por fim, na terceira pergunta, Pedro entristece-se pela insistência do Senhor, mas, em vez de repreender o Mestre, como fizera anteriormente, de se exaltar, como tantas vezes procedeu, Pedro rende-se incondicionalmente a Jesus, dizendo que Ele sabia tudo. Era a renúncia incondicional de si mesmo, a autonegação, o passo que ainda faltava para que Pedro fosse usado poderosamente na obra de Deus.

- Ante tal confissão, Jesus diz a Pedro que ele envelheceria e que, assim como não faria mais a sua vontade, no sentido espiritual, no final de seus dias, também seria levado para onde não queria, sendo, também, dito que haveria de morrer pelo Evangelho (Jo.21:18,19).

- Pedro, então, quis saber a respeito do destino de João, mas, numa clara demonstração de que não tinha “primado” entre os apóstolos, isto não lhe foi revelado.

- Jesus subiu aos céus e mandou que os discípulos aguardassem em Jerusalém o revestimento de poder para que pudessem iniciar o trabalho de pregação do Evangelho a toda a criatura.

- Reunidos para orar e buscar o Senhor pelo tempo que fosse necessário, vemos Pedro se levantando entre os discípulos e dirigindo a escolha de um substituto para Judas Iscariotes, oportunidade em que foi escolhido Matias, que passou a ser contado entre os doze apóstolos (At.1:15-26).

- Esta atitude de Pedro, porém, não parece ter tido a aprovação divina. O texto sagrado informa-nos que Matias passou a ser considerado apóstolo, sem afirmar que o Senhor o tivesse escolhido como tal, bem assim não há qualquer indicação de que houvesse a necessidade de se completar já o colégio apostólico ou que fossem necessários doze apóstolos.

 - Vemos, assim, que, mesmo entre convertidos, há decisões que são tomadas sem a prévia direção e orientação do Espírito de Deus, cujas consequências podem ser funestas à obra do Senhor ou, simplesmente, indiferentes a ela, como parece ter sido o caso. Pedro parece que não tinha aprendido a lição de que não deveria se envolver naquilo para o que não havia sido chamado ou não era de sua conta, como quando quis saber sobre o futuro de João...

- No dia de Pentecostes, os discípulos são batizados com o Espírito Santo e o que faltava para que Pedro se tornasse o pescador de homens aconteceu.

- Revestido de poder, Pedro levanta-se entre os discípulos e prega à multidão que se aglomerara para ver o que se passava no cenáculo. Seu temperamento destemido, ousado e impulsivo, sob pleno envolvimento e controle do Espírito Santo, abriu a porta do Evangelho para os judeus, sendo esta a “primeira chave” mencionada pelo Senhor em Mt.16:19.

- Quase três mil almas se converteram ao Senhor, tendo Pedro, em seu sermão, falado sobre o arrependimento dos pecados e a necessidade deste arrependimento para o perdão dos pecados (At.2:38-40). Pedro havia experimentado esta salvação e, revestido de poder, podia, agora, anunciá-la com toda a ousadia que lhe era inata.

- O destemido Pedro tornou-se um homem de oração. O revestimento de poder não foi um instante esporádico de manifestação do poder de Deus na vida de Pedro. Ele passou a ter uma vida de oração e poder do Espírito Santo.

CONCLUSÃO: O avivamento na vida e ministério de Pedro, mostra que somente um genuíno e verdadeiro avivamento, pode mudar a vida, o ministério e o caráter de um crente, crente em Jesus.(Hq 3:2) Que Deus nos ajude a recuperar as almas perdidas e levá-las de volta ao  redil(Lc 15:1-7).



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