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AD Alagoas / Lições Bíblicas

10/12/2022

LIÇÃO nº 11 – A VISÃO DO TEMPLO E O MILÊNIO

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO:

- Na sequência do estudo do livro do profeta Ezequiel voltado para os nossos dias, veremos a visão que o profeta teve do quarto templo, o templo do Milênio.

- Ezequiel mostra o exercício sacerdotal do Israel convertido, lembrando que temos de ser, também, sacerdotes se formos integrantes do povo de Deus.

-A importância do templo, até mesmo no milênio com Cristo reinando mais ainda assim, será necessário um templo como ponto de Adoração e sacrifício. ( onde ficarão os desigrejados ?)

I – A VISÃO DE EZEQUIEL 

- Já temos visto que, a exemplo de outros profetas, Ezequiel também profetiza sobre a restauração espiritual de Israel.

- Esta restauração está ligada ao estabelecimento do reino milenial de Cristo, pois o profeta Ezequiel é claríssimo ao dizer que, ao congregar novamente a casa de Israel, as doze tribos, na Terra Prometida, os israelitas, agora novamente um só povo (Ez.37:22), terão como rei a “Davi”, chamado de “Meu servo” pelo Senhor como “seu príncipe eternamente” (Ez.37:24,25) e sabemos que este “Davi” é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, o “Filho de Davi” prometido a Davi que reinaria para sempre sobre Israel (II Sm.7:16,18,19; I Rs.8:25.26; II Cr.6:16,17)

- O primeiro grande acontecimento do Milênio é o da restauração espiritual de Israel. Israel, ao ver Jesus descer em glória acompanhado dos Seus santos, aceitará Jesus como o Messias. É o remanescente de Israel que, por causa desta aceitação, será salvo (Rm.9:27;11:24-26). Sendo salvo, Israel será restaurado espiritualmente, pois passará a ter vida, pois, quem aceita a Cristo, passa da morte para a vida (Jo.5:24).

- Este remanescente de Israel, que se apresenta como um exército grande em extremo e em pé (Ez.37:10), como um povo salvo, será a nação sacerdotal planejada por Deus desde o momento em que foi selado o pacto entre Deus e Israel (Ex.19:5,6).

- Para que Israel seja nação sacerdotal, porém, era necessário que se arrependesse dos seus pecados, aceitasse a Cristo como seu Salvador, o que terá, então, ocorrido.

- Como um povo santo (Is.60:21; Sf.3:13), porém, faz-se necessário que, para exercer o sacerdócio, seja ungido com óleo. Por isso, logo após ser restaurado espiritualmente, Israel receberá um grande derramamento do Espírito Santo (Zc.12:10), a fim de habilitá-lo para o exercício do sacerdócio durante o período milenar.

 - Isto demonstra que, durante todo o milênio, Israel viverá um período de avivamento contínuo do Espírito Santo, com as gerações seguintes sendo continuadamente ungidas pelo Espírito do Senhor, como, aliás, se encontra profetizado por Joel (Jl.2:28).

- O Espírito Santo, então, voltará a ter uma atuação plena e indiscriminada, mas agora em relação a Israel, que é a nação sacerdotal do Milênio, para onde os homens das demais nações deverão acorrer para servir ao Senhor.

- Restaurado e constituído como nação sacerdotal, Israel será para o mundo como a tribo de Levi foi para Israel durante a dispensação da lei.

- Israel ocupará um território que será o território que havia sido dado a Abraão por Deus e que nunca chegou a ser ocupado em virtude do pecado do povo (Jz.2:20-23), como se encontra profetizado na parte final do livro de Ezequiel (Ez.40-48).

- Restaurado e constituído como nação sacerdotal, Israel terá, novamente, um templo, mas não um templo construído sem a aprovação divina, como fora o terceiro templo, mas um templo em que estará a glória de Deus.

- O quarto templo, o templo do milênio, é o templo descrito no livro de Ezequiel, dotado de dimensões distintas e de um cerimonial também distinto dos dois primeiros templos, pois estaremos em uma nova dispensação.

- Muitos se embaraçam com a existência deste novo templo e pelo restabelecimento do culto com sacrifícios e demais cerimônias, achando que isto não se coaduna com a redenção operada por Cristo, o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, que cumpriu a lei e, com isto, instaurou um novo concerto, um concerto eterno.

- Todavia, é preciso que nos lembremos disto, na dimensão terrena, teremos, ainda, a necessidade de um culto, de uma religião, pois ainda não estaremos na eternidade.

- Faz-se, também, preciso que Deus cumpra a Sua promessa para com Israel de lhe tornar uma nação sacerdotal e, portanto, deverá haver um sacerdócio nesta vida religiosa da dimensão terrena.

- Por isso, a fim de cumprimento das promessas divinas, torna-se preciso que haja um Templo e um culto, o que, em momento algum, representa qualquer invalidade do sacrifício de Cristo no Calvário.

- Os sacrifícios terão apenas um efeito simbólico, retrospectivo, assim como a Ceia do Senhor é apenas um símbolo do sacrifício de Cristo. O fato de Jesus ter nos perdoado e nos salvado no Calvário não nos dispensa da necessidade de, na dispensação da graça, celebrarmos a Ceia do Senhor, bem como nos submetermos ao batismo nas águas. O mesmo papel que estas ordenanças hoje representam na nossa dispensação, todo o cerimonial constante do templo de Ezequiel representará na dispensação milenar.

- As nações adorarão ao Senhor, até porque seus “pais”, na nova dispensação, serão aqueles que terão crido no evangelho eterno, que foi pregado no final da Grande Tribulação.

- As nações também serão alcançadas pelo Senhor e estarão em comunhão com Ele, vindo continuamente a adorar em Jerusalém, que será, então, a capital do mundo.

- Jerusalém, hoje em dia, já é considerada a cidade que representa a confluência da adoração do Deus único, uma vez que é considerada sagrada pelas três grandes religiões monoteístas do mundo (judaísmo, cristianismo e islamismo), mas somente nesta época será o verdadeiro altar do Deus Altíssimo, como nos tempos de Melquisedeque, que não é senão figura do próprio Jesus, o sumo sacerdote segundo a ordem de Melquisedeque, o Rei de Israel.

- Israel será a nação sacerdotal, a nação que mediará a relação das nações com o Senhor e cuja obediência ao Senhor, como disse Paulo, trará enormes benefícios para a humanidade (cfr. Rm.11).

- Estará, portanto, restabelecida a comunhão entre Deus e as nações, que havia sido estabelecida pelo pacto noaico e quebrada, logo a seguir, com a rebelião de Babel. Esta é a prova indelével de que a “grande Babilônia” (ou seja, o sistema mundial gentílico estabelecido em Babel) terá, realmente, sido destruída na batalha do Armagedom.

- É importante salientar, por fim, que, ante esta restauração espiritual, não haverá qualquer outra religião senão a verdadeira, isto porque, durante a Grande Tribulação, o Anticristo e o Falso Profeta terão destruído todas as religiões e as assimilado à religião da adoração à besta (Ap.13:3-8,14,15).

- Como os adoradores da besta terão sido mortos ao término da Grande Tribulação, bem como o diabo, que era o verdadeiro adorado, preso (Ap.20:1-3), não restará nem adorado nem adorador deste credo maligno e, assim, vigorará somente a verdadeira religião até que os mil anos se completem.

- Nas profecias bíblicas que se referem ao milênio, quando se cumprirá a esperança messiânica de Israel no sentido aguardado até hoje pelo povo judeu, há, sempre, menções ao templo de Jerusalém, como local de adoração.

- Em Is.66:20,21, por exemplo, é dito que, neste período, as nações virão adorar em Jerusalém e que haverá sacerdotes e levitas dentre os gentios. Se assim relata, é porque haverá um templo em Jerusalém nesta época.

- Em Mq.4:1-4, então, a mensagem profética é explícita e afirma que, nos últimos dias, o monte da casa do Senhor será estabelecido no cume dos montes e se elevará sobre os outeiros e concorrerão a ele os povos, num tempo em que a lei sairá de Saião e a palavra do Senhor de Jerusalém.

- Em Zc.14:16, é dito que as nações, anualmente, virão celebrar a festa das cabanas em Jerusalém, a indicar que haverá um templo neste período, templo, aliás, que é expressamente mencionado em Zc.14:20,21.

OBS: “...na Amidá, a oração recitada três vezes ao dia, rogamos a D'us que "restitua nossos juízes, como no passado, e nossos conselheiros, como outrora". Por trás desse rogo sente-se a nostalgia judaica que clama pela reconstrução do Templo Sagrado de Jerusalém, para que todos os judeus voltem a se reunir na Terra de Israel e D ́us contemple a humanidade com uma era de prosperidade e paz absoluta. ...” (Revista Morashá).

- O templo foi construído para que todas as nações venham adorar a Deus ali, o que não ocorreu nos dois templos anteriores e, portanto, trata-se de profecia que ainda não se cumpriu.

- Ora, para que tais profecias se cumpram, é mister que haja um novo templo, vez que, no tempo dos dois anteriores, não ocorreu esta adoração universal da humanidade no templo de Jerusalém.

- Ademais, este novo templo não pode, em hipótese alguma, ser o terceiro templo, que será construído por ocasião do pacto entre Israel e o Anticristo (Dn.9:27), que virá logo após a vitória militar que Israel terá sobre Magogue.

- Este terceiro templo é um templo de legalismo, humanismo e apostasia. De tudo isto, extraímos a necessidade de que haja um quarto templo, onde se cumpram as profecias messiânicas do Antigo Testamento.

- Este novo templo, o quarto a ser edificado em Jerusalém, é precisamente aquele que foi profetizado por Ezequiel e que se encontra descrito a partir do capítulo 40 até 44, texto que, inclusive, foi de difícil aceitação por parte dos escribas e sacerdotes judeus, já que contemplava uma alteração no cerimonial conforme a lei mosaica.

- Aliás, esta compreensível resistência dos rabinos judeus com respeito a este texto é uma comprovação de que o templo mencionado em Ezequiel é um templo diferente do segundo templo, que foi construído depois do cativeiro da Babilônia, como também do terceiro templo, que há de ser construído durante a Grande Tribulação.

- Eis o motivo pelo qual não podemos concordar com os intérpretes que entendem que as visões de Ezequiel sejam simbólicas ou se refiram ao segundo templo. Segundo a Bíblia de Aplicação Estudo Pessoal (cfr. Com. Ez.40:1ss, p.1077), há quatro tipos de interpretação para este trecho das Escrituras.

- A primeira é de que o templo descrito por Ezequiel seria o templo de Zorobabel no seu projeto original, que não teria sido observado pelos edificadores por desobediência.

- Não aceitamos esta interpretação, pois a Bíblia, expressamente, afirma que Deus Se agradou da edificação do templo, tornando isto público por intermédio dos seus profetas Ageu e Zacarias.

- Ora, Deus não é Deus de confusão e não iria se agradar com uma obra que fosse fruto de desobediência. Além do mais, Flávio Josefo afirma que o templo de Zorobabel foi, efetivamente, construído com dimensões distintas das do templo de Salomão, por força das autoridades persas, mas que, na reforma empreendida por Herodes, reforma esta que terminou cerca de dez anos antes do nascimento de Jesus, as dimensões originais foram restauradas.

- A propósito, como já dissemos, as dimensões, o cerimonial e até as peças do templo descrito por Ezequiel não coincidem com as do templo de Salomão, o que é mais um argumento contrário a este ponto-de-vista.

- A segunda interpretação é que o templo descrito por Ezequiel seria o símbolo da verdadeira adoração a Deus oferecida pela Igreja cristã no presente.

- Esta interpretação seria, como diz conhecida expressão popular “chover no molhado”. Todos sabemos que o tabernáculo e, por conseguinte, os templos representam, em figura, Cristo e a Sua Igreja, pois, como nos ensina Paulo, a Igreja é o corpo de Cristo e o templo do Espírito Santo.

- O fato de o templo representar a Igreja, portanto, não significa que ele não venha a existir literalmente, pois os dois primeiros templos e o tabernáculo existiram fisicamente e, nem por isso, deixaram de ser figuras ou tipos da Igreja.

- A terceira interpretação é que o templo descrito por Ezequiel seria o símbolo do futuro e eterno reinado de Deus, quando Sua presença e Suas bênçãos encherão a Terra.

- Esta linha de pensamento também está equivocada. Em primeiro lugar, o período em que haverá um reinado de Deus nesta Terra outro não é senão o reino milenial de Cristo.

- Portanto, se se entender como estes intérpretes, por que este templo não pode ser literal, se o reinado de Cristo o será? Em segundo lugar, se se pensar que este futuro e eterno reinado será o Estado Eterno, estar-se- á contrariando as Escrituras, porque elas afirmam explicitamente que este Estado se dará com novos céus e terra e mediante a descida do céu da Jerusalém celestial, onde não há templo (Ap.21:1-3,22).

- A quarta interpretação é o templo descrito por Ezequiel se refere ao templo que existirá durante o período milenar. É a linha de pensamento que perfilhamos e que entendemos ser a única biblicamente possível.

 - Com efeito, como as profecias messiânicas exigem a existência de um templo em Jerusalém para o seu cumprimento e como elas terão este cumprimento durante o reino milenar de Cristo, tem-se que este novo templo, visto e descrito por Ezequiel, cuja profecia tinha, precisamente, o propósito de manter acesa a esperança do povo judeu que estava cativo em Babilônia, é o templo que se erguerá no reino milenial de Cristo, para o cabal cumprimento das Escrituras.

- Aí se explicam as diferenças entre ele e os dois primeiros templos, bem assim a presença nele da glória do Senhor e de estrangeiros cultuando e oficiando.


Em Ezequiel também vemos a promessa de Deus para seu povo de que colocaria seu santuário no meio deles. “O meu tabernáculo estará com eles; eu serei o seu Deus, e eles serão o meu povo” (Ez 37.27).

1. Ezequiel contemplou o retorno da Glória de Deus ao Novo Templo. Ezequiel havia visto, com o coração profundamente entristecido, a glória do Senhor deixar o templo (Ez 10.4-5,18-19; 11.22-23). Agora, dezenove anos depois (cf. Ez 8.1;40.1), o profeta testemunha o retorno do Senhor para ocupar e consagrar esse novo edifício como seu santuário sagrado. Temos a impressão de que todo o processo anterior de inspeção e medição foi como uma visita acompanhada com um guia a um palácio vazio antes da chegada majestosa do rei (Ez 40.3-4;17,32;41.1).

2. Ezequiel contemplou a liturgia interna do Novo Templo. O Senhor mostrou ao profeta: (a) os sacerdotes e os levitas (Ez 44.4-45.12), os levitas, exceto pela família de Zadoque, não serão mais capazes de atuar como sacerdotes, pois incentivaram o povo a adorar deuses estrangeiros. Ezequiel descreve um oficial do Templo de especial importância, conhecido apenas como “o príncipe” (Ez 44.1-3; 45.13-17; 46.1-8,16-18); (b) O profeta viu as ofertas que seriam apresentadas aos Senhor (Ez 45.18-25; 46.9-1 5,19-24). No primeiro dia de cada ano, no começo da primavera, eles devem sacrificar um novilho para purificar o Templo.

3. Ezequiel contemplou um rio que saia do Novo Templo. Esse templo é atípico tendo em vista que não aparece os utensílios que são próprios do Tabernáculo e do Templo de Salomão. Não aparece a Arca da Aliança, o altar do incenso, o candelabro e nem a mesa da proposição dos pães. Porém, a diferença marcante desse templo em relação aos anteriores é o rio que flui do templo(Ez 47:1,8).

4. O Milênio será o Reino com duração de mil anos a ser instaurado, na terra, pelo Senhor Jesus, logo após o arrebatamento da Igreja e do término da Grande Tribulação (Ap 20.4-6). Trata-se de um reino literal.

Conclusão: O fato marcante na visão que o profeta Ezequiel teve no Novo Templo foi o retorno da Glória de Deus. Isto mostra que nesta nova fase, Israel está livre da idolatria que tantos prejuízos trouxe para nação. “Então o homem levou-me até a porta que dava para o leste, e vi a glória do Deus de Israel que vinha do lado leste. Sua voz era como o rugido de águas avançando, e a terra estava refulgente com a sua glória”.(Ez 43:1,2). NÃO desanime a glória vai voltar. Amém 



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