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AD Alagoas / Lições Bíblicas

20/11/2022

LIÇÃO Nº 8 – O BOM PASTOR E OS PASTORES INFIÉIS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Ezequiel 34:1-14

INTRODUÇÃO

- Na sequência do estudo do livro do profeta Ezequiel, veremos os vaticínios do profeta em relação às lideranças de Israel.

- As lideranças judaítas são denunciadas por Ezequiel. 

—No Antigo Testamento o pastor representava o próprio cuidado de Deus. Aquele que cuida, alimenta guia e protege seu povo.

—No Novo Testamento Jesus é o bom pastor que da sua vida pelas ovelhas.

—Pastores são homens chamados para apascentar o rebanho de Deus(Ef 4:11).

I – AS LIDERANÇAS DE ISRAEL COMPARADAS AOS PASTORES

- Após ter proferido mensagem a respeito da responsabilidade individual, o profeta Ezequiel traz, da parte do Senhor, uma lamentação sobre os príncipes de Israel.

- É elucidativo que, depois de ter enfatizado que cada um responde pelos seus próprios atos, o Senhor venha mostrar que há, sim, influência de uns indivíduos sobre outros e que também responderemos pela influência que exercemos sobre o próximo.

- Deus criou o homem como um ser social e, deste modo, não há como vivermos solitariamente, sem a convivência dos demais, de modo que, nestas relações interpessoais, exercemos influência sobre os outros e os outros, sobre nós.

- Esta dimensão social, portanto, não é desprezada pelo Senhor, que faz questão, então, de demonstrar como aqueles que estão em posição de proeminência na sociedade, aqueles que detêm autoridade e que se sobressaem entre as demais pessoas têm uma responsabilidade maior diante de Deus, precisamente porque foram colocados em funções e atividades que norteiam, orientam e dirigem os outros.

- Não é por acaso que a lamentação se faça com relação aos “príncipes de Israel”, ou seja, as pessoas principais, as pessoas que detinham autoridade sobre o povo, aqueles que serviam de exemplo e de referência para a população.

  • - A ideia de Deus como sempre o Sumo Pastor também decorre desta assimilação. Ao chamar os israelitas de “ovelhas do Seu pasto”, o Senhor estava a mostrar que era Ele, em última análise, quem cuidava de Israel, quem deveria orientá-lo e guiá-lo, tanto que nada mais nada menos que Davi, que, antes de ser rei de Israel, tinha sido, também, pastor das ovelhas de seu pai, afirmou que o Senhor era o seu pastor (Sl.23:1).
  • -No hebraico, “raah”, palavra que figura por setenta e sete vezes, onde tem o sentido de pastor (Gn 49.24; Êx 2.17,19; Nm 27.17; 1Sm 17.40; Sl 23.1; Is 13.20; Jr 6.3; Ez 34.12,23; Am 1.2; 3.1; Zc 10.2,3). No seu sentido literal, “um pastor” é alguém que cuida dos rebanhos de ovelhas. Os pastores eram conhecidos como profissionais que alimentavam e protegiam os rebanhos (Jr 31.10; Ez 34.2,12) e que livravam dos animais ferozes as ovelhas (Am 3.12)” (CHAMPLIN, 2004, p. 104). Deus como pastor. Com base na ideia de que o pastor é um protetor e líder do seu povo.
  • - Pois bem, o primeiro ponto trazido na mensagem profética é de que o pastor deve se dedicar às ovelhas, deve delas cuidar, deve apascentá-las e não pensar em si mesmo, apascentar-se a si próprio (Ez.34:1).
  • - Este era o primeiro problema dos pastores de Israel: eles apascentaram-se a si mesmos, não ao povo de Israel, mesmo sabendo que se tratava do povo do Senhor. Neste egoísmo, os pastores comeram a gordura, vestiram-se da lã e degolaram o cevado, ou seja, tomaram para si todas as vantagens que puderam, mas não cuidaram das ovelhas, não cuidaram do povo (Ez.34:2).
  • - Temos aqui a diferença substancial entre estes pastores e o Bom Pastor, que é Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que assim Se identificou (Jo.10:11). Jesus, ao contrário, deu a Sua vida pelas ovelhas (Jo.10:11), que é o ápice do desinteresse e da negação de si próprio, ou seja, da abnegação.
  • - O amor é desinteressado (I Co.13:5), de modo que não é possível ser um líder verdadeiro e genuíno se não se estiver buscando o bem dos seus liderados em vez do seu próprio. No caso da Igreja, que é o corpo de Cristo, a liderança sempre deve buscar os interesses do Senhor e não os seus, algo que, já nos tempos apostólicos, não era fácil de se encontrar, como dá conta o apóstolo Paulo, ao dizer que Timóteo não possuía este desinteresse (Fp.2:20-23).
  • - Como não havia interesse pelas ovelhas, mas somente por si mesmos, os pastores não fortaleceram a ovelha fraca, não curaram a ovelha doente, não ligaram a ovelha quebrada, não tornaram a trazer a ovelha desgarrada nem buscaram a perdida, tão somente dominando sobre as ovelhas com rigor e dureza (Ez.34:4).
  • - Temos aqui, nesta expressão do profeta, o que se espera de um pastor. O pastor deve, por primeiro, promover o fortalecimento das ovelhas. Este fortalecimento decorre da alimentação e, por isso, é fundamental que um pastor seja alguém que promova a sadia e correta alimentação do rebanho a ele confiado. O pastor, como diz Davi, guia a ovelha para verdes pastos e a águas tranquilas (Sl.23:2).
  • - Em Israel, deveriam os pastores fazer com que o povo tivesse conhecimento da lei, enquanto que, hoje, na Igreja, é fundamental que o pastor providencie o ensino da Palavra de Deus, que é alimento espiritual do cristão (Mt.4:4; Lc.4:4) e a água que santifica (Ef.5:26), que limpa (Jo.15:3).
  • - Por segundo, o pastor deve curar a ovelha doente e ligar a ovelha quebrada e aqui tanto se está a falar de cura física, quanto cura espiritual. O pastor é aquele que deve promover a saúde do rebanho. Por isso, fundamental que o pastor tenha dons espirituais, entre os quais os dons de curar, como também tenha uma vida de comunhão com Deus que permita que ele confirme a Palavra com sinais, entre os quais está a cura. Deve também ter uma palavra que permita curar as feridas e as quebraduras das ovelhas.
  • - Quem cura a ovelha doente e liga a ovelha quebrada tem uma palavra sábia, que permite fazer com que sejam superados os traumas, os ressentimentos, as mágoas, as perturbações psicológicas decorrentes seja da tentação, seja dos problemas de relacionamento com outras pessoas. O pastor deve ter uma palavra edificante, exortativa e aconselhadora, que permita o desfrute da paz que há em Cristo Jesus.
  • - Por terceiro, o pastor deve trazer a ovelha desgarrada e buscar a perdida. O Senhor, ao contar a parábola da ovelha perdida (Lc.15:4-7), mostrou que um pastor digno do nome não mede esforços para trazer de volta a ovelha que se desgarrou, a ovelha que se perdeu.
  •  - Nos dias de Ezequiel, as lideranças de Judá não se importavam com a população. Muito pelo contrário, tratavam o povo com dureza, rigor, basta ver a escravidão perpétua que haviam imposto aos mais pobres, em frontal contradição com o que determinava a lei de Moisés (Cf. Jr.34:8-22).
  • - Assim, não havia preocupação com as que se desgarrassem, se perdessem, se distanciassem do próprio povo. Tal atitude foi censurada veementemente pelo Senhor.
  • - O Senhor Jesus é este Bom Pastor que busca as ovelhas perdidas e as desgarradas. Deixou a glória celestial para vir ao encontro das ovelhas perdidas da casa de Israel (Mt.15:24; Jo.1:11), não se circunscrevendo aos israelitas, mas indo também atrás dos gentios (Jo.10:16).
  • - Em nossos dias, não é diferente. Os pastores que são postos pelo Senhor na Igreja devem ter esta preocupação com as ovelhas. Devem observar, como diz o apóstolo Pedro, que estão a cuidar de ovelhas que não são suas, mas do Senhor (I Pe.5:2), devendo delas cuidar, pois, como verdadeiros depositários, terão de prestar contas delas diante de Deus (Hb.13:17).
  • - A única coisa que os pastores de Israel fizeram foi dominar sobre as ovelhas com dureza e rigor. Impuseram duro jugo sobre o povo, que não amavam nem com quem se preocupavam, única e exclusivamente para se enriquecerem e tirarem proveito da população, para satisfação de seus próprios interesses.
  • - O resultado disto foi que, em virtude da má conduta das lideranças, o povo se perdeu espiritualmente e, com a perda da terra de Canaã, diante da desobediência, veio o espalhamento de todo o povo, espalhamento físico que apenas denunciou o espalhamento espiritual que já antes existia, pois não havia mais pastores para o povo (Ez.34:5).
  • - Agora, Israel estava espalhado entre as nações, à mercê das “feras do campo” e não havia qualquer um interessado em buscá-lo. Apesar da tragédia do exílio, os sacerdotes e príncipes não tinham demonstrado preocupação alguma na situação, não tinham compaixão do povo desgarrado.
  • - Não foi o que fez o Senhor Jesus. Apesar de rejeitado pelo povo, nunca deixou de sentir compaixão por ele, por serem ovelhas desgarradas sem pastor (Mt.9:36; Mc.6:34), e devemos ter este mesmo sentimento, jamais nos conformarmos em vermos as almas caminhando para a perdição.
  • - O Senhor diz aos pastores de Israel que as Suas ovelhas haviam sido entregues à rapina e vieram a servir de pasto a todas as feras do campo por falta de pastor, que só procuravam se apascentar a si mesmos, mas o Senhor livraria as Suas ovelhas da boca das feras e elas não mais serviriam de pasto (Ez.34:10).
  • - O Senhor prometeu que Ele próprio buscaria as ovelhas de Israel, Ele mesmo as buscaria. Esta promessa foi cabalmente cumprida, porque o próprio Deus Se fez homem e veio em busca das ovelhas perdidas da casa de Israel, na pessoa do Filho, de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
  • - Verdade é que Israel não recebeu a Jesus como o Cristo e, por causa disto, foram, novamente, espalhados entre as nações, mas desde 1878 se iniciou, com o movimento sionista, o retorno dos judeus a Canaã, tendo, inclusive, sido criado o Estado de Israel em 1948 e, a cada dia, aumenta o número de judeus que estão sendo reunidos na Terra Prometida e o Senhor os reunirá sob Seu comando ao término da Grande Tribulação.
  • - O Senhor prometeu que iria buscar Suas ovelhas dispersas, que as faria voltar de todos os lugares por onde andavam espalhadas no dia de nuvens e de escuridão, tirá-las-ia dos povos e as apascentaria nos montes de Israel, junto às correntes e em todas as habitações da Terra, apascentando-as em bons pastos, fazendo-as repousar (Ez.34:11-15).
  • - O Senhor prometeu fazer o que os pastores infiéis não haviam feito, fortalecendo a enferma, buscando a perdida, ligando a quebrada, tornando a trazer a desgarrada, apascentando-as com juízo (Ez.34:16).
  • - A necessidade de um pastor para a igreja. “O pastor é essencial ao propósito de Deus para sua igreja. A igreja que deixar de ter pastores piedosos e fiéis não será pastoreada segundo a mente do Espírito (1Tm 3.1-7). Será uma igreja vulnerável às forças destrutivas de Satanás e do mundo (At 20.28-31). Haverá distorção da Palavra de Deus, e os padrões do evangelho serão abandonados (2Tm 1.13,14). Membros da igreja e seus familiares não serão doutrinados conforme o propósito de Deus (1Tm 4.6,14-16; 6.20,21). Muitos se desviarão da verdade e se voltarão às fábulas (2Tm 4.4)” (STAMPS, 1995, p. 1816).
  • - O pastor e as suas muitas atribuições. “Sua missão é múltipla e polivalente. Ele tem que agir como ensinador, conselheiro, pregador, evangelizador, missionário, profeta, juiz, fazer as vezes de psicólogo, conciliador, administrador dos bens espirituais e de recursos humanos.
  • -CONCLUSÃO: Diante deste exemplo histórico e desta constatação presente, resta-nos, tão somente, pedir graça a Deus para não cometermos os mesmos erros seja dos pastores infiéis, seja das ovelhas desobedientes (a gorda, a forte,
  •  os bodes, as que empurram e as que escorneiam), mas que, pela fé, permaneçamos em pé, temendo a Deus e não se ensoberbecendo (Cf. Rm.11:20), para que não tenhamos o mesmo triste fim.
  • - Conheçamos o Bom Pastor, ouçamos a Sua voz e sigamo-l’O, pois o bom pastor 
  • A exemplo de Jesus se dedica para cuidar de suas ovelhas e quando aparecer o sumo pastor, receberemos a recompensa(1Pedro 5:1-4).


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