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AD Alagoas / Lições Bíblicas

29/10/2022

LIÇÃO 5 – CONTRA OS FALSOS PROFETAS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: Ezequiel 13:1-6

INTRODUÇÃO

-Os falsos profetas contrapõem a Palavra de Deus e lançam dúvidas no coração do povo.

-Deus condena os falsos profetas de Israel que profetizavam a inexistência de julgamento iminente. Anunciavam que os israelitas estavam seguros, embora vivessem no pecado, inclusive na idolatria (ver Jr 6.14; 23.17). Quanto a esses falsos profetas, Deus declarou: Eu sou contra vós (v. 8).

-Os falsos profetas criaram nos judeus uma falsa segurança, prometendo-lhes paz e livramento, embora descumprissem, por rebeldia, as suas leis. Por isso, Deus os extirparia da nação de Israel.

-Hoje, há falsos profetas na igreja que ensinam ser possível ter a vida eterna em Cristo, e ao mesmo tempo, viver na prática da imoralidade, do homossexualismo, feitiçaria, ou de qualquer outro tipo de abominação. 

-O apóstolo Paulo previne que o crente não deve se deixar enganar por tais mentiras (Ef 5.6), pois os que tais coisas praticam não terão herança no reino de Deus (ver 1 Co 6.9; Gl 5.21; Ef 5.5).

-(Mc 13.22): “Porque se levantarão falsos cristos e falsos profetas e farão sinais e prodígios, para enganarem, se for possível, até os escolhidos.

-O crente da atualidade precisa estar informado de que pode haver, nas igrejas, diversos profetas corrompidos e distanciados da verdade, como os mestres da lei de Deus, nos dias de Jesus (Mt 24.11,24). Jesus adverte, aqui, que nem toda pessoa que professa a Cristo é um crente verdadeiro e que, hoje você não pode crer em todo profeta.

- Vivemos dias de apostasia e são dias da proliferação de falsos profetas, que com suas falsas profecias espalham boatos falsos causando dissensões na igreja do Senhor.

I – QUEM SÃO OS FALSOS PROFETAS.

- Esses falsos profetas, “exteriormente pareceis justos aos homens” (Mt 23.28). Aparecem “vestidos como ovelhas” (Mt 7.15).

-Esses profetas são semelhantes aos falsos profetas dos tempos antigos (ver Dt 13.3 nota; 1Rs 18.40; Ne 6.12; Jr 14.14; Os 4.15), e aos fariseus do NT. (Mt 7:15).

- Vivemos dias de apostasia, dias da proliferação de falsos profetas.

-Na continuidade do estudo do livro do profeta Ezequiel com uma perspectiva para os nossos dias, veremos a mensagem que o Senhor dá ao Seu servo contra os falsos profetas.

- A existência de falsos profetas no meio do povo de Deus pode causar estranheza num primeiro momento, já que seria do interesse do Senhor impedir que a mentira pudesse ter lugar no meio daqueles que O servem.

- No entanto, já na lei, o Senhor alertara o povo para esta realidade. 

-Em (Dt.13:1-11), é dito ao povo que deveria matar todo profeta que, realizando prodígios e sinais, viesse a trazer mensagem diferente da divina, incitando o povo à prática da idolatria e do pecado, mostrando, com isso, que não só haveria falsos profetas no meio de Israel, mas que eles teriam, inclusive, poderes sobrenaturais, a fim de trazer circunstâncias que aumentasse a sua credibilidade entre os seus concidadãos.

- Nesta oportunidade, aliás, o Senhor explica porque permitiria tal situação: “...o Senhor vosso Deus vos prova para saber se amais o Senhor, vosso Deus, com todo o vosso coração, e com toda a vossa alma” (Dt.13:3).

- Deus permite que haja falsos profetas para que sejamos provados quanto ao amor por Ele. Quem ama a Deus, guarda a Sua Palavra (Jo.14:21,23) e não há melhor modo de provarmos nosso amor ao Senhor do que observando a Sua Palavra, rejeitando toda e qualquer mensagem que contrarie o que está escrito na Bíblia Sagrada.

- Amar a Deus é o primeiro e grande mandamento da lei (Mt.22:36-38). Ao permitir que haja falsos profetas, o Senhor nos estimula, nos incentiva, nos impele a cumprir o maior mandamento da lei, a provarmos que temos no amor a Ele a base de toda a nossa vida espiritual.

- A presença dos falsos profetas, portanto, é uma provação e toda provação, como sabemos, é um mal aparente que causa enorme benefício para o servo de Deus. Eis porque o Senhor permite que haja falsos profetas no meio do Seu povo.

 - Além deste propósito divino, temos que observar que a presença de falsos profetas também faz com que lembremos a imperfeição que é ínsita à nossa natureza. Somos criaturas, somos meros homens e, como tal, somos imperfeitos, dependemos de Deus para nos completarmos, tanto que o Senhor instituiu os dons ministeriais na Igreja para que haja o aperfeiçoamento dos santos (Ef.4:11,12).

- Quando falsos profetas surgem no meio do povo de Deus, notamos esta imperfeição, pois os integrantes do povo, mesmo sendo servos do Senhor, não conseguem impedir que o inimigo semeie esta gente entre eles. Esta verdade nos é ensinada pelo Senhor Jesus na parábola do joio e do trigo (Mt.13:25).

- O adversário, a mais astuta criatura que existe (Gn.3:1; Ap.12:9), que sempre nos engana e que é superior aos homens, feitos pouco menores que os anjos (Sl.8:5), consegue infiltrar falsos profetas, estes agentes seus, no meio do povo e temos, então, de perceber, por suas mensagens, que são mentirosos e agentes do inimigo, mantendo nossa fé em Deus e crendo na Sua Palavra, demonstrando, assim, que O amamos com todo o nosso coração.

- O apóstolo Paulo, inclusive, diz que é necessário haver heresias no meio do povo para que se manifestem os sinceros (I Co.11:19). A presença dos falsos profetas permite que saibamos quem é realmente servo de Deus e quem não é.

- Quando estamos diante de um período de apostasia generalizada, quando há multiplicação da iniquidade e a injustiça cometida chega ao limite da longanimidade divina, uma das características é, precisamente, quando ocorre uma proliferação de falsos profetas.

- Como num período de desvio espiritual, de aumento da prática do pecado aumenta a maldade, não é difícil deduzir que os falsos profetas também aumentam em número, até porque suas mensagens são necessárias para a manutenção do engano e para se contrapor à própria mensagem dos profetas autênticos, pois, como Deus não deseja a morte do ímpio, também intensifica Suas mensagens ao povo conclamando-os ao arrependimento.

- No período imediatamente anterior à destruição de Jerusalém e do Primeiro Templo, a proliferação de falsos profetas foi particularmente intensa. Quando vemos os registros bíblicos a respeito desse tempo, nos livros de Jeremias e de Ezequiel particularmente, notamos como era grande o número de falsos profetas naqueles dias.

- Os falsos profetas não só eram muitos, como tinham todo o apoio da elite do país. Tanto os príncipes quanto a cúpula dos sacerdotes beneficiavam os falsos profetas, dando-lhes muito espaço no templo e os protegendo, não raras vezes os sustentando, inclusive, visto que tinham uma mensagem agradável e que permitia aos líderes manterem a sua vida pecaminosa sem maiores problemas.

-Há poucos dias apareceu nas rede sociais, um desses falsos profetas, se posicionando ao lado de quem defende princípios contrários à Palavra de Deus e prometendo prosperidade. Diz o (Sl 1:1-3).

 - Assim, em meio a tal proliferação, tomemos prazer na Palavra de Deus, vigiemos e alertemos, a fim de que o povo não seja enganado e mostre a sua sinceridade e amor a Deus, rejeitando os falsos ensinos trazidos por estes agentes infiltrados do maligno.

II – EZEQUIEL E A SEMELHANÇA DE NOSSOS DIAS:

-Os falsos profetas são deliberadamente mentirosos e não tem intenção nenhuma de falar a verdade. O apóstolo João falando sobre os últimos dias, diz: “Quem é o mentiroso, senão aquele que nega que Jesus é o Cristo? Este é o Anticristo, o que nega o Pai e o Filho” (1Jo 2.22).

- Depois de ter anunciado a visão que tivera a respeito de Jerusalém e da retirada da glória de Deus de lá, o profeta recebe uma nova mensagem da parte de Deus. O Senhor lhe diz que habitava ele no meio de uma casa rebelde, que tinha olhos para ver e não via e ouvidos para ouvir mas também não ouvia.

- Esta é precisamente a situação espiritual em que vivem os falsos profetas. Sempre há espaço para este tipo de gente quando o povo não quer mais ouvir a Palavra de Deus, quando passa a buscar e a amontar “doutores conforme as suas próprias concupiscências”, quando tem “comichão nos ouvidos” e “não suporta a sã doutrina” (II Tm.4:3).

- O Senhor, então, uma vez mais, manda que Ezequiel fizesse uma encenação do que realmente iria ocorrer, ou seja, o exílio do povo, exatamente o contrário do que pregavam os falsos profetas, que falavam sobre paz e a permanência do povo na terra de Canaã, e, inclusive, o breve retorno daqueles que tinham sido levados cativos (Jr.6:14; 8:11; 14:13-18; Ez.13:9-16).

- Por ordem do Senhor, Ezequiel, então, preparou a sua mobília e, de dia, fez a mudança de residência, à vista de todos, escavando um buraco na parede, para chamar a atenção do povo, fazendo passar seus trastes pelo buraco e os carregando diante de todos (Ez.12:3-7).

- Não tenha dúvida de que a cena era de despertar a atenção de todos. O Senhor mandou que o profeta fizesse esta mudança em pleno dia, escavando um buraco na parede. Uma mudança já seria motivo de admiração, porque o povo estava cativo, não tinha permissão para se mudar de um lugar para outro sem prévia autorização. Como se não bastasse isso, em vez de levar a mudança pela porta da casa, o profeta escavou um buraco na parede para remover suas coisas. Que algo estranho e que, certamente, iria causar a curiosidade de todos!

- Isto mostra, em nossos dias, o homem no pecado, alheio às coisas de Deus está insensível e precisa ter a sua atenção voltada para a Palavra de Deus de forma inusual, pois, do contrário, sua insensibilidade não fará com que venha a dedicar parte do seu tempo para entender o que Deus lhe quer dizer.

- Por isso, nos dias em que vivemos, é preciso que chamemos a atenção das pessoas, que não nos acomodemos em simplesmente esperarmos que as pessoas se disponham a comparecer aos cultos ou a acessar cultos e mensagem pelas redes sociais, como muitos estão a fazer em nossos dias, num evangelismo tímido e pífio, que não leva em conta a insensibilidade imensa da população em virtude da multiplicação da iniquidade reinante. Aprendamos com o profeta Ezequiel.

- Ezequiel serviu de sinal para o povo. Também devemos, como servos de Deus, sermos sinais para o mundo que está à nossa volta. Jesus disse que somos sal da terra e luz do mundo (Mt.5:13-16) e as pessoas, ao nos verem, têm de se lembrar do nosso Pai que está nos céus. 

- As profecias falsas, são todas aquelas que levam em conta apenas as coisas desta vida, que dão valor a este mundo e que buscam reduzir a existência à dimensão terrena. Assim, quando verificamos hoje “profetas” que enaltecem e exaltam apenas as coisas deste mundo, tais como a prosperidade material, a saúde física, os prazeres e coisas similares, estamos, sem dúvida alguma, diante de falsos profetas.

- Mas, além das visões vãs, o Senhor também diz que as profecias oriundas destes impostores caracterizavam-se pela lisonja, ou seja, buscavam agradar, massagear o ego do povo, evitar falar-lhes que eram pecadores, evitar censurar e repreender as práticas idolátricas e contrárias à lei que estavam sendo cada vez mais seguidas pela população.

- Qualquer discurso que menospreza a necessidade de se viver separado do pecado, que não leva em conta a santidade ou diminui a sua importância, que procura justificar a prática da iniquidade, que busca fazer compreensiva e sem consequências a desobediência à Palavra de Deus deve ser rejeitada por quem quer agradar ao Senhor.

- Estes falsos profetas procuravam reforçar a imutabilidade e soberania divinas, o fato de que tinha sido Deus quem dera a terra de Canaã a Israel, que mandara construir o templo em Jerusalém, que havia, inclusive, escolhido Jerusalém para ali se edificar o templo e, portanto, em “honra de Seu nome” e de “Sua majestade”, não permitiria que Israel fosse exilado ou que algo de mal acontecesse ao povo. Ledo engano, pois o compromisso de Deus é com a Sua Palavra, não com os conceitos que os homens possam criar para tentar justificar o seu pecado.

- Por isso mesmo o Senhor fez questão de afirmar ao povo por meio do profeta: “Porque Eu, o Senhor, falarei, e a palavra que Eu falar se cumprirá; não será mais retardada; porque, em vossos dias, ó casa rebelde, falarei uma palavra e a cumprirei, diz o Senhor JEOVÁ” (Ez.12:25).

- Em nossos dias, não é diferente. Muitos estão a questionar as profecias, por causa da demora em seu cumprimento. O apóstolo Pedro disse que, nos últimos dias, surgiriam escarnecedores, que viveriam em pecado e que questionariam a promessa da vinda do Senhor usando como argumento precisamente a demora de cumprimento da profecia (II Pe.3:3,4), precisamente o que se fazia nos dias de Ezequiel (Ez.12:26-28). Sobre estes, a Bíblia adverte: “Nos últimos dias virão escarnecedores, andando segundo as suas próprias concupiscências” (2Pd 3.3). O apóstolo Paulo chama-os de: “amantes de si mesmos [...] presunçosos, soberbos” (2Tm 3.2). Judas chama-os de: “murmuradores e queixosos” (Jd v.16).

CONCLUSÃO:

-As profecias podem vir de três fontes: de Deus, da mente humana, ou do diabo; obviamente, nem toda profecia vem de Deus, ou o apóstolo João não teria escrito: “Amados, não deis crédito a qualquer espírito: antes, provai os espíritos se procedem de Deus, porque muitos falsos profetas têm saído pelo mundo afora.” (1Jo 4.1). Há alguns princípios bíblicos para sabermos se uma profecia é verdadeira ou falsa. Por exemplo, uma profecia deve edificar, exortar e confortar (1Co 14.3). Edificar é melhorar ou fortalecer, exortar é encorajar, e confortar é consolar.

-Não passemos para o campo da lógica humana, do raciocínio do homem, tornamo-nos presa fácil do inimigo de nossas almas, que é especialista em entender “as coisas dos homens” (Cf. Mt.16:23).

 - Fiquemos com a Bíblia Sagrada, com o que nos revela a Palavra de Deus, mesmo que, num primeiro instante, pareça que o que está escrito é ilógico ou surreal.

- Em nossos dias, As teorias, as doutrinas, as ideias e crenças surgidas das mentes dos falsos profetas, dos falsos mestres não resistirão aos fatos, à realidade, aos acontecimentos que demonstrarão que aquilo que está na Bíblia Sagrada, que é a verdade (Jo.17:17).

- Não nos deixemos iludir pelas imaginações, pelos discursos vãos e eloquentes daqueles que não têm vida espiritual, que não demonstram estar vivendo em santidade, que não provam ter como foco a dimensão eterna e não as coisas desta vida. Confiemos no que está escrito, no que está predito nas Escrituras, mesmo que não saibamos como e quando isto se dará. Mantenhamo-nos fiéis a Deus, buscando agradá-l’O para que não sejam surpreendidos com o arrebatamento da Igreja. AMÉM.



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