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AD Alagoas / Lições Bíblicas

22/10/2022

Lição 4 - Quando se vai a Glória de DEUS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

A presença de DEUS pode deixar o seu povo? Na lição anterior estudamos a respeito das abominações do Templo, que teve a idolatria como principal ato de rebelião contra o DEUS de Israel. A consequência: a glória de DEUS deixou o Templo. Essa glória representa a presença divina entre o povo. Então, isso pode acontecer hoje? É possível DEUS abandonar o seu povo por causa dos pecados deliberados? Na lição desta semana veremos que sim. É preciso cuidar para que a presença de DEUS não se afaste de nossas vidas, pois é muito precisosa. Não podemos viver sem presença de DEUS.

I - O QUE SIGNIFICA A GLÓRIA DO SENHOR

 - GLÓRIA - kabod (Hebraico) lê-se: kavood .

glória, honra, glorioso, abundância, riqueza, esplendor, glória, dignidade, reputação, reverência.

-Glória no NT. “doxa”(Grego) lê-se Voocsiá

opinião positiva a respeito de alguém, que resulta em louvor, honra, e glória, esplendor, brilho, magnificência, excelência, preeminência, dignidade, graça, majestade, algo que pertence a Deus, a majestade real que pertence a Ele como supremo governador, majestade no sentido da perfeição absoluta da divindade, algo que pertence a Cristo, a majestade real do Messias, escelência pessoal de Cristo; a majestade.

  • A expressão “glória de DEUS” tem emprego variado na Bíblia.
  • Às vezes, descreve o esplendor e majestade de DEUS (cf. 1Cr 29.11; Hc 3.3-5), uma glória tão grandiosa que nenhum ser humano pode vê-la e continuar vivo (ver Êx 33.18-23). Quando muito, pode-se ver apenas um “aparecimento da semelhança da glória do Senhor” (cf. a visão que Ezequiel teve do trono de DEUS, Ez 1.26-28). Neste sentido, a glória de DEUS designa sua singularidade, sua santidade (cf. Is 6.1-3) e sua transcedência (cf. Rm 11.36; Hb 13.21). Pedro emprega a expressão “a magnífica glória” como um nome de DEUS (2Pe 1.17).
  • A glória de DEUS também se refere à presença visível de DEUS entre o seu povo, glória esta que os rabinos de tempos posteriores chamavam de shekinah. Shekinah é uma palavra hebraica que significa “habitação [de DEUS]”, empregada para descrever a manifestação visível da presença e glória de DEUS. Moisés viu a shekinah de DEUS na coluna de nuvem e de fogo (Êx 13.21). Em Êx 29.43 é chamada “minha glória” (cf. Is 60.2). Ela cobriu o Sinai quando DEUS outorgou a Lei (ver Êx 24.16,17), encheu o Tabernáculo (Êx 40.34), guiou Israel no deserto (Êx 40.36-38) e posteriormente encheu o templo de Salomão (2Cr 7.1; cf. 1Rs 8.11-13). Mais precisamente, DEUS habitava entre os querubins no Lugar Santíssimo do templo (1Sm 4.4; 2 Sm 6.2; Sl 80.1). Isaías viu a Glória de DEUS e JESUS confirmou isto (Isaías 6.1; João 12:41). Jo Ezequiel viu a glória do Senhor levantar-se e afastar-se do templo por causa da idolatria infrene ali (Ez 10.4,18,19). O equivalente da glória shekinah no NT é JESUS CRISTO que, como a glória de DEUS em carne humana, veio habitar entre nós (Jo 1.14). Os pastores de Belém viram a glória do Senhor no nascimento de CRISTO (Lc 2.9), os discípulos a viram na transfiguração de CRISTO (Mt 17.2; 2Pe 18), e Estêvão a viu na ocasião do seu martírio (At 7.55).
  • Um terceiro aspecto da glória de DEUS é sua presença e poder espirituais. Os céus declaram a glória de DEUS (Sl 19.1; cf. Rm 1.19,20) e toda a terra está cheia de sua glória (Is 6.3; cf. Hc 2.14), todavia o esplendor da majestade divina não é comumente visível, nem notado. Por outro lado, o crente participa da glória e da presença de DEUS em sua comunhão, seu amor, justiça e manifestações, mediante o poder do ESPÍRITO SANTO (ver 2Co 3.18; Ef 3.16-19; 1Pe 4.14).
  • Por último, o AT adverte que qualquer tipo de idolatria é uma usurpação da glória de DEUS e uma desonra ao seu nome. Cada vez que DEUS se manifesta como nosso Redentor, seu nome é glorificado (ver Sl 79.9; Jr 14.21). Todo o ministério de CRISTO na terra redundou em glória ao nosso DEUS (Jo 14.13; 17.1,4,5).

II - POR QUE A GLÓRIA SAIU DO TEMPLO?

-(Ez 10.4 ) “SE LEVANTOU A GLÓRIA DO SENHOR”. (BEP - CPAD).

-O enfoque dos capítulos 10 e 11 é a retirada da glória e presença de DEUS do templo e da cidade. Primeiramente, a glória de DEUS retirou-se do lugar santíssimo, e colocou-se à entrada do templo (v. 4). Em seguida, retirou-se do templo e repousou sobre o carro-trono dos querubins (v. 18). Os querubins conduziram a glória de DEUS até à porta oriental do templo (v. 19), e então ela retirou-se totalmente da área do templo. Por fim, a glória divina deixou a cidade de Jerusalém e pousou sobre o monte das Oliveiras (11.23). (1) A glória de DEUS retirou-se do templo por causa do pecado e idolatria do povo. DEUS retirou-se da sua casa de modo relutante e aos poucos, mas por causa da

sua santidade, Ele teria de separar-se da idolatria do templo. -O que aconteceu com Israel e o templo pode também acontecer com as igrejas. Se os pastores tolerarem o pecado, e deixarem que Satanás e o mundanismo tomem pé, a glória e a presença de DEUS se afastarão da congregação, que se tornará uma igreja de aparência, sem as manifestações do ESPÍRITO SANTO (ver 1 Co 14). (3) Devemos buscar com zelo a glória e a presença de DEUS e, ao mesmo tempo, repelir todo pecado e mal na igreja (ver Hb 1.9). Qualquer outra atitude levará à transigência espiritual e ao juízo divino (ver Ap 2;3; cf. Dt 31.17; 1 Sm 4.21; Os 9.12)

-(Ez 11.23)”E A GLÓRIA DO SENHOR SE ALÇOU”. 

-A glória de DEUS retirou-se de Jerusalém e se pôs sobre o monte das Oliveiras (ver 10.4). Mais tarde, Ezequiel teve uma visão do retorno da glória divina, quando o Senhor estabelecer o seu reino eterno (43.1-4).

-(Ez 10.4) “Então, se levantou a glória do SENHOR de sobre o querubim para a entrada da casa”;

-Vejamos glória saindo: “Os querubins”, e a glória de DEUS sobre eles, “pararam à entrada da porta oriental da Casa do Senhor”, (v. 19).

-Mas observe com quantas paradas e pausas DEUS parte, como se não desejasse partir, como se desejasse ver se haveria alguém que intercederia junto a Ele para que retornasse. Nenhum dos sacerdotes no átrio interior, entre o templo e o altar, pediu que Ele ficasse. 

-Por isto, Ele deixa o seu átrio e fica à porta oriental, que leva ao átrio do povo, para ver se algum deles, no final, se colocaria na brecha. 

-Observe que DEUS se retira gradualmente de um povo provocador. Mas depois de estar pronto para partir em desprazer, retornaria a eles em misericórdia, desde que fosse, apenas, um povo arrependido que orasse.

(Ez 11-18-25)

- No ambiente da glória de Deus tudo é ordenado, nada é discrepante, todos exercem a sua função, formando uma unidade que é profícua e realiza a vontade do Senhor. Esta mesma harmonia se verifica na própria descrição que o profeta faz das rodas junto aos querubins e dos próprios querubins: todas as quatro rodas tinham uma mesma semelhança, como se estivesse uma roda no meio de outra roda e quando os querubins andavam, as rodas também andavam pelos seus quatro lados, não se virando quando andavam e para o lugar para onde olhava a cabeça, para esse andavam, não se virando quando andavam (Ez.10:9-12).

1- Nesta descrição do profeta, vemos, por primeiro, que todos eram guiados pela cabeça. Na Igreja, todos nós também temos de ser guiados pela cabeça, que é Cristo (Ef.5:23), Cristo que nos mandou o Espírito Santo, que nos faz sempre lembrar o que o Senhor Jesus nos diz (Jo.14:26; 16:13).

2- Por segundo, vemos que todas as rodas tinham uma mesma semelhança, assim como, na Igreja, todos somos filhos de Deus, todos temos de nos conformar à imagem de Cristo (Rm.8:29), para sermos, dentro do plano original divino, imagem e semelhança de Deus (Gn.1:26,27).

3- Por terceiro, a semelhança era tanta que parecia que uma roda estava no meio de outra roda. Devemos ser tão semelhantes a Cristo, que se forme uma unidade entre nós e Cristo, pois é este o propósito do Senhor para com a Sua Igreja, que todos sejamos um n’Ele, como Ele e o Pai são um (Jo.17:21).

- Por quarto, os querubins não se viravam quando andavam, andando para o lugar onde olhava a cabeça. A Igreja deve olhar para Cristo (Hb.12:2) e não se distrair, jamais perder o alvo pelo prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus (Fp.3:14), que é o trono de Cristo, onde Ele está a nos aguardar (Hb.12:2; Ap.3:21).

- Os querubins tinham quatro rostos: querubim, homem, leão e águia. Tem-se entendido que cada um dos rostos do querubim traz-nos uma das imagens pelas quais o Senhor Jesus é mostrado nos Evangelhos: como querubim, ou seja, como servo de Deus, no evangelho segundo Marcos; como homem, o homem perfeito, a expressa imagem e semelhança de Deus, no evangelho segundo Lucas; como leão, o rei dos animais, no evangelho segundo Mateus e, por fim, como águia, a ave que voa mais alto, como Filho de Deus, no evangelho segundo João.

- Os querubins, assim, sendo criaturas que estão diante da glória de Deus, mostram a plenitude da glória divina que veio à humanidade, Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, Deus feito homem, a esperança da glória (Cl.1:27).

-Que DEUS, pela Sua graça, os separaria de seus pecados, (v. 18). O seu cativeiro os curaria, eficazmente, da sua idolatria: Quando forem para lá, para a sua própria terra outra vez, “tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações”. Os seus ídolos, que tinham sido as coisas em que se deleitavam, agora serão considerados com ódio – não somente os ídolos da Babilônia, onde foram cativos, mas os ídolos de Canaã, onde eram nativos. Eles não somente não os adorariam, como tinham feito, mas não permitiriam que permanecessem como monumentos para eles: “Tirarão dela todas as suas coisas detestáveis e todas as suas abominações”. Observe que é na misericórdia que nós retornamos a uma condição próspera, quando não retornamos aos pecados e às loucuras que cometemos. “Que mais tenho eu com os ídolos?”

-Que DEUS lhes disporia poderosamente ao seu dever: Eles não somente deixariam de fazer o mal, mas aprenderiam a fazer o bem, porque não somente haveria um fim para seus problemas, mas um retorno à sua paz.

III - COMO A GLÓRIA RETORNARIA AO TEMPLO.

-A glória do Senhor retornaria para o templo (Ez 43.1-5). Após o retorno do cativeiro babilônico, os judeus tinham uma importantíssima tarefa: reconstruir o Templo e restaurar o culto ao Senhor. Mas, além das dificuldades, a obra foi embargada por determinação do rei Artaxerxes, da Pérsia, por causa de uma denúncia acusatória dos vizinhos e inimigos do povo judeu (Ed 3.8,9; 4.7,8,17-24). Por causa disso, a obra arrastou-se, o povo perdeu ânimo e tornou-se egoísta cuidando apenas de suas moradias (Ag 1.4).

-A glória retornaria com a mensagem do profeta Ageu. Enquanto o povo edificava, novo desânimo apoderou-se deles, foi nesta ocasião que Deus levantou o profeta Ageu (Ag 2.1-9). Os mais velhos, lembrando-se do esplendor do Templo de Salomão, mostravam-se decepcionados com o novo Templo, pois era inferior no tamanho e na suntuosidade da alvenaria. Os próprios alicerces eram bem menores em extensão e os recursos eram muito limitados. Mas Ageu veio com uma palavra de ânimo, dizendo que Deus derramaria seus recursos naquele edifício e estaria no meio do novo templo: “E encherei de glória esta casa, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.7). O profeta afirmou que: “A glória desta última casa será maior do que a da primeira, diz o Senhor dos Exércitos; e neste lugar darei a paz, diz o Senhor dos Exércitos” (Ag 2.9).

CONCLUSÃO: 

Biblicamente o caminho de volta da glória do Senhor na vida do crente envolve claramente a necessidade de vivermos uma vida santa por meio de várias exortações (Rm 13.13,14; Ef 4.17-24; Fp 4.8,9; Cl 3.5-10). A responsabilidade do crente quanto à santificação, é destacada pelo escritor aos Hebreus (Hb 12.14-a) (CHAMPLIN, 2002, p. 647). Sobretudo, a necessidade de uma vida santa é vista ao afirmar que: “[...] sem a santificação ninguém verá ao Senhor” (Hb 12.14-b). A vontade de Deus tem sido sempre de que seus filhos reflitam seu caráter (Tt 2.14). 

Sendo Deus Santo exige dos seus filhos a santificação (Lv 11.44; Lv 19.1,2; Lv 20.6; 1Pd 1.16). 

Santidade significa ser semelhante a Deus, ser dedicado a Deus e viver para agradar a Deus (Rm 12. Ef 1.4; 2.10). 

A perfeita obra de Deus realiza uma santidade real que conforma ao padrão de Deus (Rm 8.3-4; 1Pd 1.15-16). Assim a glória de Deus retorna a vida de cada crente e em geral se faz presente na vida da Igreja. Amém.



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