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AD Alagoas / Lições Bíblicas

01/10/2022

LIÇÃO 1 – EZEQUIEL, O ATALAIA DE DEUS

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO

O tema desse novo trimestre A JUSTIÇA DIVINA - A preparação do povo de Deus para os últimos dias no livro de Ezequiel, é por demais importante. Traz os Comentários do pastor Ezequias Soares da Silva. E Agora, teremos um trimestre que é um verdadeiro “estudo de caso”, algo que há tempos não tínhamos num trimestre, em que, a partir de um trecho das Escrituras, “in casu”, o livro do profeta Ezequiel, haveremos de nos aprofundar de como deve o povo de Deus se preparar para o arrebatamento da Igreja, que tanto se aproxima.


O livro do profeta Ezequiel, um dos profetas maiores, cujo ministério se desenvolveu precisamente nos momentos finais da história do reino de Judá, quando o profeta, já no cativeiro, foi usado por Deus para alertar o povo sobre o cumprimento das profecias que indicavam que o povo seria levado todo cativo para a Babilônia e perderia a posse da Terra Prometida, mas que, apesar disso, ainda estava de pé a proposta divina para tornar Israel uma nação sacerdotal e um povo santo, que intercederia no culto de toda a humanidade ao Senhor (Ex.19:5,6).

Ezequiel é levantado por Deus, portanto, para que o povo fosse alertado para a apostasia existente, para o cumprimento da Palavra de Deus com relação a este fato lamentável, com o exílio, mas, simultaneamente, é convidado a se arrepender e a não perder sua fé nas promessas de restauração e de estabelecimento a comunhão de Israel com o Senhor.

I - QUE SIGNIFICA SER UM ATALAIA.


-Atalaia tem o significado de “vigia, sentinela ou guarda” (HOUAISS, 2001, p. 330). A Bíblia fala sobre atalaias tanto no sentido literal quanto simbólico. A palavra atalaia vem do termo hebraico “tzaphah” (lê-se: tzafá), que significa: “tomar cuidado; espiar; olhar ao redor; vigiar; guardar; prestar atenção” (Ez 3.17-21; 33.2-9). Os atalaias tinham a função de advertir sobre a aproximação de uma força inimiga a fim de guardar uma cidade, uma aldeia, um acampamento ou mesmo um povo. Eles andavam pelas ruas da cidade como vigias ou ficavam sobre os muros e torres das cidades fortificadas (2Sm 18.24; 2Rs 9.17-20). Nos acampamentos móveis, os sentinelas eram os responsáveis por vigiar e guardar o assentamento especialmente durante a noite. Os atalaias também podiam ficar em torres de vigia espalhadas pelo deserto ou sobre um monte elevado para avisar do perigo iminente do inimigo (Hc 2.1).

Com essa mensagem do profeta, que o Senhor diz ser o Seu “atalaia” sobre a casa de Israel (Ez.3:17; 33:7), iremos também refletir sobre o período de apostasia reinante entre os que cristãos se dizem ser, já amplamente profetizado nas Escrituras (Mt.24: 12; II Ts.2:3; I Tm.4:1), a fim de que, atendendo à mensagem profética, venhamos também a nos arrepender de nossos pecados, aumentar a nossa fé em Deus e, assim, desfrutar das promessas (II Pe.1:4), que não são as anunciadas por Ezequiel, que são voltadas para Israel, mas que nos levarão, primeiramente, para o encontro do Senhor nos ares (I Ts.4:17) e, depois, para, com Cristo, na condição de reis e sacerdotes (Ap.1:6), virmos o cumprimento de tudo quanto foi profetizado por Ezequiel para o milênio (Ap.20:6).

Que, ao término deste trimestre e ano, estejamos cônscios de que falta muito pouco tempo para o arrebatamento da Igreja e que devemos seguir os conselhos divinos trazidos pelo profeta Ezequiel para que não sejam tragados pela apostasia, não sejamos destruídos pelo pecado e, confiantes em Deus, estejamos bem preparados para que desfrutemos, na condição de reis e sacerdotes, das promessas feitas por Ezequiel a Israel, reinando com Cristo durante o milênio.

- Neste trimestre, à luz da mensagem do profeta Ezequiel ao povo de Judá levado cativo, refletiremos sobre nós nestes últimos dias da dispensação da graça.

II – O CONTEXTO DA VIDA DO PROFETA EZEQUIEL


- Ezequiel, filho de sacerdote, foi um dos judeus que havia sido levado cativo para a Babilônia na terceira deportação determinada por Nabucodonosor (Cf. Ez.1:1 e II Rs.24:12-14), tendo ido habitar às margens do rio Quebar, um rio da Mesopotâmia onde Nabudonosor instalou uma colônia de judeus. Os estudiosos não definiram, com precisão, a exata localização deste rio, que pode, muito bem, ter sido algum dos muitos canais artificiais que os babilônios construíram ao longo do rio Eufrates. Foi ali, depois de cinco anos de exílio, que o profeta passou a ter visões de Deus e a receber mensagens para transmitir ao povo cativo.

- O nome do profeta, “Ezequiel” (‘Yekhezkale”) significa “Deus fortalecerá” ou “Deus prevalecerá”. Como costuma ocorrer com os profetas, seu nome está intrinsecamente vinculado com a sua mensagem.

- Em meio a tanta apostasia espiritual, na iminência do juízo máximo previsto para Israel no chamado “pacto palestiniano” (Dt.27:11-26; Js.8:30-35), que era a perda da posse da Terra Prometida em virtude da desobediência continuada (Lv.26:27-39; Dt.28:63-68), Ezequiel vem lembrar ao povo de que Deus não muda (Ml.3:6) e que faria cumprir a Sua Palavra, retirando os israelitas da Terra Prometida e lhes dando o devido castigo.

- No entanto, ao mesmo tempo, Ezequiel também relembraria o povo de que haveria a também prometida restauração (Lv.26:40-45; Dt.30:1-10) e, nesta restauração, ter-se-ia um novo templo e o reinado messiânico, com a tão almejada conversão de Israel ao Senhor, o que também foi profetizado pelo seu contemporâneo Daniel (Dn.9:24-27).

- Ezequiel, portanto, mostra ao povo de seu tempo, e a nós, que Deus sempre está no controle de todas as coisas, que não deixa passar uma só letra do que disse sem que haja o devido cumprimento e que, portanto, é Ele quem nos fortalece para que Lhe sejamos fíéis e obedientes, para desfrutarmos das Suas promessas, mas também quem prevalecerá, de modo que todos os que lhe forem infiéis serão devidamente castigados.

- Em nossos dias não é diferente. Além das vozes que o Senhor levanta para expor a Sua Palavra ao povo, mostrando claramente que as profecias estão se cumprindo e que Jesus está às portas, há também os próprios fatos que gritam e revelam que estamos no tempo final da Igreja sobre a face da Terra. Entretanto, a exemplo dos dias de Ezequiel, a maior parte do povo continua desatento, indiferente, sem se preparar convenientemente e só perceberão, se é que vão perceber, quando a porta da graça já tiver se fechado (Mt.25:11-13)

III - A MENSAGEM DO ATALAIA


-O atalaia prega mesmo que os homens ouçam ou deixem de ouvir (Ez 2.5,7). A missão de Ezequiel era transmitir a Palavra do Senhor (Ez 2.4; 3.11,27; 5.7,8; 6.3,11; 11.5,7,16,17), não importava se o povo ouvisse ou deixasse de ouvir, ou seja, obedecesse ou não a sua palavra (Ez 2.5,7; 3.11). Neste texto, os judeus são chamados de “casa rebelde” por causa de sua rebelião (Dt 9.23,24; Sl 78.8; Jr 5.23). O termo hebraico é “mãrah” e tem o sentido de “obstinação”, “teimosia” e “rebeldia”. Esta expressão aparece treze vezes no livro (Ez 2.5,6,8; 3.9,26,27; 12.2,3,9,25; 17.12; 24.3; 44.6). Mas, o Senhor lhe diz que, ainda que eles não guardassem os mandamentos divinos, não poderiam alegar inocência, pois eles saberiam que um profeta autêntico e verdadeiro esteve no meio deles (Ez 33.33).

-O atalaia prega mesmo para um povo de semblante duro e obstinado de coração (Ez 2.4). Este texto é, praticamente, uma repetição do versículo 5; mas, não foi repetida por acaso, e sim, para dar ênfase a difícil missão de Ezequiel, que era transmitir a Palavra de Deus a uma nação de “semblante duro e obstinada de coração” que se recusava a admitir os seus pecados (Jr 8.4-9). Por isso, o Senhor diz a Ezequiel que ele deveria obedecer ao chamado divino, pois seu dever, como porta-voz, era ouvir a voz de Deus e entregar a mensagem ao povo, “quer ouçam quer deixem de ouvir...” (Ez 3.11).

-O atalaia prega sem temer aos homens maus (Ez 2.6). Profetizar nos dias de Ezequiel não era uma tarefa fácil, principalmente por causa dos pecados da nação (Dn 9.5,7,10,11). O povo judeu é comparado a “sarças, espinhos e escorpiões” por causa de sua maldade e apostasia (Jr 37.15,16; 38.6). Mas, o Senhor disse que Ezequiel não deveria temer nem o povo e nem as suas palavras (Ez 2.6; 3.9). Em outras ocasiões, o Senhor também, transmitiu palavras de encorajamento a Josué (Js 1.9); a Jeremias (Jr 1.8); a Daniel (Dn 10.12,19); e outros. O Senhor Jesus também advertiu aos discípulos, dizendo: “Eis que vos envio como ovelhas ao meio de lobos” (Mt 10.16); mas, prometeu estar conosco todos os dias (Mt 28.20).

-O atalaia prega a mensagem de salvação ao homem mais também de condenação ao pecado (Ez 2.9,10). Enquanto Ezequiel estava ouvindo a voz do Senhor, ele viu uma mão estendida, dando-lhe um rolo de um livro, contendo “lamentos, suspiros e ais”, ou seja, mensagens de destruição, sofrimento e tristeza. Isto nos faz lembrar que, embora ele tenha sido chamado para profetizar sobre a esperança de restauração para o povo judeu (Ez cap. 33-48); sua principal mensagem era de juízo contra Judá (Ez cap. 1-24) e contra algumas nações estrangeiras, tais como: Amom, Moabe, Edom, Tiro, Sidom e Egito (Ez cap. 25-32). Assim também é a pregação do Evangelho, pois ela contém mensagem de salvação e vida eterna, para os que creem em Cristo; mas, também, de condenação e perdição, para aqueles que o rejeitam (Mt 7.13,14; Mc 16.15; Jo 3.16,17,36).

- Assim como Ezequiel, nós, que fazemos parte da Igreja, também temos de ser “atalaias”, temos de também estar a esperar o Senhor Jesus vir arrebatar a Sua Igreja (Cf. I Ts.1:10).

- O Senhor chama Ezequiel de “filho do homem” (Ez.2:1). É extremamente elucidativa esta expressão divina. Reconhece que Ezequiel, apesar de ter sido chamado para ser profeta, era um ser humano e, como tal, sujeito a falhas e a fraquezas próprias da natureza humana.

- Deus sabia que estava chamando um homem para esta missão. Deus bem sabe que somos humanos, limitados, imperfeitos e falhos, mas, mesmo assim, conta conosco, quer nos usar na Sua obra, quer nos fazer Seus instrumentos para levar a salvação aos outros.

- Por saber que somos homens, o Senhor providencia os meios de que não dispomos para podermos realizar a Sua obra. A nossa humanidade não pode servir de desculpa para o fracasso, para a covardia, para a desobediência. Antes, é um incentivo, um estímulo para confiarmos em Deus, pois Ele sabe que somos homens, e que, assim, dependemos integralmente do Seu poder, da Sua ajuda.

- Temos de fazer a obra de Deus, e iremos fazê-la, mas nunca nos esqueçamos que somos meros homens (Sl.9:20) e, portanto, sem o Senhor nada poderemos fazer (Jo.15:5), somos integralmente dependentes de Seu poder, que pertence somente a Ele (Sl.62:11).

- Ezequiel fora escolhido por Deus, mas não deixava de ser “filho do homem”. Assim, tinha de compreender a sua dependência de Deus, mas se dispor a cumprir a sua missão. Não podemos nos considerar autossuficientes, “supercrentes”, mas também não podemos invocar nossa humanidade para fracassar.

CONCLUSÃO

Que Deus nos ajude a sermos verdadeiros Atalaias, nessa última hora. A missão da igreja seja Pregar o Evangelho e ganhar os últimos molhos de almas para os celeiros celestiais.(Mt 9:38).



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