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AD Alagoas / Lições Bíblicas

21/09/2019

LIÇÃO 12- A MORDOMIA DO CUIDADO COM A TERRA

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


INTRODUÇÃO:

- Quando Deus criou a Terra, não a deixou sem governo, mas criou, também, um mordomo habilitado para administrá-la. O salvo precisa ter consciência de sua responsabilidade para com o meio ambiente.

I – TEXTO BÍBLICO

Gênesis 1.26-30

V, 26 - E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra.

V, 27 - E criou Deus o homem à sua imagem; à imagem de Deus o criou; macho e fêmea os criou.

V, 28 - E Deus os abençoou e Deus lhes disse: Frutificai, e multiplicai-vos, e enchei a terra, e sujeitai-a; e dominai sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre todo o animal que se move sobre a terra. V, 29 - E disse Deus: Eis que vos tenho dado toda erva que dá semente e que está sobre a face de toda a terra e toda árvore em que há fruto de árvore que dá semente; ser-vos-ão para mantimento.

V, 30 - E a todo animal da terra, e a toda ave dos céus, e a todo réptil da terra, em que há alma vivente, toda a erva verde lhes será para mantimento. E assim foi.

II - A PRESERVAÇÃO DO MEIO AMBIENTE

1. Ecologia. Esta é uma palavra técnica e científica, alusiva a nossa subsistência como seres vivos. Ela tem a ver com o cuidado que devemos ter com as coisas que dão sustentação à vida na Terra. É a preservação do meio ambiente. O elemento inicial do termo ecologia, eco, vem de oikos, habitação. Ecologia é, pois, a ―ciência do habitat‖, ou seja, o conhecimento do mundo físico que habitamos. O ar puro, os alimentos saudáveis, a água, a vegetação e a vida animal são elementos vitais que precisam estar em perfeita harmonia com a natureza criada (Gn 1.20-25). Deus criou o homem para que o mesmo fosse seu mordomo no controle e preservação das coisas criadas (Gn 1.26-28).

2. Ecossistema. ―Todo conjunto formado por um ambiente inanimado (solo, água, atmosfera) e os seres vivos que habitam na terra‖ (Gn 1.6-10). A Terra tem um rico ecossistema que faculta aos seres vivos as condições de viverem harmoniosamente. Esses seres: animais e vegetais vivem em função uns dos outros (Gn 1.11,12,20-22). Se tal sistema vital for desrespeitado, muitos danos e desequilíbrios prejudicarão a todos, o que vem ocorrendo por toda a parte, pela ação predatória, ilegal e criminosa do ser humano. O desmatamento irracional e perverso das florestas; a poluição dos rios e mares; a fumaça industrial na atmosfera; e tantos outros elementos corrosivos da natureza, alteram todo o ecossistema. Uma vez alterado o ―meio-ambiente‖, as consequências serão desastrosas, tais como acontece com as enchentes, a mortandade de peixes dos rios, enfim, a destruição da flora e da fauna em geral. Essa realidade deve despertar a Igreja de Cristo para o cumprimento do seu papel na sociedade, ensinando os cristãos a portarem-se com sabedoria nesse ambiente criado por Deus para nele vivermos, habitarmos e sermos felizes.

Desenvolvimento sustentável. Devemos nos preocupar com esta questão na Escola Dominical? Lembremo-nos que nós como igreja, somos ―o sal da terra e a luz do mundo‖ (Mt 5.13,14). O crente deve ser exemplo também como cidadão e membro da comunidade. É evidente que a comunidade política e a científica, e não a igreja, devem ser os vanguardeiros nesta luta, mas a igreja também, pois, enquanto aqui estivermos, usaremos os bens e os recursos deste mundo com a devida prudência e sabedoria (1Co 7.31). OBS: Preserva os ―rastros‖ de Deus - A crença na existência de Deus sempre esteve vinculada às suas obras, entrementes, muitas filosofias foram criadas sobre a natureza como o panteísmo por exemplo, que confunde o Criador com a criatura. Biblicamente a natureza significa o mundo criado, onde Deus faz imperar suas leis e desenvolve seus propósitos. Neste sentido, a criação provê uma notável lição objetiva que nos ensina a grandiosidade de Deus, sua sabedoria, poder e incontestável majestade. Como diz as Escrituras: ―Porquanto o que de Deus se pode conhecer neles se manifesta, porque Deus lho manifestou. Porque as suas coisas invisíveis, desde a criação do mundo, tanto o seu eterno poder, como a sua divindade, se entendem, e claramente se veem pelas coisas que estão criadas, para que eles fiquem inescusáveis‖ (Rm 1.19,20). Para que o homem se conscientize do cuidado que deve ter com o meio ambiente e a natureza, deve, em primeiro plano, crer incondicionalmente na existência de um Deus criador, pessoal e presente que jamais abandonou suas criaturas ao sabor do acaso (Artigo — Prof. Marcos Tuler — chefe de Educação Cristã, CPAD).

III - O ECOSSISTEMA CRIADO POR DEUS

1. O que o ecossistema representa para o homem. Ecossistema diz respeito ao equilíbrio da natureza criada; o ambiente do qual dependemos para viver. Quando Deus criou os céus e a terra (Gn 1.1-3.6-11,14- 18,20,21,24-28), estabeleceu regras e leis naturais para preservação do ―meio ambiente‖, com todos os elementos vitais da natureza que são a água, a terra, a vegetação, a atmosfera, os animais e o homem. Deus criou os céus e a terra do nada, isto é, sem o uso de material preexistente. Porém, o homem físico foi feito da argila da terra, isto é, ―formado do pó da terra‖ (Gn 2.7). Os elementos moral e espiritual, alma e espírito, foram criados por Deus. Aqui merece destaque o fato de que a primeira criatura humana foi formada a partir de algo já existente, a terra, e foi-lhe conferida a capacidade de governá-la e preservar seu sistema de subsistência.

2. Deus plantou um jardim para o homem (Gn 2.8). Deus, ao preparar o jardim do Éden para o homem, entregou-lhe a missão de administrá-lo e preservar os seus valores. O homem foi feito mordomo de Deus na terra. (Gn 1.26; 2.15; Sl 8.6).

3. Deus estabeleceu leis naturais de preservação para o mundo criado. Ele estabeleceu leis que regulam todo o sistema físico criado, não só na terra, mas em todo o orbe. Ele fez separação entre dia e noite (Sl 74.16; 148.3). Ele criou as estações e climas que promovem as mudanças e renovações de temperatura e suas manifestações (Gn 1.14; 8.22; Sl 74.17). Ele controla a natureza de todo o universo (Sl 19.1-6). Ele faz soprar os ventos e controla a medida das águas dos rios e mares (Jó 28.25). Ele criou leis biológicas onde as espécies se multiplicam e obedecem a estas leis (Gn 1.11,12). Ele criou as leis da meteorologia, isto é, as leis que regulam as estações, com sol, chuva, frio e calor (Jó 28.26; At 14.17). A preservação do meio ambiente é uma obrigação de toda a criatura humana. As consequências do descumprimento disso estão se tornando trágicas. Nada temos a ver com o movimento filosófico religioso (e disfarçadamente ocultista) da Nova Era que endeusa o assunto em apreço, mas, por outro lado, somos administradores designados por Deus, da água que bebemos, das plantas que a terra nos dá para mantimento e do ar oxigenado que respiramos.

4. Deus criou o homem e o tornou o centro desse ecossistema. Ao criar o homem, Deus o dotou de santo temor, de capacidade, de inteligência, sentimento e vontade, por isso, o homem foi criado à sua imagem e semelhança (Gn 1.26-28). Essa capacidade racional e sentimental tinha por objetivo fazer do homem o centro de toda a criação, o mordomo da criação. Por causa do pecado, a alma humana foi corrompida, e o homem passou a agredir os bens criados pelo Todo-Poderoso, isto é, o meio ambiente vem sendo agredido por causa do pecado e os seus recursos naturais prejudicados.

5. O homem foi feito guardião do meio em que vive. A Bíblia declara que o homem foi posto no jardim do Éden para o lavrar e guardar (Gn 2.15). Portanto, um mordomo é um guardião das coisas que Deus criou para benefício do próprio homem. O pecado afetou as relações entre o Criador e sua criatura (Ef 2.12-17). O próprio Deus preparou um plano de restauração dessa relação, estabelecendo a paz com o homem e desfazendo a inimizade.

IV – A MORDOMIA CRISTÃ NO CUIDADO COM A TERRA:

Desde a Queda, o homem deixou de tratar da terra como deveria, e até incorrendo no outro extremo de divinizar a natureza, como alguns chamam de “mãe terra ou mãe natureza” (Rm 1.25). No entanto, Deus deu ordens para que ela fosse devidamente administrada. Vejamos:

4.1 No trato com o solo. Deus deixou estabelecido em Sua Palavra, o princípio de preservação do solo (Gn 2.15; 8.22), de modo que a terra não deveria ser usada demasiadamente, sem o devido descanso: “Também seis anos semearás tua terra e recolherás os seus frutos; mas, ao sétimo, a soltarás e deixarás descansar [...] (Êx 23.10,11 ver Lv 25.1-5; 26.34,35). Apesar deste princípio ser claro, há alguns hoje que pensam só nos seus lucros, não na saúde da terra; priorizam o sucesso imediato e presente, e desconsideram as consequências futuras dessa má administração (Is 24.1-12; Jr 12.4; Jl 1.10,20). A quebra desse princípio foi uma das razões que levou Judá ao cativeiro babilônico (Lv 26.43; 2Cr 36.21). A ideia de sujeitar a terra (Gn 1.28), não significa que devemos escravizá-la para satisfação de nossos desejos de lucros, dando vazão a uma exploração ilimitada dos seus recursos. Como cristãos, devemos ter zelo pela criação divina, tendo preocupação ecológica, uma vez que, a ira de Deus será derramada sobre os que destroem a terra (Ap 11.18).

4.2 No trato com as árvores. O princípio do cuidado com a flora, fica evidente também na narrativa de Gênesis: “E tomou o SENHOR Deus o homem e o pôs no jardim do Éden para o lavrar e o guardar” (Gn 2.15). Esse cuidado era necessário para a manutenção do jardim do Éden, uma vez que a deterioração é própria das coisas finitas que vieram a existência, não há nada na terra que não exija manutenção. Sobre o trato com as árvores Deus diz: “Quando sitiares uma cidade por muitos dias, pelejando contra ela para a tomar, não destruirás o seu arvoredo, metendo nele o machado, porque dele comerás; pelo que o não cortarás (pois o arvoredo do campo é o mantimento do homem), para que sirva de tranqueira diante de ti” (Dt 20.19). Num contexto de guerra, onde a ética dos homens muda, e o que tem valor pode vir a perdê-lo; Deus ressalta a importância de se tratar corretamente do arvoredo ou das florestas, visto que é fundamental para a existência humana. Se antes da Queda a flora precisava de cultivo e proteção, quanto mais agora, quando a maldição está sobre o habitat humano (Gn 3.17; Rm 8.19-22).

4.3 No trato com os animais. O domínio do homem sobre os animais, também fica evidente no relato da criação: “E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa semelhança; e domine sobre os peixes do mar, e sobre as aves dos céus, e sobre o gado, e sobre toda a terra, e sobre todo réptil que se move sobre a terra” (Gn 1.26). O cuidado com a fauna, também é visto nas Escrituras de forma abrangente: (a) a lei de descanso para os animais (Êx 20.10; 23.12); (b) o cuidado com a sua alimentação (Êx 23.11; Dt 25.4; Jó 38.39-41; Sl 147.9); (c) na preservação das espécies (Gn 6.19; Dt 22.6,7; Sl 36.6; Jn 4.11); e, (d) contra os maus tratos (Êx 23.4,5,12; Nm 22.27-31; Dt 22.10; Pv 12.10; Sl 11.5; Lc 14.5). Pelo texto bíblico, aprendemos que, Deus nunca autorizou tratar os animais com crueldade. Ele se preocupa e cuida até do mais simples animal (Sl 104.24-30; 145.16; Is 56.8,9; 2Rs 3.17). Salientamos porém, que apesar de toda a preocupação de Deus em relação aos animais, eles não foram criados com a capacidade de raciocinar ou ter espiritualidade (2Pd 2.12; Jd 19), sendo assim, não devem ser tratados como pessoas, ou seja, humanizados (Lc 13.15; 14.1-5; Mt 6.26; 10.31; Lc 12.7). Afinal, a Bíblia descreve o tempo em que, sob o Reino de Cristo no Milênio, entre outros efeitos, virá a administração correta do planeta, prevalecendo a harmonia entre o homem e os animais como era no princípio (Is 11.6-8).

CONCLUSÃO

Deus quer que nós preservemos a criação, que é a sua propriedade (Sl 24.1). Como mordomos do Senhor, cuidemos bem daquilo que Deus nos deu para o nosso deleite. O pecado transtornou a natureza. Mas há promessa de Deus para a restauração da Terra. Isso ocorrerá quando o Senhor Jesus implantar pessoalmente o Reino Milenial neste mundo. Como mordomos cuidemos da terra.



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