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AD Alagoas / Lições Bíblicas

06/07/2019

Lição 1 - O que é a Mordomia Cristã?

Comentário da lição bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Introdução : Nesta primeira lição, estudaremos sobre Mordomia, um assunto importante e proeminente em toda a Bíblia. Os seus elementos básicos estão evidentemente presentes na parábola de Jesus sobre os mordomos fiéis e infiéis (Lucas 12:42-48). Mordomia é para a mensagem bíblica o que o fermento é para, o pão. Ela produz acção e crescimento. Vamos aprender que Mordomia envolve um relacionamento servo/Senhor. Neste relacionamento, aos mordomos (servos) é dada a responsabilidade de cuidar de outras pessoas e dos bens do dono (Senhor). Os mordomos são responsáveis pela sua conduta pessoal perante o seu Senhor em cada aspecto do seu relacionamento.

I- O QUE É MORDOMIA: Mordomia cristã significa que Deus nos constituiu como mordomos de toda a sua criação. Confiou aos homens o domínio de suas obras. Em decorrência disso, Ele requer que cada um exerça a mordomia com fidelidade e prudência, pois um dia haveremos de prestar-lhe contas por tudo que fizemos. Devemos entender que mordomia é administrar tudo que o Senhor colocou em nossas mãos. Nesse texto a ser estudado, ele envolve a mordomia de Ministros que tem a reponsabilidade de cuidar de almas que fazem parte do Reino de Deus. Jesus deu instruções aos seus discípulos, como principalmente aos que seriam seus apóstolos advertindo-os sobre a responsabilidade que teriam como mordomos na continuidade da Sua obra depois que ascendesse ao céu. Jesus os conscientizou para não pensarem de que pelo fato de terem caminhado com Ele em Seu ministério salvífico estariam imunes de algum juízo em suas ações. O serviço de mordomia cristã é condicional como é exercido, pois se não for como o Senhor aguarda que seja feito, o juízo será severo e sem misericórdia. Vejamos exemplos dados por Jesus.

1-Todo ministro um dia irá prestar contas a Cristo pelo seu serviço de mordomia.

Lucas 12.42 - E disse o Senhor: O qual é, pois, o mordomo fiel e prudente, a quem o senhor pôs sobre os seus servos, para lhes dar a tempo a ração? Lucas 12.43 - Bem-aventurado aquele servo a quem o senhor, quando vier, achar fazendo assim. Lucas 12.44 - Em verdade vos digo que sobre todos os seus bens o porá.

O cristão que quer ser um ministro do evangelho, primeiramente deve procurar saber, se Cristo o quer como ministro. Em primeiro lugar para ser um ministro é preciso ter chamada de Cristo para esse ofício. Caso tenha essa chamada, não pode se antecipar, pois não é pelo fato de ter uma chamada, que já pode exercer esse ofício. Quando Cristo chamou os doze discípulos, Ele os preparou teologicamente para darem sequencia ao seu ministério salvífico após retornar as dimensões celestiais. Ele os preparou teologicamente durante os três anos da Sua missão para que com conhecimento e sabedoria da palavra estivem aprovados para exercer a responsabilidade a qual lhes foi incumbida. Significa que para exercer esse ofício é necessário ter o preparo teológico no sentido de estar capacitado para cuidar das ovelhas de Cristo. Esse ofício não é para qualquer um, porém tem muitos aventureiros que insistem nisso, mesmo não tendo chamada, ou preparo para serem ministros, ignorando o risco que correm. (Atos 20:28 Concluindo, tende cuidado de vós mesmos e de todo o rebanho sobre o qual o Espírito Santo vos estabeleceu como epíscopos para pastoreardes a Igreja de Deus, que Ele comprou com o sangue do seu Filho Unigênito).

2-Todo ministro espancador de ovelhas não pode ascender aos lugares celestiais.

Lucas 12.45 - Mas, se aquele servo disser em seu coração: 0 meu senhor tarda em vir, e começar a espancar os criados e criadas, e a comer, e a beber, e a embriagar-se, Lucas 12.46 - virá o Senhor daquele servo no dia em que o não espera e numa hora que ele não sabe, e separá-lo-á, e lhe dará a sua parte com os infiéis.

Não haverá atenuante para aquele que mesmo tendo chamada e preparo teológico e que no decorrer do seu ministério venha a ter mudanças de comportamento, não condizentes com a palavra de Deus. Tem ministros que com o tempo vindo o seu ministério a ser bem sucedido e com muita prosperidade, o sucesso lhe sobe a cabeça e passa a focar mais os rendimentos recolhidos. Com isso se achando bem sucedido aos seus próprios olhos começa a ter uma cauterização mental se esquecendo que Deus quer fidelidade dos seus ministros. Nessa condição ele já não se preocupa mais com a sua vida espiritual que pode se finalizar pela morte, ou pela vinda do Senhor na ocasião do arrebatamento. O bom cuidado com os congregados depende do relacionamento que o ministro tem com o Senhor e, quando isso está prejudicado é certo que os congregados sofrerão os resultados da falta de espiritualidade e compromisso com a obra desse ministro. Os ministros fiéis serão separados dos infiéis; os fiéis serão recompensados, mas os ministros infiéis perderão a sua recompensa e poderá ir para o juízo final. A salvação eterna é somente para os fiéis e, não para os infiéis. (Apascentai o rebanho de Deus, que está entre vós, tendo cuidado dele, não por força, mas voluntariamente; nem por torpe ganância, mas de ânimo pronto; Nem como tendo domínio sobre a herança de Deus, mas servindo de exemplo ao rebanho. 1 Pedro 5:2,3).

II-A IMPORTÂNCIA DA MORDOMIA CRISTÃ:

Esta doutrina nos ensina pelos três coisas imprescindíveis a vida cristã. Notemos:

1-A consciência de que nada temos. Tudo é de Deus, nada possuímos (1 Cr 29.14; Jo 3.27; Tg 1.17). Jó tinha consciência de que tudo o que tinha foi Deus quem lhe deu: “E disse: Nu saí do ventre de minha mãe e nu tornarei para lá; o SENHOR o deu, e o SENHOR o tomou: bendito seja o nome do SENHOR” (Jó 1.21). Paulo tinha essa consciência também por isso orientou ao jovem obreiro Timóteo que exortasse aos cristãos ricos dizendo: “porque nada trouxemos para este mundo e manifesto é que nada podemos levar dele” (1 Tm 6.7).

2-A consciência de que precisamos ser sábios e fieis na administração do que nos foi confiado. Salomão assumiu o reinado ainda muito jovem. Reconhecendo sua pouca experiência e a tamanha responsabilidade que recebeu de Deus, rogou-lhe sabedoria (1 Rs 3.7-12). Paulo disse que o despenseiro precisa ser achado fiel: “além disso, requer-se nos despenseiros que cada um se ache fiel” (1 Co 4.2). A expressão “requer” no grego é “zeteo” que significa: “exigir algo de alguém”, evidenciando o que Deus exige de cada servo seu. Isto foi ensinado por Jesus (Mt 24.45; 25.21; Lc 19.17).

3- A consciência de que seremos julgados quanto a nossa mordomia. O Tribunal de Cristo será o dia da prestação de conta da nossa vida; da nossa mordomia cristã, da nossa diaconia. Cada crente será julgado como servo de Deus, quanto à sua fidelidade no serviço prestado a Deus (1Co 4.2-6; 2Co 5.10). Não será um julgamento de pecados do crente (Rm 8.1; Jo 5.24), mas das obras do crente (Ap 22.12; 14.13). Todos os salvos serão julgados, e não apenas alguns (Rm 14.10; 2Co 5.10). No Arrebatamento, Jesus que conhece as nossas obras (Ap 2.2,9,13,19; 3.8,15), trará consigo o resultado, a avaliação de nosso trabalho. Existem cinco critérios deste julgamento que envolvem: (a) a “lei da liberdade cristã” (Tg 2.12); (b) a qualidade do trabalho que fazemos para Deus (Mt 20.1-16); (c) o “material” empregado no trabalho feito para Deus (1 Co 3.8,12-15); (d) a conduta do crente por meio do seu corpo (2 Co 5.10); e, (e) os motivos secretos do nosso coração (1 Co 4.5; Rm 2.16) (GILBERTO, 2009, p. 376).

Conclusão: Somos mordomos de Deus, não porque escolhemos sê-lo, mas porque Deus nos fez mordomos quando nos chamou e nos resgatou pela sua graça. Deus é o Criador de tudo e tem-nos dado essa responsabilidade. Somos responsáveis diante d’Ele por tudo o que nos tem colocado em nossas mãos. A nossa conduta deve reflectir o nosso compromisso com a mordomia fiel.

Cristo é o Senhor! De facto, Ele é o Senhor. Não fomos nós que o fizemos Senhor. Podemos aceitar ou rejeitar o Seu senhorio. Mas “Deus o fez Senhor e Cristo” (Actos 2:36).

A parábola de Jesus (Lucas 12:42) adverte-nos que devemos reconhecer a Deus como criador e Cristo como Senhor. 

A fé cristã é o depósito espiritual, acumulado durante toda a vida cristã. Seu valor é inestimável em termos humanos ou materiais. Sem dúvida, a fé tem sentido espiritual profundo naquilo que o crente deve guardar para não perder a sua “coroa” (Ap 3.11). Paulo, antevendo o final de sua vida, serenamente esperou a morte com resignação e coragem. Ao escrever para seu jovem discípulo, Timóteo, disse: “Combati o bom combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda” (2 Tm 4.7,8).

-O apóstolo dos gentios tinha convicção de que todas as lutas pelas quais passara, em meio a tribulações diversas, nas perseguições que sofrera, tanto dos judeus quanto dos “falsos irmãos”, bem como as enfermidades que lhe acometeram, a ingratidão de tantos a quem ajudou, o desprezo de alguns, tudo isso lhe assegurou experiências especiais com Cristo para que chegasse ao fim da jornada cristã, não como derrotado, frustrado ou decepcionado. Pelo contrário, como um vencedor, um campeão da fé. Ele sentiu-se um vencedor não de um combate qualquer, mas do “bom combate”, ou nobre (gr. kalon) combate, tomando esse termo como uma metáfora emprestada das competições nos esportes, que ele bem conhecia, ou dos combates militares, que lhe eram bem familiares. Ou seja, ele não combatera de qualquer forma, mas de maneira legítima e nobre. 

Ele exortou Timóteo a lutar e a sofrer a seu lado no grande combate pela fé cristã. “Sofre, pois, comigo, as aflições, como bom soldado de Jesus Cristo. Ninguém que milita se embaraça com negócio desta vida, a fim de agradar àquele que o alistou para a guerra. E, se alguém também milita, não é coroado se não militar legitimamente” (2 Tm 2.3-5). Se houve alguém que lutou de forma aguerrida o combate cristão, esse alguém foi Paulo. Em seu “cântico de vitória”, descrevendo lutas, vicissitudes e obstáculos, ele declarou de forma solene: “Mas em todas estas coisas somos mais do que vencedores, por aquele que nos amou. Porque estou certo de que nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as potestades, nem o presente, nem o porvir, nem a altura, nem a profundidade, nem alguma outra criatura nos poderá separar do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor!” (Rm 8.37-39). Nos seus últimos dias, Paulo confirmou perante Timóteo e os irmãos em Cristo que estava consciente de que combatera o bom combate, acabara a carreira e guardara “a fé” (2 Tm 4.7,8). Ele foi um mordomo fiel e sabia que seria galardoado por Deus com “a coroa da justiça”.



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