INTRODUÇÃO
Há uma relação especial entre o sacerdócio levítico e o sacerdócio cristão. Enquanto o levítico foi estabelecido em Arão, o do Novo Testamento foi estabelecido em Cristo, segundo a ordem de Melquisedeque. Nesta lição, veremos como se deu a escolha dos sacerdotes do Antigo Testamento. Veremos também a importância de suas vestimentas como sinal de autoridade para o serviço divino. E, finalmente, mostraremos por que o sacerdócio de Cristo é superior. Ele é o Sumo Sacerdote perfeito!
I. A ESCOLHA DOS SACERDOTES (Êx 28.1)
Deus escolheu a linhagem sacerdotal levítica, e não Moisés. Essa escolha indicava a soberania do Senhor para designar obreiros para sua Obra. No ministério cristão, por meio do Espírito Santo, Deus é quem elege líderes para o ministério (At 13.2).
II. VESTIMENTA SACERDOTAL PARA O SERVIÇO
III. O SACERDÓCIO DE CRISTO (Hb 7.23-28)
3.1 Um sacerdote que tem acesso direto a Deus. O Sumo sacerdote só podia entrar no Lugar Santíssimo, onde estava a arca da aliança, que simbolizava a presença de Deus, apenas uma vez no ano (Êx 30.10; Lv 16.34; Hb 9.7). No entanto, Cristo, nosso “[...] grande sumo sacerdote [...] penetrou nos céus” (Hb 4.14). Ele entrou no santuário celeste, para interceder por nós: “Porque Cristo não entrou num santuário feito por mãos, figura do verdadeiro, porém no mesmo céu, para agora comparecer por nós perante a face de Deus” (Hb 9.24).
3.2 Um sacerdote que se identifica com a natureza humana. Quando encarnou, Cristo, compartilhou da natureza humana de forma plena: corpo, alma e espírito (Mt 26.12; Jo 12.27; Mt 27.50). Especificamente no corpo, Ele também padeceu de todas as fragilidades humanas. A Bíblia mostra que ele sentiu fome (Lc 4.2); sede (Jo 4.7; 19.28); teve cansaço físico (Jo 4.6); chorou (Jo 11.35); sorriu (Lc 10.21) e, foi tentado em tudo, mas não pecou (Mt 4.1; Lc 22.28; 1Pd 2.22). Por isso, como sacerdote, Ele pode se compadecer das nossas fraquezas (Hb 4.15); e, pode socorrer os que são tentados “porque naquilo que ele mesmo, sendo tentado, padeceu, pode socorrer aos que são tentados” (Hb 2.18). Jesus, conhece o ser humano de forma plena (Jo 2.25; Ap 1.14; 2.23).
3.3 Um sacerdote que nos dá acesso a presença de Deus. Quando Jesus, morreu na cruz como oferta pelos nossos pecados, o véu do Templo foi rasgado de alto a baixo (Mt 27.51; Mc 15.38; Lc 23.45). Agora, ficou aberto o acesso a Deus (Hb 9.1-14; 10.19-22). Contrastando o acesso limitado a Deus que os israelitas tinham na Antiga Aliança, Cristo, ao dar sua vida por nós como sacrifício perfeito, abriu o caminho para a própria presença de Deus e para o trono da graça (Hb 4.16). Por isso, na Nova Aliança, os crentes podem com muita liberdade achegar-se a Deus (Ef 2.18, 3.12), chamando-o de Pai como Jesus nos ensinou e o Espírito Santo nos leva a fazer (Mt 6.9; Rm 8.15). Agora, também todo crente é constituído sacerdote para o serviço de Deus (Ap 1.6; 5.10; 20.6). Diferentemente dos sacerdotes araônicos, que se sucediam no ministério, porquanto mortais e pecadores, Jesus, sendo eterno e santo, salvou-nos eficazmente através de um único sacrifício; Ele é a oferta e o ofertante (Hb 7.25). Além disso, Jesus Cristo intercede por nós: “Porque nos convinha tal sumo sacerdote, santo, inocente, imaculado, separado dos pecadores e feito mais sublime do que os céus, que não necessitasse, como os sumos sacerdotes, de oferecer cada dia sacrifícios, primeiramente, por seus próprios pecados e, depois, pelos do povo; porque isso fez ele, uma vez, oferecendo-se a si mesmo” (Hb 7.26).
Jesus, o mediador de uma melhor aliança. Na Antiga Aliança tudo era perfeito: mandamentos, estatutos e juízos. Mas o homem, enfermo pelo pecado, não tinha forças para obedecer às ordenanças divinas como o Senhor requeria de cada um. Mas Jesus, sendo o perfeito cumprimento da Lei e dos Profetas, veio para morrer em nosso lugar, resgatando-nos do pecado. Ele é o sacrifício perfeito; expiou-nos as culpas, justificando-nos perante Deus (Rm 5.1). Através de sua graça, vivemos no Espírito e cumprimos a Lei do Espírito. Amém!
CONCLUSÃO
Na última Lição desse trimestre, intitulada O sacerdócio celestial, voltaremos a falar do sacerdócio de Cristo, ofício este que agora exerce em favor da Igreja no céu. Será uma nova oportunidade para aprofundarmos o tema abordado hoje, ressaltando outros aspectos da mediação e intercessão que Cristo realiza diante do Pai. Neste Sumo Sacerdote temos o sangue da propiciação, a palavra de instrução e a segurança de sua incessante intercessão. Cristo é o nosso perfeito Mediador!
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