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AD Alagoas / Lições Bíblicas

04/05/2019

LIÇÃO 5 - A PIA DE BRONZE: LUGAR DE PURIFICAÇÃO

Comentário da lição bíblica com o Pr. Jairo Teixeira Rodrigues, louvando a Deus pelo privilégio de completar 19 anos cooperando com o portal AD Alagoas.


Texto: Êxodo 30.18-21; 40.30-32; 1 Coríntios 6.11; Efésios 5.26,27

Introdução: A pia de bronze revela a necessidade da santificação na vida espiritual.

- Na continuidade do estudo do tabernáculo, analisaremos a pia de bronze.

- A pia de bronze revela a necessidade da santificação na vida espiritual. 

- Na continuidade do estudo sobre o tabernáculo, nesta caminhada do exterior para o interior deste santuário, vamos hoje analisar a pia de cobre ou pia de bronze, a outra peça que ficava no pátio do tabernáculo.

- Por primeiro, devemos observar se a pia é de “cobre” ou de “bronze”, já que as traduções da Bíblia.

- O bronze é uma liga metálica formada por cobre e estanho, que pode também conter outros elementos como zinco, alumínio, antimônio, níquel, fósforo, chumbo e, como tal liga aumenta a resistência mecânica do cobre e a sua dureza sem alterar a ductibilidade, daí porque se entender que fosse mais plausível que os objetos fossem de bronze e não de cobre, ainda que, saibamos, houve um período em que primeiro foi utilizado o cobre e só depois o bronze na confecção de objetos metálicos e o período da fabricação destas peças esteja bem na transição entre estes períodos.

- As duas peças do pátio eram revestidas de cobre (ou bronze), pois ambas tipificam a justiça divina, a necessidade de se enfrentar a problemática do pecado, de se reparar a desobediência e a transgressão da humanidade em relação a Deus, que criou uma situação de inimizade entre Deus e os homens, que trouxe divisão entre Deus e a coroa da criação terrena (Is.59:2).

- Já vimos, na lição anterior, que o altar de sacrifício é um tipo da cruz de Cristo, o altar onde Jesus pagou o preço dos nossos pecados, fez-Se pecado por nós, para que n’Ele fôssemos feitos justiça de Deus (II Co.5:21). Ali, os pecados dos israelitas eram cobertos pelo sangue das vítimas e a ira de Deus aplacada. 

A Pia de Bronze é o símbolo do processo da santificação que Cristo realiza em nós através de seu sangue e da Palavra de Deus.

- Mas, em seguida ao altar de sacrifícios, como pode muito bem ser visto na capa da revista deste trimestre, havia uma pia de cobre (ou bronze), cuja descrição se encontra em Ex.30:17-21.

- O Senhor mandou que se fizesse uma pia de cobre com sua base de cobre para lavar e ela ficaria entre o altar de sacrifícios e a tenda da congregação, ou seja, a parte coberta do tabernáculo e ela deveria ter água. Nela, Arão e seus filhos lavariam as mãos e os pés, antes de entrarem na tenda da congregação ou quando se chegassem ao altar para ministrar, para acender a oferta queimada ao Senhor.

- Note-se que a pia era de cobre (ou bronze) e, portanto, como já vimos, trata-se de uma peça vinculada, ainda, à justiça divina, à problemática do pecado. Mas, em vez do fogo do altar, aqui temos a água como elemento purificador.

- Se o fogo do altar de sacrifícios transformava os materiais que nele eram postos, promovendo a queima do que era impuro e fazendo com que se formasse uma fumaça que subia à presença de Deus, tornando o que era cru em algo assado e, nos casos de alguns sacrifícios, que poderia ser, inclusive, consumido pelos sacerdotes, na pia, temos a água que lavava, purificava as mãos e os pés dos sacerdotes, permitindo que eles se aproximassem seja do altar de sacrifícios, seja do lugar santo, dentro da tenda da congregação.

- Água e fogo são elementos que representam purificação no texto sagrado. O fogo traz uma purificação a partir da destruição ou separação de elementos de impureza, a chamada “escória”, quando se fala de metais (Ez.22:18,19; Pv.25:4; I Co.4:13). Já a água promove a purificação pela remoção das impurezas, sem que se tenha uma destruição evidente, há tal somente a separação daquilo que é impuro, trazendo a limpeza.

- A pia deveria ser construída para lavar (Ex.30:18), daí porque o título da nossa lição dizer que a pia era um “lugar de purificação”.

- Este papel da água como fonte de purificação não se apresenta apenas na pia de cobre. O Senhor mandou que todos os que ficassem cerimonialmente impuros fossem purificados não só com um banho com água como também lhes fosse aspergida a chamada “água da separação”, sem a qual ninguém retornaria à condição de pureza (Nm.19). Assim, a água representava um elemento importante para a purificação não só dos sacerdotes mas de todo o povo.

- Esta purificação da água e do fogo são tipos da própria santificação proporcionada por Jesus Cristo em todo aquele que O reconhece como Senhor e Salvador de suas vidas. No Seu diálogo com Nicodemos, Cristo deixou bem claro que é preciso nascer da água e do Espírito para entrar no reino de Deus (Jo.3:5).

- Para se ter um relacionamento com o Senhor, era preciso que os pecados fossem cobertos, o que se dava mediante os sacrifícios oferecidos no altar de cobre, onde o fogo jamais deixava de arder (Lv.6:12,13). Este fogo tipifica o Espírito Santo, porquanto a Bíblia diz que Deus é um fogo consumidor (Hb.12:29), o Espírito que nos separa da escória, da nossa natureza pecaminosa, que destrói o domínio do pecado sobre nós e o Espírito que purifica, que santifica, que nos aproxima de Deus, que nos faz fazer a vontade do Senhor (II Ts.2:13; I Pe.1:2).

- Mas, além do fogo, também presente estava a água, água que representa tanto a ação do Espírito Santo como a ação da Palavra de Deus. Entendem alguns, e com razão, que a água mais representa a Palavra de Deus que o próprio Espírito, já que o Senhor Jesus disse que somos limpos pela Palavra (Jo.15:3), Palavra que é primordial elemento de santificação (Jo.17:17), ainda que saibamos que é o Espírito que nos faz lembrar da Palavra (Jo.14:26).

I – A PIA DE BRONZE: LUGAR DE LIMPEZA E PUREZA

1. A Pia de Bronze (cobre) entre o Altar do Holocausto e o Tabernáculo.

1.1. Pia (Hb kyyor) : lugar de se lavar

1.2. Como era a Pia

. Era uma bacia redonda

1.3. Para entrar no santuário do Tabernáculo, após ministrar no Altar dos Holocaustos, o sacerdote lavava-se na Pia de Bronze com água limpíssima

. Cristo, no Calvário, limpou toda nossa sujeira (1Co 6.11)

. Mesmo no dia a dia vindo as impurezas, temos a limpeza (1Jo 1.7,8,10)

. Podemos vencer as tentações (Rm 3.24,25; Ef 1.7)

2. A lavagem da Bacia de Bronze

2.1. A pia era de espelho polido fabricado com os espelhos das mulheres (Êx 38.8)

2.2. Exposta à luz do sol, toda impureza era vista na bacia

2.3. A obra regeneradora do Espírito Santo nos torna completamente limpos da sujeira do pecado (2Co 5.17; Ef 5.26)

2.4. O sacerdote tinha a consciência de pureza.

. Só a Palavra de Deus expõe e remove a impureza. (Jo 15.3)

2.5. A imagem da bacia nos rememora à santidade de Deus (Lv 20.26)

2.6. A imagem da bacia nos rememora a viver uma vida de retidão, tanto na área espirtual e material (Pv 14.2)

3. A pia de bronze e o caráter de juízo

3.1. O juízo sobre o pecador era aplicado na oferta do sacrifício, cobrindo o seu pecado (Êx 29.14)

. Jesus tomou sobre si os nossos pecados (2Co 5.21; Gl 1.4)

3.2. Nesse sentido as águas da pia cumpriam a função de limpeza dos sacerdotes

. A Palavra de Deus tem o poder de purificar e disciplinar nossa vida (Hb 4.12,13)

3.3. Embora nossos pecados tenham sido expiados, todos os dias o pecado procura ocasião, e , precisamos nos limpar (Mt 6.13)

III – DOIS ASPECTOS DO RITO DE LAVAGEM DOS SACERDOTES

1. A lavagem completa.

1.1. Era mais do que lavar as mãos e os pés

. Era uma lavagem regeneradora

1.2. É inaceitável que um ministro sirva a casa de Deus sem passar pela regeneração (Jo 13.10)

. É nascer da Palavra e do Espírito (Jo 3.5,7; Jo 15.3; Tt 3.5; 1Pe 1.23)

2. A lavagem progressiva e constante

2.1. A lavagem era apenas das mãos e dos pés (Êx 30.19)

. O Sacerdote tinha o compromisso de uma vida santificada.

2.2. Lavar no N.T. é o ato do Espírito Santo que opera em nós a santificação (Ef 5.26; 2Co 7.1)

. Obreiros vocacionados devem ter vida santificada. (Rm 6.22)

3. Recapitulando verdades importantes

3.1. Sobre o sangue de Jesus

. Nos livrou da pena do pecado (Mt 20.28; 26.28; 1Pe 4.17)

3.2. Sobre a Palavra

. Revela quem somos (Tg 1.22-24)

3.3. Sobre a limpeza espiritual

. Uma vida irrepreensível é prioritária (Jo 15.3)

Conclusão: - Nota-se, portanto, que a pureza advinda da lavagem da Palavra confere ao sacerdote dignidade, permite-lhe que como que “encarne”, “compartilhe” da glória divina, de modo que seu gesto de lavagem era uma clara demonstração do reconhecimento da dignidade divina, da soberania divina e de que se trata do Senhor da glória, de quem devemos ter o máximo cuidado quando a Ele nos apresentamos.

- Não estar devidamente lavado quando nos apresentamos diante do Senhor é, portanto, um gesto de menosprezo, para não dizer de desprezo, da dignidade divina, um descaso que afronta a própria soberania de Deus e que pode trazer consequências drásticas para aquele que não Lhe dá a devida honra.

- Vemos o exemplo do rei Uzias que, por não ter dado exemplo de honra ao Senhor, querendo oferecer incenso quando isto lhe era vedado pela lei, acabou ficando leproso, perdendo completamente a sua posição real e de participante do povo, já que teve de viver “fora do arraial” (II Cr.26:16-21).

- Quantos não têm se portado desta mesma maneira em nossos dias, “indignando-se” com as prescrições divinas e querendo fazer uma adoração sem santidade e sem obediência, ao seu bel-prazer? Tomemos cuidado, amados irmãos, pois os que assim se portam estão sendo excluídos da comunhão dos santos, do corpo de Cristo, ainda que permaneçam fisicamente em nosso meio.

- O Senhor também questionou a falta de honra na defeituosa adoração promovida pelos sacerdotes nos dias de Malaquias (Ml.1:6). E o que o Senhor considerou a falta de honra? Precisamente a falta de santidade, pois estavam os sacerdotes a oferecer pão imundo e animais defeituosos (Ml.1:7,8). Em virtude disto, Deus simplesmente não estava a aceitar tais sacrifícios (Ml.1:10) e a amaldiçoá-los, até o ponto de dizer que iria tírá-los, ou seja, destruí-los (Ml.2:1-3).

- Também aqueles que não derem a devida honra ao Senhor perderão a condição de sacerdotes de Cristo e acabarão se perdendo. Que Deus nos guarde!

- A lavagem da água era uma atitude, não era um discurso. Isto nos mostra que Deus quer ser honrado não com palavras, mas, sim, com atitudes, com algo que provenha do coração. Por isso, o Senhor abomina os que querem honrá-l’O apenas com palavras (Is.29:13).

- Viver em santidade, a cada nos separarmos do pecado e nos aproximarmos de Deus, eis a grande lição que a pia de cobre nos dá para a vida cristã.



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