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AD Alagoas / Lições Bíblicas

20/12/2018

LIÇÃO Nº 12 – ESPERANDO, MAS TRABALHANDO NO REINO DE DEUS.

Comentário da Lição Bíblica para o fim de semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto: Mateus 25.14-30

Introdução: - A Parábola dos Talentos ensina que nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas depositários, não somos donos dos talentos que recebemos. Nossa função é administrar e zelar por aquilo que Deus nos dá. Ele é o dono dos talentos e continuará sendo.

Enquanto vigilantes aguardamos a volta de Cristo, devemos trabalhar diligentemente na causa do Mestre

I – INTERPRETAÇÃO DA PARÁBOLA DO DEZ TALENTOS

1- A Parábola dos talentos, também conhecida como Parábola das Minas), é uma parábolas de Jesus e aparece em dois dos evangelhos canônicos. As diferenças entre Mateus 25:14-30 e Lucas 19:12-27 são substanciais e, por isso, é impossível que as duas parábolas tenham sido derivadas de uma mesma fonte. Em Evangelho de Mateus, as palavras de abertura aparecem para ligar a parábola com a parábola anterior, das Dez Virgens, uma parábola sobre a chegada do Reino dos Céus. Segundo Eusébio de Cesareia, uma variante da Parábola dos Talentos também era encontrada no apócrifo Evangelho dos Hebreus, hoje perdido.

-Nos dias do Novo Testamento existiam duas moedas básicas: a dracma grega e o denário romano. Ambas eram feitas de prata e ambas eram usadas para remunerar 1 dia de trabalho.

-O talento não era uma moeda e sim uma barra de ouro ou prata e equivalia a 6.000 denários. Pesava cerca de 35 quilos.

- Um talento era uma unidade de peso de cerca de 80 libras, embora haja alguma discordância acadêmica sobre o tamanho exato da unidade. Apesar de um talento poder medir qualquer coisa, quando utilizado sem qualificação entende-se que se refere a prata como uma unidade monetária (talento) no valor de cerca de 6.000 denários. Uma vez que um denário era o pagamento usual para um dia de trabalho, um talento equivalia aproximadamente ao valor de vinte anos de trabalho de uma pessoa comum. Em Mateus, as palavras de abertura parecem ligar a parábola à parábola das Dez Virgens, que a precede imediatamente, e que lida com a sabedoria num contexto escatológico.

-Se trata de uma narrativa que expõe uma realidade econômica muito distinta da nossa.

.O sistema financeiro era assunto corriqueiro e criticado entre as pessoas

.As pessoas que tinham muito dinheiro eram as que possuíam melhores condições de multiplicar seus bens

. Por isso os funcionários emprestaram o dinheiro para receber os juros (Mt 25.27)

. Obs.: O talento equivale a 6.000 denários. O denário era o valor de um dia de serviço (Mt 20:2). Um talento, então, seria o equivalente a aproximadamente 20 anos de salário de um trabalhador. Nesta parábola, até o menor dos três servos recebeu um valor enorme.

-A motivação e o significado da parábola

.Ela descreve desde a ascensão de Jesus até a sua segunda vinda (At 1.11)

.Ela foi dirigida aos seus discípulos

. Alerta-los a ter uma vida pautada nos valores do evangelho (Mt 25.13-15)

. A interpretação da parábola

. O homem rico: representa o Senhor Jesus

. A viagem para um país distante: a ascensão de Jesus para o céu

. Os servos: inicialmente os doze discípulos, num sentido mais amplo, a todos os que nasceram de novo

. Talentos: são dons que o Senhor entregou aos seus servos (Rm 12.6-8)

. A volta do Senhor dos talentos: A segunda vinda de Cristo

. A recompensa e não recompensa: destino dos salvos e não salvos (vv. 20-27)

. A aprovação do Senhor aos servos: Refere-se aos galardões (2Co 5.10)

. A condenação do servo que negligencia sua responsabilidade: é uma advertência ao não uso dos dons ou o mau uso dos dons (vv. 28-30; cf. Mt 7.21-23)

II – SOMOS CAPACITADOS PARA O REINO DE DEUS:

1. O Senhor reparte seus talentos segundo a nossa capacidade

1.1. É analisado aqui o nosso potencial para realizar uma tarefa (Mt 25.15) (At 1.8)

1.2. Como Deus distribui as tarefas

. Para pessoas que tenham condições de fazer as tarefas

. Para pessoas que tenham um chamado (Jr 1.7,8)

2. A capacitação do homem por Deus

2.1. Deus age na vida do homem para o exercício de uma atividade, também (Êx 33.30-35)

2.2. Salomão pediu ao Senhor que lhe desse sabedoria (1Rs 3.6-9)

2.3. A nossa capacidade vem de Deus (2Co 3.5)

3. O acerto de contas

3.1. Mesmo tendo dons diferente, a recompensa será a mesma para todos (Mt 25.21,23)

3.2. O negligente de igual forma receberá a punição (Mt 25.28,30; Ap 3.15,16). ARGUMENTO EXEGÉTICO - “A palavra grega talanton, usada somente por Mateus, é uma moeda de alto valor, dependendo do metal do qual é feito (em contraste com a palavra mna que Lucas usa, a qual tinha consideravelmente menos valor, Lc 19.13). Em certo ponto um talento era igual a seis mil denários, sendo o valor de um denário o salário de um dia para os trabalhadores (veja Mt 18.23-28). (Em nosso idioma usamos a palavra talento para nos referirmos à habilidade que a pessoa tenha, sentido este proveniente desta parábola.) Emprestar dinheiro para ganhar juros e enterrar tesouros de moedas eram práticas comuns nessa época.

“Quando o nobre volta, cada servo o trata de 'Senhor' (kyrie). Para os leitores de Mateus conotava a divindade de Jesus. Embora todos o chamem de Senhor, nem todos são servos fiéis. Todo aquele que trabalha fielmente nos negócios do Reino é aprovado e convidado a entrar no gozo do teu senhor' (Mt 25.21,23). O servo infiel afirma que sua inação é resultado de medo do senhor, que teria ficado bravo se o servo tivesse investido o dinheiro num empreendimento improdutivo. Em vez de arriscar a perder, ele enterra o tesouro como garantia (cf. Mt 13.44). Mas ele se condena com as próprias palavras. 0 senhor o chama de 'mau e negligente servo' (Mt 25.26). Fazer o trabalho do Reino obtém abundância na consumação do tempo do fim, ao mesmo tempo que a negligência (ou a preguiça) é recompensada com a danação eterna {[...]). Jesus ensinou que a prática da justiça e do perdão graciosos de Deus são indispensáveis para a salvação última" (SHELTON, James 8. In ARRINGTON, French L.; STRONDAD, Roger (Eds.). Comentário Bíblico Pentecostal.

III –QUE LIÇÕES APRENDEMOS:

3.1 Deus não é injusto. Nosso Deus nos concede talentos de maneira igual: “[…] chamou os seus servos, e entregou-lhes os seus talentos” (Mt 24.14). Ele seria injusto se confiasse a nós algo que não pudéssemos administrar (Rm 12.6-8). É possível que o homem que recebeu menos achasse que esse único talento não era muito importante. O talento fala de fidelidade e diligência no uso das aptidões e capacitações ou manifestações espirituais especiais doadas a nós por Deus para a execução de Sua obra na Terra (1Pe 4.10-11). A verdadeira fé expressa-se pelas boas obras (Tg 2.22,23).

3.2 Deus nos dá talentos conforme a nossa capacidade. Na parábola, os três homens ganham quantidades diferentes de talentos segundo as suas capacidades: “A um deu cinco talentos, a outro, dois e a outro, um, a cada um segundo a sua própria capacidade […]” (Mt 25.15). Apesar de talentos diferentes, todos receberam talentos. Mesmo o que recebeu apenas um talento, recebeu algo precioso e de muito valor e podia fazer esse talento frutificar. A fidelidade no uso dos talentos é indispensável (1Co 4.2; 2 Tm 2.2; 1Tm 3.2; Tt 1.9).

3.3 Deus deseja que multipliquemos os talentos que nos dá. No acerto de contas vemos que aquele senhor se alegra com os servos que multiplicaram o talento que receberam, sem distinção. O que recebeu menos foi honrado do mesmo jeito que o que recebeu mais. O que o senhor viu foi a fidelidade no uso daqueles talentos: “Então, aproximando-se [..] Disse-lhe o senhor: Muito bem, servo bom e fiel; foste fiel no pouco, sobre o muito te colocarei; entra no gozo do teu senhor” (Mt 25.20-21). Ao recebermos os talentos, em gratidão a Deus por ter depositado em nós tamanha confiança, devemos aperfeiçoá-los a fim de que sejam uteis para a expansão do reino (2Co 9.10; 1Tm 4.14; 2Tm 1.6; Cl 2.19; Fp 1.9; 2Pe 1.5). O resultado dos talentos que recebemos deve glorificar unicamente ao nosso Senhor. Os dois homens que investiram o dinheiro receberam o mesmo elogio (Mt 25.21, 23). O que fez a diferença não foi a porção, mas sim a proporção. Por isso o senhor lhes confiou muito mais e a sua fidelidade deu-lhes uma capacidade ainda maior de servir e de receber responsabilidades: “[…] Bem está, servo bom e fiel. Sobre o pouco foste fiel, sobre muito te colocarei […]” (Mt 25.21).

3.4 Deus nos cobrará pelo que fizermos com os talentos. Todos os três homens que receberam talentos foram cobrados pelo que fizeram com eles: “E muito tempo depois, veio o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25.19). Receber talentos é também receber responsabilidades (Rm 14.10; 1Co 3.10-15). O último, apesar de ter apenas conservado o seu talento, recebeu dura cobrança por não tê-lo multiplicado: “Respondeu-lhe, porém, o senhor: Servo mau e negligente, sabias que ceifo onde não semeei e ajunto onde não espalhei? […] Tirai-lhe, pois, o talento e dai-o ao que tem dez” (Mt 25.26, 28). Todos compareceremos ante o tribunal de Cristo para dar contas dos nossos feitos, e para receber a recompensa de acordo com o uso que fizermos dos nossos talentos (Rm 14.10; 2Co 5.10; Ap 22.12).

3.5 Nada do que temos é de fato nosso. Somos apenas depositários, não somos donos dos talentos que recebemos (Jo 5.5; 2Co 3.5; Fp 2.13). Nossa função é administrar e zelar por aquilo que Deus nos dá: “[…] e entregou-lhes os seus talentos” (Mt 25.14). Ele é o dono dos talentos e continuará sendo, pois é Ele quem nos dá tudo que temos (At 17.24, 25, 28; 1Co 15.10; 2Co 3.5). O que Jesus quis ensinar nesta parábola é que Deus jamais exige do homem habilidades que este não possui, mas exige que empregue a fundo as habilidades que tem (1Co 12.5-11). Os homens não são iguais quanto a seus talentos, mas podem ser iguais em seu esforço e trabalho: “e a um deu cinco talentos, e a outro, dois e a outro, um […]” (Mt 25.15). A parábola nos ensina que qualquer que seja o talento que possuamos devemos entregá-lo para servir a Deus (1Tm 4.14).

3.6 Receber talentos não significa ser aprovado por Deus. Algumas pessoas confundem os talentos com a graça salvadora de Deus, ou pior, identificam a administração dos talentos como sendo uma obra que pode conduzir alguém à salvação. Definitivamente esse não é o princípio ensinado nesta Parábola. Os talentos jamais servirão para absolver alguém no juízo vindouro: “devias, então, ter dado o meu dinheiro aos banqueiros, e, quando eu viesse, receberia o que é meu com os juros” (Mt 7.27). Ninguém poderá apresentar a multiplicação dos talentos que recebeu como um resultado meritório para a salvação eterna (Ef 2.8,9).

3.7 Fomos comissionados pelo Senhor Jesus. Diz-nos que a recompensa do trabalho bem-feito é mais trabalho. Aos dois servos que tinham atuado bem não se lhes diz que se sentem a descansar sobre os louros. São dadas tarefas maiores e responsabilidades mais sérias na obra do senhor (Jo 17.18,19). A recompensa do trabalho não é o descanso e sim mais trabalho. A recompensa do Senhor (Sl 58.11; Lm 3.64; Os 4.9; 1Co 15.58)

CONCLUSÃO

Como servos do Senhor precisamos trabalhar de forma diligente com os dons a nós confiados, pois seremos considerados responsáveis pelo Senhor quando Ele voltar. Sempre há tempo suficiente, antes que Cristo venha, para que os que forem servos bons e fiéis dupliquem os talentos que o Senhor lhes confiou. Amados, em suma, é Esperando Jesus, mais trabalhando pro Reino de Deus.



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