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AD Alagoas / Lições Bíblicas

24/03/2018

Lição 12 – EXORTAÇÕES FINAIS NA GRANDE MARATONA DA FÉ

Comentário da Lição Bíblica para o fim de Semana com Pr. Jairo Teixeira Rodrigues


Texto Base Hebreus 12:1-8; 13:15-18.

“Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas, deixemos todo embaraço e o pecado que tão de perto nos rodeia e corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta”(Hb.12:1).

INTRODUÇÃO

Com esta Aula concluímos o estudo da maravilhosa Epístola aos Hebreus, que trata acerca da superioridade de Cristo, do seu ministério e da Nova Aliança. Nesta última Aula estudaremos os dois últimos capítulos, os quais nos exortam a correr a “maratona” da fé sem recuar ou olhar para trás, pois em breve o nosso Senhor, o nosso Salvador, voltará. Nessa corrida exaustiva o crente corre em busca de um alvo: o “…prêmio da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus” (Fp.3:14), uma coroa incorruptível (1Co.9:25), a ressurreição dentre os mortos (Fp.3:11) e a glorificação (Fp.3:21). Para alcançar o prêmio final dessa maratona o crente se esforça, dedica-se e trabalha com todo o esmero. Como um atleta que se prepara à exaustão, o discípulo de Cristo deve deixar os entraves desta vida e manter o foco na Pessoa do Senhor Jesus Cristo. Nesta “maratona”, o crente se acha qual um atleta, esforçando-se e correndo o máximo, totalmente concentrado no que faz, a fim de não ficar aquém do alvo que Cristo estabeleceu para a sua vida. A fé é o combustível que dinamiza a nossa atuação nesta grande “maratona” que nos está proposta (Hb.12:1).

I-A CORRIDA DA FÉ:

“a nuvem de testemunha”. Este capitulo inicia-se com uma palavra de ligação com o capítulo anterior, “portanto”. Dessa forma, o autor convida seus leitores a considerar que, da mesma maneira como os crentes que entraram para a galeria da fé confiaram inteiramente em Deus e se entregaram à Ele, devemos também seguir o exemplo deles. Há um grande número de pessoas que nos observam e precisam ver o poder do Deus em quem confiamos através de nossa fé.

O autor da carta aos Hebreus no capítulo 12.1, nos relata o seguinte: “Portanto, nós também, pois, que estamos rodeados de uma tão grande nuvem de testemunhas…” (ARC)

Esta grande nuvem de testemunhas é sem dúvida alguma os grandes exemplos de fé deixados pelos heróis da fé, que o sagrado escritor acabara de citar no capítulo que antecede o capítulo 12, ou seja, o capítulo 11 da carta aos Hebreus.

Observemos então a vida de Abel, que pela fé, “ofereceu a Deus maior sacrifício do que Caim; pelo qual alcançou testemunho de que era justo, dando Deus testemunhos dos seus dons, e, por ela, depois de morto, ainda fala”. Hebreus 11.4 (ARC)

E por aí segue exemplos como os de Noé, Abraão, Raabe, etc. que deixaram exemplos de uma grande fé. Entretanto, em que sentido os homens e mulheres de Deus do Antigo Testamento que nos deixaram grandes exemplos de fé, são testemunhas para nós que corremos a Corrida Cristã, hoje?

Na verdade, os heróis da fé são testemunhas, não no sentido de espectadores, que observam os seus sucessores enquanto correm a corrida da qual um dia também participaram e venceram; mas sim, no sentido de com os seus testemunhos de fé, perseverança e lealdade, nos incentivaria e nos impulsionaria a vencer as provas da maratona espiritual. A fidelidade desses heróis nos incentiva e nos encoraja a seguirmos em frente e a nunca desfalecermos na fé. Afinal de contas não lutamos sozinhos e não somos os primeiros a lutarmos ou a corremos a corrida. O que o escritor que dizer exatamente para nós, é que outros correram a corrida e venceram, e seu testemunho nos impulsiona também a correr e vencer.

II. AS EXIGÊNCIAS DESSA CORRIDA:

Para vencermos a corrida que nos foi proposta pelo Senhor precisamos de treino. O corredor bem treinado tem melhor desempenho na corrida.

  1. Respeitem os limites. O autor lembra a seus leitores: “Segui a paz com todos e a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor” (Hb.12:14).

Nesta maratona da fé não há concorrente, não há disputa à busca de um prêmio maior de quem chegar primeiro, não. O prêmio é para quem chegar ao último estágio da “maratona”, a glorificação. Portanto, o importante não é chegar primeiro, mas chegar incólume, espiritualmente falando. Esta maratona da fé é uma prova de resistência, não de competitividade. Por isso, o apóstolo exorta: “Segui a paz com todos…” (Hb.12:14). Os crentes devem ter relações tão pacificas quanto possível com as pessoas não-crentes, como também ter relações harmoniosas dentro da comunidade cristã. A comunhão cristã deve ser caracterizada pela paz e pela edificação reciproca.

Nesta prova de resistência, também, há um limite a ser respeitado no decorrer da prova: não há espaço para libertinagem; não se pode correr de qualquer maneira, fora dos termos estabelecidos pelo Comitê (Pai, Filho e Espírito Santo) da prova. Por isso, o autor da Epístola exorta: “Segui […] a santificação, sem a qual ninguém verá o Senhor”. A santificação é um dos fatores que nos mantêm preparados e vigilantes para a volta de Cristo (Hb.12:14; 1Ts.5:23; Ap.19:7,8). A vontade de Deus para a vida do crente é que ele seja santo, separado do pecado (1Ts.4:3).

Santificação significa a devoção ou a consagração ao serviço de Deus. Na prática, a nossa santificação significa honrar a Deus na maneira como tratamos os outros – amigos, vizinhos, cônjuge, filhos, até mesmo inimigos – e na maneira como administramos os nossos negócios, as nossas finanças, etc. A santificação faz com que o comportamento, os pensamentos e as atitudes dos cristãos e dos não-crentes sejam diferentes. A nossa santificação, que nos foi possibilitada graças à morte e ressurreição de Cristo, nos permitirá ver o Senhor como Ele realmente é, quando estivermos com Ele para sempre.

Os cristãos devem estar “em boa forma espiritual” e devem ser capazes de correr a corrida desimpedidos. Portanto, devemos nos despojar de todo embaraço ou peso que possa nos tornar mais lentos nesta maratona da fé. Muitos “embaraços” ou “pesos” podem não ser necessariamente atos pecaminosos, mas podem ser coisas que nos retém, como o uso do tempo, algumas formas de diversão, determinados relacionamentos, bens materiais, amor ao conforto, etc. Porém, é especialmente importante que nos desembaracemos do pecado que tão de perto nos rodeia e que prejudica o nosso progresso. Pecados como a avareza, o orgulho, a arrogância, a luxúria, os mexericos, a desonestidade, o roubo…, podem fazer com que os crentes se desviem do seu curso espiritual. Portanto, os cristãos devem correr, com paciência, a carreira que está proposta por Deus. Precisamos nos proteger da noção de que a “maratona” é uma corrida de velocidade fácil, que tudo na vida cristã é cor-de-rosa. Temos de estar preparados para seguir em frente com perseverança diante das provações e tentações.

  1. Mantenham a mente limpa. “Tendo cuidado de que ninguém se prive da graça de Deus, e de que nenhuma raiz de amargura, brotando, vos perturbe, e por ela muitos se contaminem” (Hb.12:15).

Um corredor bem treinado mantém a sua mente limpa e renovada, não permitindo que as coisas do mundo ocupem espaço nela. O apóstolo Paulo, em Romanos 12:2, exorta: “Não se amoldem ao padrão deste mundo, mas transformem-se pela renovação da sua mente” (Rm.12:2, NVI). A única maneira da nossa mente se manter limpa e renovada é quando deixamos a Palavra de Deus limpar as coisas que o mundo coloca nela. Se você perceber, o mundo é contumaz em transmitir as suas mensagens, pelos diversos meios que dispõe, a fim de que elas sejam inculcadas em nossas mentes. Mesmo que não concordemos, acabamos como que dessensibilizados para o pecado que o mundo está promovendo. Mas Paulo nos diz que não devemos deixar que sejamos moldados por esses padrões, mas devemos renovar a nossa mente. A nossa mente depois de “bombardeada” diariamente com os conceitos mundanos acaba “deformada”, por isso devemos fazer o esforço para trazê-la à forma correta. A forma correta que a nossa mente deve ter: a mente de Cristo. Paulo diz em 1Coríntios 2:16: “Nós, porém, temos a mente de Cristo”.

O apóstolo Paulo nos dá algumas dicas para renovar a nossa mente:

  • A primeira dica é entregar o domínio dos nossos pensamentos à Cristo – “levando cativo todo pensamento à obediência de Cristo” (2Co.10:5). Devemos reconhecer que, se Cristo é nosso Senhor, devemos a Ele a obediência em todos os aspectos de nossa vida, inclusive de nossos pensamentos. Devemos anular todo tipo de pensamento que coloca em dúvida a soberania e o amor de Deus através de Cristo, e submeter nossos pensamentos ao controle de Cristo.
  • A segunda dica é não deixar os pensamentos vazios, mas ativamente escolher o que pensar – “Finalmente irmãos, tudo o que for verdadeiro, tudo o que for nobre, tudo o que for correto, tudo o que for puro, tudo o que for amável, tudo o que for de boa fama, se houver algo de excelente ou digno de louvor, pensem nessas coisas” (Fp.4:8 NVI). Martinho Lutero dizia que a mente vazia é a oficina do diabo. Não deixe sua mente divagar sem objetivo, traga-a à obediência de Cristo pensando no que é bom.
  • A terceira dica é meditar e memorizar a Palavra de Deus. O Salmo 1 fala que o segredo do homem que é bem-sucedido no que faz é que ele tem prazer na lei de Deus e medita nela dia e noite. A meditação bíblica, no entanto, não é uma atitude passiva de concentração, mas uma busca ativa de oportunidades de colocar em prática a palavra que está sendo meditada e memorizada. Esta é a grande diferença entre aqueles que conhecem muitas passagens bíblicas de cor e os que colocam em prática as poucas passagens que conseguem memorizar.

Nesta maratona da fé, vale a pena o esforço de manter a mente limpa e renovada. Ao nos apropriarmos da mente de Cristo através da renovação da nossa mente pela meditação e prática da Palavra de Deus poderemos experimentar, nas palavras do apóstolo Paulo, a “boa, agradável e perfeita vontade de Deus para nós” (Rm.12:2).

  1. Valorizem as coisas espirituais. “E ninguém seja fornicador ou profano, como Esaú, que, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura. Porque bem sabeis que, querendo ele ainda depois herdar a bênção, foi rejeitado, porque não achou lugar de arrependimento, ainda que, com lágrimas, o buscou” (Hb.12:16,17).

Neste texto, o autor de Hebreus mostra que Esaú, filho de Isaque, desprezou deliberadamente as coisas de Deus. De acordo com o livro de Gênesis, Esaú era um indivíduo mais preocupado com as coisas terrenas do que com as celestiais (Gn.25:29-34; 27:33,38). O autor instrui os crentes a observar que ninguém seja profano como Esaú.

Esaú não seguiu os exemplos daqueles que têm os seus olhos fixos nas recompensas celestiais. No lugar de se importar com o seu direito de primogenitura, que tinha grande valor espiritual, ele, por um manjar, vendeu o seu direito de primogenitura.

No Antigo Testamento, o direito de primogenitura era uma honra especial conferida ao filho homem primogênito. Ao negociar este direito, Esaú mostrou um completo desrespeito pelas bênçãos espirituais que teriam vindo através deste direito, se ele o tivesse conservado. Devido à sua atitude, querendo ele ainda depois herdar a bênção de seu pai, foi rejeitado; já era tarde demais. Aqueles que rejeitam o caminho de Deus não terão uma segunda chance quando chegar a oportunidade para que outros herdem a sua benção espiritual. Nenhuma quantidade de apelos diante do trono de Deus fará com que o Senhor mude de ideia sobre o destino daqueles que o rejeitarem enquanto viverem na terra.

O pecado de Esaú foi a sua impulsividade e o completo desrespeito pela sua herança espiritual. Assim como Esaú teve pouca consideração pelas coisas espirituais, a Igreja deve tomar cuidado com as pessoas que se unem a ela, mas não tem uma preocupação real com as coisas espirituais.

III-COMO CORRER ESSA CORRIDA:

Assim como existia a modalidade das corridas nos jogos olímpicos da antiguidade, o escritor apresenta a corrida que todo cristão deve percorrer, e lembra seus leitores que a vida cristã é semelhante a uma competição: “… corramos, com paciência, a carreira que nos está proposta” (Hb 12.1c). A palavra “carreira” aqui usada denota, na língua original, a ideia de “luta”, “conflito” (Fp 1.30; 1Ts 2.2). A ideia de uma disputa intensa associada ao verbo correr informa-nos que a figura usada para descrever a vida cristã é uma corrida, mais especificamente, a uma maratona de longa distância. Sendo assim, exorta-os a continuarem em sua jornada (Hb 10.39). Notemos:

Precisamos correr livres de embaraço (Hb 12.1b). Não podemos imaginar a ideia de um maratonista, em plena competição, com uma mochila pesada nas costas. Por isso o autor desta carta exorta aos cristãos judeus que se desvencilhem de todo o peso que possa impedi-los de correr. A palavra “peso” indica “volume”, “massa”. Para termos uma boa corrida cristã precisamos nos livrar de tudo aquilo que nos dificulta na trajetória. É preciso remover tudo aquilo que nos impede de correr a carreira cristã. Há muitas coisas que podem ser boas em si mesmas, mas que estorvam um competidor na carreira da fé; são pesos que devem ser deixados de lado. Assim, quem quer viver para agradar a Deus deve deixar de lado e para trás tudo o que impede seu progresso: “Assim corro também eu, não sem meta…” (1Co 9.26). Na corrida da fé o pecado é o maior obstáculo a ser vencido (WILEY, 2013, p. 504).

Precisamos correr com perseverança (Hb 12.1). Correr com perseverança é não desanimar em face das dificuldades. É prosseguir com determinação, é não desviar-se do alvo. Devemos correr com perseverança, pois somente a firme persistência obterá o triunfo. Apesar dos obstáculos, o corredor cristão não deve recuar jamais, mas deve prosseguir de modo perseverante. E esta perseverança exige esforço constante a qual o levará a cruzar a faixa de chegada (1Co 9.24,25).

Precisamos correr prosseguindo para o alvo (Hb 12.2). O autor diz que devemos estar: “olhando firmemente […]”. Esta palavra também é usada para palavra “alvo” empregada por Paulo, é a tradução do vocábulo grego “skopos”, usada para indicar um sinal ou marca onde se devia alvejar a flecha. O nosso alvo real é sem sombra de dúvida o Senhor e Salvador Jesus Cristo. Ele nos coroará no final da corrida cristã. “Prossigo para o alvo, a fim de ganhar o prêmio do chamado celestial de Deus em Cristo Jesus” (Fp 3.14). Depois que a corrida começa o atleta não deve em momento algum perder o alvo. Ele deve avançar para a vitória sem se distrair (Mt 14.28-30). Se quiser ganhar o prêmio, seus olhos devem estar postos onde está o juiz, no final da pista. Foi exatamente pensando neste exemplo que Paulo fez a notável declaração: “[…] Mas uma coisa faço, e é que, esquecendo-me das coisas que para trás ficam […] prossigo para o alvo […]” (Fl 3.13,14).

Conclusão:

Todos os vencedores da Corrida Cristã comparecerão diante do Tribunal de Cristo para receberem o seu prêmio. A palavra “Tribunal” no grego é “bema”, e é encontrada em Romanos 14.10 (ECA) “.

“Pois todos havemos de comparecer perante o tribunal de Cristo”. Ela era empregada para designar o lugar onde os atletas recebiam o prêmio por haverem vencido as maratonas. No original grego a palavra prêmio é “brabeion”, oferecido aos atletas vencedores. O prêmio será a coroa da justiça (2 Timóteo 4.8); a coroa da vida (Apocalipse 2.10), que receberemos naquele dia glorioso.

A vitória não é dos que correm, é sim dos que correm e chegam até o fim. Portanto nunca desista, pois a coisa mais importante em uma corrida é a conquista de sua vitória. Lembre-se: onde nunca houve luta e esforço, também nunca houve vitória. Lute, corra e vença, você não é simplesmente um vencedor, é mais que vencedor.



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