Introdução
Prezado(a) professor(a), estudaremos a exortação do escritor de Hebreus a respeito da grandiosidade da salvação. Salvação essa que recebemos mediante a fé em JESUS CRISTO. Ela é resultado da graça divina, mas CRISTO pagou um alto preço. Por isso, no capítulo dois, o autor aos Hebreus faz uma séria advertência a respeito dos que negligenciam tão grande salvação. Para redimir a humanidade pecadora, CRISTO assumiu a forma humana a fim de se identificar conosco e nos outorgar a salvação. Ele morreu por nós, mas ao terceiro dia ressuscitou coroado de glória e honra. CRISTO também nos elevou a uma condição superior, a de filhos(as) de DEUS. JESUS é superior aos anjos e a todas as coisas, e a salvação que Ele oferece é o maior bem que o ser humano pode obter, por isso não devemos negligenciar tal graça.
I-UMA SALVAÇÃO GRANDIOSA
O autor da carta defende a idéia da superioridade de Jesus sobre profetas e anjos usando uma forma de argumento que aparecerá várias vezes. No Antigo Testamento, os que foram desobedientes à Lei de Moisés entregue pelos anjos, foram justamente punidos; assim, Jesus sendo superior aos anjos, é ainda mais certo que a desobediência de sua lei será punida (veja 2.2-4). A Lei foi vindicada por intermédio de severos juízos (Lv 10.1-7; Nm 16; Js 7).Tinha as suas penalidades que eram fielmente cumpridas. Sendo este o caso, como escaparemos nós se negligenciarmos esta salvação? Não é só o fato de rejeitar a mensagem do Evangelho, mas inclusive, negligenciá-lo, não cuidar; não cuidar de nossa salvação é “encará-la de modo leviano” (veja Mt 22.5); é não “dar-lhe o devido valor” (veja 8.9). Quão mais severo será o castigo divino para estes?
Agora veja os versículos 6 a 8.
“O escritor cita Salmo 8, uma passagem que observa que o homem foi criado um pouco mais baixo do que os anjos. Este fato, provavelmente, levantou uma questão na mente de seus leitores. Se Jesus é superior aos anjos, por que ele tomou a forma de um homem, que foi feito inferior aos anjos? A resposta a esta pergunta é encontrada no papel redentor que Jesus desempenha. O homem precisa de um mediador entre Deus e si mesmo. Porque Jesus sofreu e foi tentado como são os homens neste mundo, ele pode, portanto, ajudar os homens como um misericordioso e fiel Sumo Sacerdote (2.17-18). O autor de Hebreus voltará ao assunto do sumo sacerdócio de Jesus para uma extensa discussão, mais tarde neste livro. Neste capítulo, contudo, ele afirma que Jesus tinha que se tornar como seus irmãos, de modo a servir como Sumo Sacerdote. Ele tinha que tomar um corpo humano para experimentar a morte por todos os homens. Através de sua morte e ressurreição, ele derrotou Satanás, que tem o poder da morte (2.14). Ele tinha que se tornar como os homens, isto é, partilhar da carne e do sangue (2.14), porque dá ajuda aos homens, e não aos anjos (2.16). Deus seja louvado por termos um Sumo Sacerdote que entende nossa situação!” (DVORAK. Allen, O Livro de Hebreus. ©1996. Estudo Textual: Hebreus 2.1-18 Jesus: Feito como seus Irmãos. Disponível em:https://www.estudosdabiblia.net/hebreus.htm#Hebreus 2:1-18. Acesso em 6 jan, 2018)
Observe que o termo ‘salvação’ se aplica à doutrina, se Deus quer que todos os homens sejam salvos através do Evangelho, assim também, quando essa mensagem é negligenciada, se rejeita toda a salvação divina. Não há outro meio pelo qual importa sejamos salvos “Porquanto ele é o poder de Deus para a salvação de todo aquele que Crê” (Rm 1.16).
O autor da carta agora reforça o fato de que a mensagem que receberam é de fato a mensagem de Jesus, ainda que não a tenham ouvido dos lábios do Messias, a quem a maioria jamais chegou a conhecer, podiam ter a certeza de que a doutrina que lhes foi ensinada por outros procedia de Cristo. O Comentário Bíblico Moody assevera:
“O próprio Deus alia-se ao testemunho por meio de sinais (semeia), prodígios (terata) e milagres (poderes, dynameis). Estas são as evidências confirmantes que de modo nenhum não devem ser desconsideradas na avaliação do Evangelho. Estas evidências foram ainda mais ampliadas pela concessão de distribuições aos crentes por intermédio do Espírito Santo.” Hebreus (Comentário Bíblico Moody). Disponível em: http://www.ibanac.com/wp-content/uploads/2016/01/58Hebreus.pdf. Acesso em 6 jan, 2018
Assim, é garantido que Deus estava em Cristo e no Evangelho, motivo pelo qual a mensagem proclamada pelos que a ouviram deve ser levada a sério. Negligenciar é incorrer na ameaça de juízo. Desse fato, insisto, que não há outra maneira pela qual o homem seja salvo.
O autor tem um alto conceito da atividade do Espírito, e esta primeira menção dEle será seguida por várias outras declarações importantes (3.7; 6.4; 9.9,14; 10.15,29). No verso 4 lemos que “dando Deus testemunho juntamente com eles, por sinais, prodígios e vários milagres e por distribuições do Espírito Santo, segundo a sua vontade“. ‘Sinais, prodígios e vários milagre’ são termos usados no Novo Testamento para descrever os milagres especiais que Deus usou para demonstrar a autoridade do Salvador (veja At 2.22), bem como para atestar os ministérios dos apóstolos e de Estêvão (At 6.8; 14.3; Rm 15.19; 2Co 12.12). Ao longo da história, Deus vem manifestando o mesmo poder, para o bem da humanidade, mas sobretudo para a salvação das pessoas.
O autor de Hebreus usa o salmo 8 como apoio do seu grande argumento, dizendo: “Que é o homem, que dele te lembres? Ou o filho do homem, que o visites? Fizeste-o, por um pouco, menor que os anjos, de glória e de honra o coroaste. Todas as coisas sujeitaste debaixo dos seus pés. Ora, desde que lhe sujeitou todas as coisas, nada deixou fora do seu domínio. Agora, porém, ainda não vemos todas as coisas a ele sujeitas” (Hb 2.6-8). Foi Jesus quem cumpriu plenamente em Sua vida a mensagem do salmo 8, usado como argumento pelo autor de Hebreus. Paulo diz: “A si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte e morte de cruz”. Em uma boa hermenêutica, não podemos deixar fora o texto de Filipenses 2.5-11, que trata da humilhação e exaltação de Cristo.
“ O escritor passa agora a lembrar seus leitores de que, apesar da posição de dignidade dos anjos, não é a eles que o mundo vindouro será sujeitado. Isto, também, visa ressaltar a superioridade do Filho, conforme demonstra a citação do Salmo 8.4-6. O pensamento-chave é que Deus sujeitou, isto é, Ele tomou a iniciativa. O sujeito da sentença não está presente no grego, mas claramente é transportado do v. 4, conforme demonstra a palavra inicial Pois (gar); e deve, portanto, ser Deus. O significado de o mundo que há de vir é questão de debate. A expressão grega (hè oikoumenê hè mellousa) pode ser entendida de várias maneiras, como, por exemplo, (i) a vida do porvir, (ii) a nova ordem inaugurada por Jesus Cristo, isto é, o cumprimento da “era vindoura” tão esperada, que agora veio no reino de Deus presente, ou (iii) o fim da era atual.” (GUTHRIE, Donald.Hebreus introdução e comentário – Ed Vida Nova e Mundo Cristão.
A derrota de Satanás e da morte testifica que a obra expiatória de Cristo foi eficaz. Mas não houve só derrota; também houve libertação. Embora o medo possa escravizar, e o medo de morrer há muito que persegue a humanidade, Cristo resolveu o problema com a Sua própria morte e ressurreição. Ele morreu como homem. Ele participou da carne e do sangue e assim morreu, mas pela Sua morte veio o livramento. Portanto, o poder de Satanás foi tornado inoperante (katargeo), e Cristo fez uma expiação pelo pecado inteiramente satisfatória diante de Deus (Is 53.11). Que grande vitória é a dEle! E que grande vitória todos os crentes têm nEle! Satanás e a morte estão derrotados e o temor da morte desapareceu! O homem que é livre em Cristo é na realidade o mais livre de todos os homens. Hebreus (Comentário Bíblico Moody. Disponível em: http://www.ibanac.com/wp-content/uploads/2016/01/58Hebreus.pdf. Acesso em 6 jan, 2018).
Conclusão:
O autor de Hebreus declara que Jesus venceu o diabo (2:14), venceu a morte (2:15, venceu a tentação (2:17), e também é o nosso sumo sacerdote para nos vencer todas essas coisas(Hb 2.17; 3.1; 4.14). O profeta Zacarias predisse que Jesus seria um sacerdote em seu trono, isto é, Jesus seria tanto sacerdote quanto rei ao mesmo tempo (Zc 6.12-13). Jesus nasceu judeu, descendente de Davi e, assim, da linhagem da tribo de Judá. Contudo, Deus escolheu os descendentes de Levi para serem sacerdotes. Assim Jesus, vivendo sob a Lei de Moisés, poderia ser rei porque era da tribo real (Judá) e ainda mais da de Davi (veja 2Sm 7.12-16; At 2.29-31). Mas Jesus não poderia ser um sacerdote segundo a Lei de Moisés porque não era da tribo certa. O escritor de Hebreus afirma que Jesus era sumo sacerdote segundo uma ordem diferente, não segundo a ordem de Arão (ou da tribo de Levi), mas segundo a ordem de Melquisedeque (5:6,10; 6:20). [...] O autor de Hebreus também observa a conseqüência inevitável do sacerdócio de Jesus Cristo. Se o sacerdócio for mudado da ordem de Arão para a de Melquisedeque, necessariamente a lei associada com o sacerdócio levítico tem que ser mudada. "Pois, quando se muda o sacerdócio, necessariamente há também mudança de lei" (7:12). A Lei de Moisés, associada com o sacerdócio levítico, foi anulada quando o sacerdócio foi mudado (7:18-19). A obra sacerdotal de Jesus é explicada pelo escritor de Hebreus em termos de atos do sumo sacerdote levita no Dia da Expiação. Exatamente como o sumo sacerdote levita entrava no Santo dos Santos do tabernáculo, isto é, na presença de Deus, com sangue para fazer a expiação pelos pecados, assim Jesus entrou no Santo dos Santos com sangue (9:11-12). Mais ainda, Jesus não ofereceu seu sangue num tabernáculo físico, feito por mãos humanas. Ele ofereceu seu sangue na presença de Deus, no céu. (DVORAK. Allen, Jesus: Perfeito Sumo sacerdote).
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